Mostrando postagens com marcador Brasileiro Série C. Mostrar todas as postagens
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Amazonas Campeão Brasileiro Série C 2023

O Amazonas faturou o primeiro título nacional de sua história, na Série C de 2023. O clube fundado em 2019 consegue, com apenas quatro anos de existência, a primeira conquista nacional do estado do Norte brasileiro, superando times tradicionais e centenários, além de outras forças recentes como o Manaus, que acabou rebaixado para a Série D.

A Série C teve 20 equipes, que se enfrentaram em turno único na primeira fase. Oito avançaram para os quadrangulares de acesso, com as duas primeiras de cada grupo subindo à Série B e as líderes indo à decisão. A campanha do Amazonas teve início contra o Brusque, com derrota por 1 a 0 em Santa Catarina. A primeira vitória veio na segunda rodada, por 2 a 0 sobre o América-RN no Carlos Zamith.

A Onça Pintada manteve uma trajetória segura até a 11ª rodada, com mais seis vitórias e três empates. A partir do 12ª jogo, uma derrota por 2 a 1 para o Paysandu em casa, a instabilidade tomou conta do time. O auge negativo foi a goleada por 5 a 1 sofrida para o Volta Redonda na 13ª partida, no Rio de Janeiro. A gordura adquirida manteve o Amazonas na zona de classificação, encerrado a primeira fase em terceiro lugar, com 32 pontos, nove vitórias, cinco empate e cinco derrotas em 19 jogos.

No quadrangular semifinal, a Onça enfrentou Paysandu, Volta Redonda e Botafogo-PB. As coisas começaram péssimas, com derrotas por 2 a 1 para os paraibanos fora, e por 1 a 0 para os paraenses em casa, resultados que levaram até a mudança de técnico, Luizinho Vieira no lugar de Rafael Lacerda. E o time se recuperou com uma arrancada épica: venceu os fluminenses por 2 a 0 tanto em casa quanto fora, fez 2 a 1 no Paysandu em Belém, e 2 a 0 no Botafogo na Arena da Amazônia, confirmando o acesso à Série B e a vaga na final. O outro acesso ficou com o Paysandu.

Na decisão, o Amazonas enfrentou o Brusque, que subiu junto com o Operário-PR e eliminou São Bernardo e São José-RS. A ida foi disputada na Arena da Amazônia, em Manaus, e ficou empatada por 0 a 0. A volta aconteceu no Augusto Bauer, o mesmo local da estreia. A Onça Pintada saiu perdendo, mas buscou a virada por 2 a 1 e o título com gols de Diego Torres e do artilheiro Sassá.

A campanha do Amazonas:
27 jogos | 14 vitórias | 6 empates | 7 derrotas | 34 gols marcados | 25 gols sofridos


Foto João Normando

Mirassol Campeão Brasileiro Série C 2022

O Campeonato Brasileiro Série C passou por mais uma alteração no regulamento em 2022. A CBF resolveu colocar a primeira fase em um grupo único de 20 clubes. Tal mudança ocorreu devido ao fato de a competição ter ficado com excesso de times do Norte e do Nordeste. Antes, era feita a divisão de dois grupos regionalizados. Com 12 nordestinos e nortistas, a fórmula ficou obsoleta.

O que não mudou na Série C foi a imprevisibilidade. Um pouco de tudo aconteceu nas 19 rodadas iniciais. E o título ficou com um dos clubes melhor estruturados: o Mirassol. Vencedor da Série D em 2020, a equipe paulista conseguiu o passe rumo a segunda divisão logo na segunda tentativa. O time foi o melhor em todas as fases.

A estreia do Leão foi com vitória por 2 a 1 sobre o Ferroviário em casa. A invencibilidade durou por cinco jogos, com mais três vitórias e um empate que já alçaram a equipe às primeiras posições. Depois de perder por 3 a 1 para o Remo fora, o Mirassol seguiu a campanha com tranquilidade. A classificação à segunda fase veio com antecedência e o time ficou na primeira colocação depois de 19 partidas, com 33 pontos, dez vitórias, três empates e seis derrotas.

No quadrangular seguinte, o Mira ficou em grupo com Botafogo-SP, Aparecidense e Volta Redonda. Em seis jogos, o clube paulista não perdeu, e conquistou o sonhado acesso depois de vencer mais três e empatar outros três. A confirmação veio na última partida, junto com a liderança da chave e a vaga na final, na vitória por 2 a 1 sobre a Aparecidense. A outra vaga na Série B ficou com o Botafogo-SP. Do outro grupo, subiram ABC e Vitória.

O Mirassol disputou a decisão com o ABC, que superou, além do Vitória, Figueirense e Paysandu. O primeiro jogo foi em Natal, no Frasqueirão, e acabou empatado por 0 a 0. O segundo jogo foi em casa, num lotado José de Campos Maia. O título começou a ser desenhado aos cinco minutos do primeiro tempo, com o gol de Camilo. Aos 45, Vinícius Mingotti fez 2 a 0 e consolidou a conquista do Leão da Alta Araraquense.

A campanha do Mirassol:
27 jogos | 14 vitórias | 7 empates | 6 derrotas | 45 gols marcados | 28 gols sofridos


Foto Reprodução/CBF

Ituano Campeão Brasileiro Série C 2021

Um feito que até então apenas dois clubes goianos tinham conseguido: ser mais de uma vez campeão da Série C do Brasileiro. Pois o Ituano juntou-se a Atlético-GO e Vila Nova, garantindo o bicampeonato na edição de 2021 do campeonato. É um título que mostra mais uma vez a força do interior de São Paulo, e mais ainda a do Galo de Itu, que é o único múltiplo campeão paulista de fora da capital (e Santos).

A campanha rubro-negra começou no grupo B da primeira fase, contra outros times de São Paulo, além de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Em 18 partidas, foram nove vitórias e seis empates, que somaram 32 pontos na classificação. O Ituano ficou na segunda posição da chave, seis pontos distantes do líder Novorizontino, um a mais que o Ypiranga e três a mais que o Criciúma, os outros que também passaram de fase.

Mas o início do Ituano foi ruim. O clube perdeu as duas primeiras, por 1 a 0 para os criciumenses, fora, e por 4 a 1 para o rival paulista, em casa. Ainda houve um empate sem gols com o São José, em Porto Alegre, antes da primeira vitória, por 2 a 1 sobre o Paraná, em Itu. A partir de então o Galo engrenou, fez sua maior vitória na décima rodada, por 3 a 0 sobre o Criciúma, no Novelli Júnior, e garantiu seu lugar no quadrangular semifinal na 15ª rodada, ao bater por 2 a 1 o Figueirense, em Florianópolis.

Na segunda fase, o Ituano competiu pelo acesso e pela vaga na final contra Criciúma, Paysandu e Botafogo-PB. A estreia foi com vitória por 1 a 0 sobre os paraibanos, em João Pessoa. Em Itu, o time levou 2 a 0 dos catarinenses e acendeu o alerta. Porém, as vitórias sobre os paraenses por 3 a 1, em casa, e por 4 a 1, fora, encaminharam a classificação à Série B de 2022. Isso se confirmou no empate por 0 a 0 contra o Criciúma no Heriberto Hülse. E o lugar na decisão veio nos 3 a 0 sobre o Botafogo paraibano, no Novelli Júnior.

O adversário do Ituano na final foi o Tombense, que subiu ao lado do Novorizontino e eliminou ainda Manaus e Ypiranga no outro quadrangular. A ida foi jogada em Tombos, Minas Gerais, e o Galo rubro-negro conseguiu empatar por 1 a 1. A volta aconteceu em Itu, e com gols de João Victor, Igor Henrique e Iago Teles, o Ituano venceu por 3 a 0 e levou sua segunda Série C depois de 18 anos. Em 2003, o título foi fora de casa. Agora, a festa foi junto a sua torcida.

A campanha do Ituano:
26 jogos | 14 vitórias | 8 empates | 4 derrotas | 37 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Fernando Roberto/Ituano

Vila Nova Campeão Brasileiro Série C 2020

O único tricampeão do Brasileirão Série C, mostrando que é possível se remontar imediatamente após as crises. O Vila Nova repetiu 1996 e 2015 e vai voltar à Série B para tentar em 2021 um caminho ainda mais acima. A competição mais uma vez contou com outras forças tradicionais, como Santa Cruz, Paysandu, Criciúma e Remo.

Só o último conseguiu o acesso junto aos goianos. O regulamento da terceira divisão sofreu uma alteração em relação aos anos anteriores: as quartas e a semifinal deram espaço à dois quadrangulares, com os líderes avançando à final.

O Colorado ficou no grupo A da primeira fase, e estreou com empate por 1 a 1 com o Manaus fora de casa. A primeira vitória aconteceu na segunda rodada, por 2 a 0 no OBA, que é a sigla para Onésio Brasileiro Alvarenga. Aproveitando o fato de o campeonato ter sido realizado sem torcida, o Vila Nova optou por mandar seus jogos no seu estádio próprio em detrimento ao Serra Dourada. A campanha do clube foi tranquila, com pouquíssimas derrotas. O time esteve invicto entre a quarta e a 16ª rodadas. 

Nesse meio tempo, o Vila conseguiu boas vitórias por 3 a 0, sobre o Imperatriz em casa na sétima partida, sobre o Jacuipense fora na nona jornada e sobre o Ferroviário em Goiânia no 12º jogo. Ao todo, foram oito vitórias, sete empates e três derrotas em 18 partidas. A equipe encerrou a fase na terceira posição, empatado em pontos com o vice Remo e distante seis do líder Santa Cruz.

Na segunda etapa, o Colorado encontrou, além dos próprios pernambucanos, o Brusque e o Ituano. Foi difícil, mas o clube conseguiu o acesso na última rodada, ao bater os paulistas por 1 a 0 em Itu. Não só isso, classificou-se à decisão, marcando dez pontos. Os outros triunfos foram sobre o Santa Cruz, ambos por 2 a 1.

E o Remo voltou ao caminho goiano. O primeiro jogo foi realizado no OBA, e o Vila Nova colocou nove dedos na taça ao golear os paraenses por 5 a 1. A volta aconteceu no Mangueirão, em Belém, e o anfitrião até tentou alguma coisa, ficando duas vezes à frente do placar. Mas o Tigrão queria ser campeão vencendo a última partida, e conseguiu, fazendo 3 a 2 com gols de Alan Mineiro, Pablo Roberto e Mimica. Além do Vila Nova tricampeão na Série C e do Remo vice, Brusque e Londrina também ficaram com o acesso.

A campanha do Vila Nova:
26 jogos | 13 vitórias | 8 empates | 5 derrotas | 34 gols marcados | 21 gols sofridos


Foto Douglas Monteiro/Vila Nova

Náutico Campeão Brasileiro Série C 2019

Já vem se tornando rotina nos últimos anos o fato de a Série C contar com times com certa tradição e com passagens recentes pelas divisões de cima do futebol brasileiro. Em 2019, a posição coube a Juventude, Paysandu, Remo, Santa Cruz e Náutico, que foi o mais competente e conquistou um título inédito.

O regulamento da competição foi o mesmo das temporadas anteriores. Em uma ironia do destino, a região Nordeste teve dez representantes cravados, o que forçou a CBF a juntar as outras quatro regiões no grupo B. Assim, tivemos times do Norte tendo que jogar no Sul e no Sudeste.

O Timbu ficou na chave A junto com seus conterrâneos. Foi a segunda temporada seguida do clube na terceira divisão. O começo não foi muito promissor, com derrota por 2 a 0 para o futuro rebaixado ABC em Natal. A primeira vitória ocorreu na segunda rodada, por 4 a 2 sobre o Imperatriz nos Aflitos. Na quarta rodada, vitória por 1 a 0 no Treze fora de casa deu início a uma série invicta até o oitavo jogo. 

Mas o Náutico só engrenou de vez na 12ª partida, quando aplicou 1 a 0 no Ferroviário fora de casa. Daqui até o fim da fase, o Timbu venceu mais cinco jogos e só perdeu um, obtendo a vaga no mata-mata ao vencer por 1 a 0 Botafogo-PB em João Pessoa, na 17ª rodada. A liderança do grupo veio com os 3 a 1 no rival Santa Cruz em casa, na última partida. Ao todo foram 33 pontos, dez vitórias, três empates e cinco derrotas.

Nas quartas final, o time alvirrubro enfrentou o Paysandu. Depois de ficar no 0 a 0 em Belém, o time conseguiu o acesso de um jeito agônico, empatando por 2 a 2 nos Aflitos no último minuto de jogo. Nos pênaltis, 5 a 3 e a vaga garantida na Série B de 2020. A semifinal foi contra o Juventude, e o Timbu novamente recorreu ao desempate após levar 2 a 1 em Caxias do Sul e fazer 2 a 1 em Recife. Nas cobranças, 4 a 3 para os pernambucanos.

A final foi disputada contra o Sampaio Corrêa. A ida foi nos Aflitos, e o Náutico abriu boa vantagem ao vencer por 3 a 1. A volta foi no Castelão de São Luís, onde os maranhenses tentaram reverter, mas a defesa, a bola aérea e o contra-ataque alvirrubros funcionaram bem. Enquanto o goleiro Jefferson salvou várias bolas, Álvaro (pelo alto) e Matheus Carvalho (pelo chão) fizeram os gols do 2 a 2 que garantiu a primeira conquista nacional na história do Náutico.

A campanha do Náutico:
24 jogos | 12 vitórias | 6 empates | 6 derrotas | 34 gols marcados | 26 gols sofridos


Foto Léo Lemos/Náutico

Operário-PR Campeão Brasileiro Série C 2018

A última edição encerrada da Série C foi em 2018, ano em que mais uma vez a glória ficou nas mãos dos clubes mais improváveis. Bragantino, Náutico, Santa Cruz, Remo e Joinville foram os participantes de maior renome na competição, mas somente o primeiro conseguiu o objetivo do acesso. Os rivais pernambucanos bateram na trave, enquanto o time paraense não passou de fase e o catarinense foi rebaixado com algumas rodadas de antecedência. O título ficou com o Operário Ferroviário de Ponta Grossa. No embalo da conquista da quarta divisão um ano antes, a equipe paranaense passou com méritos pelo "estágio" na terceirona.

No grupo B da primeira fase, o Fantasma teve uma campanha muito segura. Estreou vencendo o Volta Redonda por 1 a 0 no Germano Krüger. Até a virada de turno, a sequência da equipe foi de quatro vitórias, dois empates e duas derrotas, com destaque ao 3 a 2 sobre o Luverdense em casa, na nona rodada, em uma virada aos 50 minutos do segundo tempo.

No segundo turno, foram mais oito partidas de invencibilidade. A classificação foi obtida no décimo quarto jogo, ao vencer o Tombense por 1 a 0 em Minas Gerais. Ao todo, foram 35 pontos, dez vitórias, cinco empates e três derrotas do vice-líder Operário.

Nas quartas de final, o adversário paranaense foi o Santa Cruz. A partida de ida foi em um Arruda lotado, onde a camisa pesou e o Operário saiu derrotado por 1 a 0. A volta foi no Germano Krüger, estádio mais acanhado porém também lotado de torcedores, que empurraram o time para a virada por 3 a 0 e o acesso inédito. A semifinal foi contra o Bragantino, e os dois jogos ficaram no empate sem gols. Nos pênaltis, o Fantasma fez 4 a 2 e foi à final, disputada contra o Cuiabá.

A ida da decisão foi em Ponta Grossa, e cheia de reviravoltas: o Operário marcou dois gols, sofreu a virada e arrancou o empate por 3 a 3 nos acréscimos. A volta foi na Arena Pantanal, com mais ingredientes especiais. Primeiro, a falta de luz no estádio, que deixou a partida paralisada por mais de meia hora. Depois, a atuação monumental e os milagres do goleiro Simão, que ajudou a sustentar a vitória por 1 a 0, gol marcado por Bruno Batata no segundo tempo.

A conquista desta Série C é mais importante da história do Operário, que assim voltou para a disputa da Série B após 28 anos de ausência.

A campanha do Operário-PR:
24 jogos | 12 vitórias | 8 empates | 4 derrotas | 32 gols marcados | 21 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

CSA Campeão Brasileiro Série C 2017

Chega o ano de 2017, e a Série C continua com sua fórmula bem-sucedida. Nesta temporada, foram poucas as presenças ilustres. O Remo continuou a fazer uma competição apenas razoável, ao lado do Joinville, que vertiginosamente despencou da primeira divisão em dois anos. Com eles, o Fortaleza entrou no torneio novamente para, enfim, carimbar o acesso. Mas a glória maior ficou para outra força nordestina, que fazia o caminho inverso ao do clube catarinense. O CSA disputou o campeonato vindo de um vice na Série D ao ano anterior. E já na reestreia, caminhou rumo ao título inédito.

A campanha do Azulão foi tranquila desde o princípio. Já na estreia, dentro do Rei Pelé, aplicou 3 a 0 no rival ASA. No jogo seguinte, fez 2 a 0 no Sampaio Corrêa fora de casa. A primeira derrota foi na terceira rodada, por 2 a 0 para o Botafogo-PB em João Pessoa. Daqui para a virada do turno, o time alagoano teve outras três vitórias e mais três empates, em campanha que lhe rendeu a liderança por um bom tempo.

A classificação foi antecipada, na penúltima rodada, ao vencer por 2 a 0 o Salgueiro em Maceió. No total foram 32 pontos ao CSA, com oito vitórias, oito empates e duas derrotas. O clube ficou na vice-liderança do grupo A, perdendo para o Sampaio Corrêa no critério de número de triunfos. 

Nas quartas de final, o Azulão disputou o acesso com o Tombense. A ida foi jogada em Minas Gerais, e de lá o time alagoano voltou com a vitória e a vantagem de 2 a 0. Na volta no Rei Pelé, um gol solitário bastou para o CSA administrar a situação. Vencendo por 1 a 0, o clube comemorou a classificação para a Série B. A competição sucedeu-se com a semifinal, onde o adversário da vez foi o São Bento. O Azulão venceu por 1 a 0 em Sorocaba e perdeu pelo mesmo placar em Maceió. Nos pênaltis vitória por 4 a 2 e classificação alagoana.

A decisão foi contra o Fortaleza, com a ida jogada no Castelão. Mesmo com 43 mil torcedores contra, o CSA conseguiu uma ótima vitória por 2 a 1 e abriu vantagem. A volta da final foi no Rei Pelé, e bastou segurar o 0 a 0 para o time de Alagoas vencer seu primeiro título nacional na história, o primeiro também do estado. E após esta conquista o CSA continuou sua escalada, passando pela segunda divisão em 2018, e chegando até a primeira divisão em 2019.

A campanha do CSA:
24 jogos | 12 vitórias | 9 empates | 3 derrotas | 27 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Boa Esporte Campeão Brasileiro Série C 2016

A Série C entra no ano de 2016. Via de regra, a competição contou com seus representantes que outrora frequentaram a primeira divisão. O clube da vez a se juntar ao grupo foi o Remo, que ficou na mesma situação de Fortaleza, Guarani, Juventude, Portuguesa e América-RN. O clube paraense fez o suficiente para se manter, enquanto o cearense continuou com a sina de bater na trave e não subir. Já potiguares e paulistanos foram ladeira abaixo até o melancólico rebaixamento. Apenas campineiros e gaúchos comemoraram alguma coisa, ainda assim sem o título, que ficou nas mãos do Boa Esporte.

O clube mineiro veio após cinco temporadas na segunda divisão, e procurou não se apegar muito à nova realidade. No grupo B, estreou com empate por 1 a 1 com o Tombense em casa. A primeira vitória veio na segunda rodada, com goleada por 5 a 1 sobre o Macaé fora. Até a virada de turno, o Boa teve mais três vitórias, um empate e três derrotas.

No returno, o clube mineiro não perdeu e conseguiu a classificação a uma rodada do fim, após vencer o Ypiranga por 2 a 0 no Esádio Dilzon Melo. Na vice-liderança do grupo na primeira fase, a Coruja teve ao todo 35 pontos com dez vitórias, cinco empates e três derrotas.

A disputa pelo acesso nas quartas de final foi contra o Botafogo-PB. Na ida em João Pessoa, empate por 0 a 0. A decisão ficou para Varginha, e parecia que os pênaltis iriam definir o futuro dos clubes. Mas aos 50 minutos do segundo tempo, Gênesis fez o gol da vitória, e o Boa comemorou a vaga com 1 a 0 no placar. Na semifinal, venceu o Juventude com duas vitórias por 2 a 1, tanto no Alfredo Jaconi quanto no Melão.

A final foi contra o Guarani, que vinha de um histórico 6 a 0 sobre o ABC, após sofrer 4 a 0 na ida. O primeiro jogo foi realizado em Campinas, no Brinco de Ouro. Visitante, o Boa segurou a pressão e empatou por 1 a 1. O segundo jogo foi em Varginha. Agora em casa, o time mineiro tratou de decidir tudo em 13 minutos, com gols do paraguaio Samudio e de Felipe Mateus. No fim, Kaio Cristian fez 3 a 0 e consumou o título da Série C para o Boa Esporte.

Esta conquista é até hoje a maior da história do clube, que ainda possui dois títulos da segunda divisão mineira. Após 2016, o Boa participou da Série B por duas temporadas, até ser rebaixado em 2018 e retornar à terceira divisão em 2019.

A campanha do Boa Esporte:
24 jogos | 14 vitórias | 7 empates | 3 derrotas | 37 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Vila Nova Campeão Brasileiro Série C 2015

Chega a temporada de 2015, e pode-se enfim afirmar que a Série C consolidou-se no calendário do futebol brasileiro, com um regulamento claro, número fixo de participantes e transmissão de televisão. A edição do ano em questão contou novamente com a presença de clubes tradicionais. Fortaleza, Guarani e Juventude ganharam a companhia de Portuguesa, América-RN, Brasil de Pelotas e Vila Nova, times de torcida e que já incomodaram na primeira divisão. Desses sete, só um faria a festa com a taça, e a honra coube ao último nome.

No grupo A da primeira fase, o Vila começou bem a competição, vencendo em casa o Cuiabá por 1 a 0. Da estreia até a virada de turno, foram mais cinco vitórias - como os 3 a 0 sobre o ASA na nona partida -, um empate e duas derrotas. No returno, venceu mais quatro vezes, sendo as mais importantes os 3 a 0 sobre o Icasa em Juazeiro do Norte, e os 2 a 1 sobre o Salgueiro em Goiânia, que classificou o Tigre para as quartas de final. Ao fim da fase, o time goiano terminou em terceiro lugar, com 33 pontos, dez vitórias, três empates e cinco derrotas.

No mata-mata valendo o acesso, a missão do Vila Nova foi contra a Portuguesa. Na ida no Serra Dourada, venceu por magro 1 a 0. A tarefa na volta seria segurar a vantagem dentro do Canindé. E lá, o início de jogo fulminante ajudou o Vila a vencer novamente - agora por 2 a 1 - e conquistar o acesso, logo um ano após o rebaixamento. Tranquilo, o Tigre enfrentou o Brasil de Pelotas na semifinal. Tanto no Rio Grande do Sul quanto em Goiás, 0 a 0 no placar. Nos pênaltis, os goianos tiveram mais competência e venceram por 4 a 3.

A final foi entre Vila Nova e Londrina. A partida de ida foi jogada no Estádio do Café, e o time colorado esbarrou na marcação paranaense, que fez 1 a 0 e impôs a desvantagem no confronto. A partida de volta foi jogada no Serra Dourada para 39 mil torcedores. Precisando vencer por mais que um tento de diferença, o Vila fez um jogo frenético. Saiu perdendo e virou o placar em dez minutos, gols de Ramires e Moisés.

A situação ainda não servia por conta da regra do gol fora de casa, então a tranquilidade só veio no segundo tempo, quando Zotti marcou o terceiro aos sete minutos. Já nos acréscimos, Moisés guardou mais um e abriu a festa colorada. A goleada por 4 a 1 garantiu mais um título para o Vila Nova, bicampeão da Série C. O clube tornou-se o segundo na história com mais de uma conquista na terceira divisão. O primeiro é o rival Atlético.

A campanha do Vila Nova:
24 jogos | 13 vitórias | 5 empates | 6 derrotas | 31 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Leo Iran/Diário de Goiás

Macaé Campeão Brasileiro Série C 2014

A Série C de 2014 teve pausa de um mês e meio durante a sua disputa. Mas desta vez não foi por causa de imbróglios judiciais, e sim por causa da Copa do Mundo realizada no Brasil. Foram jogadas seis rodadas antes do Mundial. A competição ainda esteve abrilhantada com a presença de forças tradicionais, como Fortaleza, Paysandu, Guarani, Juventude e São Caetano. Só que apenas um destes comemorou no fim, e não foi com o título, que parou nas mãos do Macaé. A equipe fluminense, frequente na terceira divisão há quatro campeonatos, de certa maneira surpreendeu.

Integrante do grupo B, o Alvianil começou a trajetória fora de casa, com empate por 1 a 1 com o Tupi. Até a parada para a Copa, foram mais duas vitórias, um empate e duas derrotas. A campanha um tanto irregular seguiu depois do Mundial. A arrancada depois da pausa foi interessante, com vitórias por 1 a 0 sobre o Duque de Caxias e por 2 a 1 sobre o Mogi Mirim. Mas na sequência houveram três jogos sem vencer.

O perde-ganha continuou até o final da primeira fase. O Macaé só conseguiu a classificação na última rodada, após vencer o Caxias por 1 a 0 em casa. Ao todo, foram 26 pontos, sete vitórias, cinco empates e seis derrotas, saldo negativo de menos dois gols e a quarta posição para o Alvianil Praiano.

A surpresa aconteceu nas quartas de final, contra o Fortaleza. A ida foi jogada no Moacyrzão, e acabou em um empate por 0 a 0. Na volta no Castelão, o Macaé abriu o placar com o atacante Juba e se segurou na defesa ao máximo que pode. Sofreu o empate, porém a regra do gol fora de casa estava ao seu lado. No fim, o 1 a 1 garantiu um improvável acesso. Na semifinal contra o CRB, a única vitória por mais de um gol de diferença: 4 a 0 na ida em casa. Na volta em Maceió, empate sem gols garantiu o Macaé na final.

A decisão foi contra o Paysandu. A campanha recheada de empates trouxe a ida mais uma vez ao Moacyrzão. No Rio de Janeiro, 1 a 1 no placar. Portanto, seria preciso vencer ou empatar por mais gols em Belém. E o Macaé preferiu a segunda opção. Diante de um Mangueirão lotado, ficou três vezes atrás no marcador, mas buscou a igualdade em todas elas. Com 3 a 3 no fim, sagrou-se campeão da Série C. 

A conquista de 2014 é somente a segunda oficial da história do clube, antes vencedor de 1998 da terceirona carioca. O ápice do Macaé não durou muito. Acabou rebaixado na estreia pela Série B, em 2017. Na terceira divisão, caiu em 2017.

A campanha do Macaé:
24 jogos | 8 vitórias | 10 empates | 6 derrotas | 24 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Ney Marcondes/Placar

Santa Cruz Campeão Brasileiro Série C 2013

E a Série C chega ao ano de 2013. Como não poderia deixar de ser, antes da competição houve uma pendenga judicial envolvendo Rio Branco-AC e Treze. O que houve: em 2011, o time acriano fora excluído da competição por ter entrado na Justiça Comum. Por isso o time paraibano, quinto lugar na Série D daquele ano, herdou sua vaga em 2012.

Já em 2013, o Rio Branco quis recuperar essa vaga. E após algumas liminares, o clube em acordo com o Treze. Por isso, naquela temporada a Série C contou com 21 times. Em meio a confusão, o Santa Cruz seguia sua escalada visando o retorno às divisões maiores do Brasileirão, o que culminaria em um inédito título nacional.

A estreia do Santinha foi muito boa, com vitória por 2 a 0 sobre o Luverdense no Arruda. Na sequência até a virada do turno foram mais quatro vitórias, incluindo duas goleadas: por 4 a 0 sobre o Rio Branco-AC e por 6 a 0 sobre o Treze. E no returno, outras cinco vitórias completaram a campanha. O Santa Cruz encerrou a primeira fase na liderança do grupo A, com 34 pontos, dez vitórias, quatro empates e seis derrotas.

Nas quartas de final, o confronto que selou o retorno do clube à Série B depois de seis anos foi contra o Ipatinga. Na época, o adversário mineiro estava sediado em outra cidade, e até com outro nome: Betim. Para completar a mistura, a partida de ida foi jogada em um terceiro município, Nova Serrana. E na Arena do Calçado o Santa venceu por 1 a 0. A volta foi disputada no Arruda, e com certa dificuldade a Cobra Coral venceu por 2 a 1, com o gol do acesso marcado por Flávio Caça-Rato.

A semifinal foi contra o Luverdense, e o Santa Cruz se classificou com vitórias por 2 a 0 no Mato Grosso e por 2 a 1 em Pernambuco.

Chegada a hora da final, o Santinha enfrentou o Sampaio Corrêa. O primeiro jogo foi no Castelão de São Luís e encerrou com 0 a 0 no placar. O segundo jogo foi no Arruda, e o Santa Cruz foi ao ataque. Com gols de Dedé e Caça-Rato, o time do Recife venceu por 2 a 1 e conquistou o título, o primeiro do clube na esfera nacional. E depois deste momento histórico, o Santa seguiu na escalada e atingiu a primeira divisão em 2016. Mas, igual a muitos ciclos que vemos em clubes de futebol, o caminho se inverteu, e o Santa Cruz voltou para a terceira divisão novamente em 2018.

A campanha do Santa Cruz:
26 jogos | 15 vitórias | 5 empates | 6 derrotas | 40 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Anderson Stevens/Futura Press

Oeste Campeão Brasileiro Série C 2012

A onda de mudanças na Série C continuou alta para o ano de 2012. Nesta temporada, os quatro grupos foram condensados em duas chaves com dez times cada. Isto mais que dobrou o número de partidas para cada equipe na primeira fase, de oito para 18. E na disputa, um time estreante, com quase nenhuma experiência em competições nacionais. O Oeste ainda fica ficava sediado em Itápolis quando chegou a um surpreendente título.

Na fase inicial o Rubrão ficou no grupo B, dedicado aos times do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Mas o começo foi ruim, com derrotas para o Vila nova e o Caxias. A primeira vitória veio só na terceira rodada, quando o Oeste foi até o Rio de Janeiro e fez 2 a 0 no Macaé. O resultado abriu uma sequência positiva com três vitórias e um empate, até que na sétima rodada o time paulista perdeu por 1 a 0 para a Chapecoense fora de casa. E até a virada de turno, mais uma vitória e um empate.

O aproveitamento foi melhor no returno, onde o Rubrão começou devolvendo por 3 a 1 o revés contra o Vila Nova. Nos oito jogos restantes, três vitórias, três empates e duas derrotas, o que colocou o time na quarta posição do grupo, com 29 pontos, oito vitórias, cinco empates e cinco derrotas.

Nas quartas de final, o Oeste enfrentou um favorito Fortaleza. E na ida parecia as coisas seriam difíceis, pois a Onça Rubro-negra ficou apenas no 1 a 1 dentro do Estádio dos Amaros. Mas na volta o milagre aconteceu, e o Oeste fez 3 a 1 em pleno Presidente Vargas, conquistando assim um acesso inédito. Na semifinal, o reencontro com a Chapecoense. O primeiro jogo foi na Arena Condá, e o Oeste voltou de lá com a vitória por 1 a 0. No segundo jogo em Itápolis, empate por 0 a 0 e classificação para a final.

A decisão da Série C de 2012 foi contra um outro clube sem muita tradição no cenário brasileiro: o Icasa. A partida de ida foi disputada no Estádio Romeirão, em Juazeiro do Norte, e terminou sem gols. Tudo ficou para ser definido nos Amaros, e em casa o Rubrão fez 2 a 0 com autoridade, gols de Vanderson e Dezinho. E de um modo histórico e - até certo ponto - improvável, o Oeste sagrou-se campeão da terceira divisão.

Esta conquista é a única nacional da história do clube, que desde então jamais desceu da Série B, há seis temporadas. A única coisa que mudou de lá para cá foram as sedes, passando por Osasco em 2016, e ficando em Barueri desde 2017.

A campanha do Oeste:
24 jogos | 11 vitórias | 8 empates | 5 derrotas | 29 gols marcados | 21 gols sofridos


Foto Arquivo/Prefeitura de Itápolis

Joinville Campeão Brasileiro Série C 2011

Para o ano de 2011, a Série C contou com uma leve mudança. As quartas de finais e semifinais da segunda fase foram transformadas em dois quadrangulares. Assim, o caminho para o acesso ficou mais longo. Na fase inicial, tudo seguiu igual. O campeão surgiu da região Sul, como mais um entre os tantos que aparecem em processo de remontada. O Joinville disputou a terceira divisão um após conseguir no tribunal o acesso na Série D. E com um dos elencos mais fortes da competição, chegou a uma conquista inédita.

Na primeira fase, o JEC ficou no grupo 4, contra Brasil de Pelotas, Santo André, Caxias e Chapecoense. A estreia foi fora de casa, com empate por 1 a 1 com o Brasil de Pelotas, seguida por duas vitórias em Joinville, 2 a 1 sobre a Chapecoense e por 2 a 0 sobre o Santo André. Novamente fora de casa, empates por 2 a 2 com o Caxias e por 1 a 1 com o Santo André.

A única derrota da fase foi no sexto jogo, por 4 a 2 para o Caxias em casa. Na reta final, 2 a 0 na Chapecoense em Chapecó e 5 a 2 no Brasil em casa. Com 15 pontos, o Tricolor se classificou na vice-liderança da chave.

Na segunda fase, o Joinville voltou a enfrentar o rival catarinense, além de Brasiliense e Ipatinga. E a campanha que já era boa, melhorou. O começo foi com vitória por 1 a 0 sobre o Ipatinga na Arena Joinville, seguido de empate por 1 a 1 em Chapecó. Nas quatro partidas restantes, só vitórias. O JEC aplicou 4 a 1 no Brasiliense tanto em casa quanto fora, o que lhe rendeu o acesso antecipado. Na quinta rodada, os 3 a 2 sobre a Chapecoense em casa carimbaram a vaga na final. E para cumprir a tabela, 1 a 0 no Ipatinga em pleno interior mineiro. Com 16 pontos, o Joinville chegou embalado na decisão.

O adversário catarinense na final da Série C foi o CRB, que até tentou oferecer resistência. Mas no jogo de ida em Maceió, o Tricolor logo tratou de encaminhar o título ao vencer por 3 a 1, gols de Ricardinho, Glaydson e Aldair.

Dessa forma, no jogo de volta foi só administrar e consolidar o título, que veio com nova vitória, agora por 4 a 0, gols de Lima, Eduardo, Pedro Paulo e Gilton. Foi a primeira conquista nacional na história do Joinville, que ainda contou no grupo campeão com o meia Ramón Menezes, em seu último ato como atleta, além dos já falecidos Max (goleiro) e Bruno Rangel (atacante).

A campanha do Joinville:
16 jogos | 11 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 38 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Joinville

ABC Campeão Brasileiro Série C 2010

A Série C chega a 2010, mais uma vez com seus 20 participantes divididos em quatro grupos. O equilíbrio deste formato era evidente. Vários times chegavam na rodada final da primeira fase tanto com chances de classificação quanto de rebaixamento. Poucos destoaram dessa lógica, como o time que viria a ser campeão. O ABC fez uma de suas melhores temporadas naquele ano, com dois títulos conquistados.

Na fase inicial, o time alvinegro ficou na chave 2, junto com o rival Alecrim, além de Campinense, CRB e Salgueiro. A abertura foi no Frasqueirão, com vitória por 3 a 1 sobre o CRB. Na sequência, empate em casa por 1 a 1 com o Alecrim, e vitória fora por 3 a 0 sobre o Salgueiro. A primeira derrota foi no fechamento do turno, por 1 a 0 para o Campinense em Campina Grande.

No returno, fez 3 a 1 no Salgueiro em casa, empatou novamente por 1 a 1 com o Alecrim, além de um resultado sem gols com o Campinense, também em Natal. O encerramento foi com derrota por 1 a 0 para o CRB em Maceió, mas o Elefante já estava classificado. O ABC terminou a fase na liderança com 12 pontos, só dois a mais que o Alecrim, que começou a última rodada na vice-liderança e acabou na lanterna, rebaixado.

Nas quartas de final, o adversário pelo acesso foi o Águia de Marabá. Na ida no Pará, o alvinegro encaminhou a situação ao vencer por 1 a 0. Na volta, confirmou a vaga com vitória por 3 a 1 no Frasqueirão. Na semifinal, o ABC reencontrou o Salgueiro, o qual eliminou com empate por 1 a 1 em Pernambuco e vitória por 2 a 0 em Natal.

A final foi realizada contra o Ituiutaba, que atualmente não existe mais e se tornou o Boa Esporte. O primeiro jogo foi em Minas Gerais, no Parque do Sabiá, de Uberlândia. Diante de um público de 879 pagantes, o alvinegro venceu por 1 a 0, gol do artilheiro Cascata. Com a vantagem mínima, o ABC fez o segundo jogo no seu Frasqueirão lotado. E de todas as formas possíveis, o time potiguar conseguiu segurar o time mineiro, mantendo o 0 a 0 no placar.

Ao final da partida, muita festa pelo título da Série C, o primeiro nacional vencido um clube do Rio Grande do Norte. A conquista reconduziu o ABC à Série B, da qual participou por cinco temporadas, entre 2011 e 2015. E desde então, a equipe tem se alternado entre a segunda e a terceira divisão.

A campanha do ABC:
14 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 19 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Moacir Nascimento/Placar

América-MG Campeão Brasileiro Série C 2009

A grande revolução da Série C ocorreu em 2009. Os 63/64 participantes das temporadas anteriores foram condensados em 20: os times entre o 5º e o 20º lugares da disputa anterior mais os quatro rebaixados da segunda divisão. Estes clubes foram divididos em quatro grupos. A mudança tornou viável a criação da Série D, que passou a receber os times de bom desempenho nos estaduais. E obviamente, a Série C começou a contar com o rebaixamento das equipes lanternas de cada chave.

O primeiro campeão desta nova era foi um velho conhecido, que aos poucos remava para deixar a crise. No intervalo entre 2004 e 2007, o América-MG foi da Série B para o Módulo II estadual. A retomada começou com a vaga na terceira divisão em 2008, e a continuidade para o ano seguinte.

Na primeira fase, o América ficou no grupo 3, ao lado de Mixto, Gama, Boa Esporte (na época, Ituiutaba) e Guaratinguetá. O começo foi com duas vitórias em casa por 2 a 0, sobre Gama e Guaratinguetá. Na sequência, fora de casa, empatou sem gols com o rival mineiro e venceu por 1 a 0 o time mato-grossense. No returno, vitórias no Independência, por 2 a 0 sobre o ex-Ituiutaba e por 5 a 1 sobre o Mixto e derrotas por 2 a 0 no interior paulista e em Brasília. O Coelho terminou a fase classificado na liderança, com 16 pontos.

No novo formato de Série C, a segunda fase já valia o acesso. Nas quartas de final, o América enfrentou o Brasil de Pelotas. A ida foi no Bento Freitas e terminou com empate por 0 a 0. A volta foi no Independência lotado, que viu o Coelho obter a vaga na Série B com vitória por 3 a 1.

Na semifinal, um reencontro com o Guaratinguetá. O primeiro jogo foi no Dário Rodrigues Leite, com derrota por 2 a 1. No segundo jogo em Belo Horizonte, o América devolveu o placar. Nos pênaltis, vitória por 7 a 6 e vaga na final.

A última disputa foi contra o ASA, na decisão. A primeira partida, mais uma vez, foi fora de casa, no Coracy da Mata, em Arapiraca. Com uma atuação de gala, o time de Evanílson, Wellington Paulo, Irênio e Bruno Mineiro (e o "Filho do Vento" Euller no banco de reservas) aplicou 3 a 1 no time alagoano e encaminhou o título.

A confirmação da conquista do Coelho veio na segunda partida, no Independência, com a vitória por 1 a 0 obtida com gol do artilheiro Bruno Mineiro nos acréscimos.  12 anos depois de ter vencido a Série B, o América-MG voltava à sua disputa por meio do título da Série C.

A campanha do América-MG:
14 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Pedro Vilela/Futura Press

Atlético-GO Campeão Brasileiro Série C 2008

A Série C de 2008 foi a última antes da grande reformulação que a CBF provocou na competição. No terceiro ano seguido em que o mesmo regulamento imperou, 63 times em 16 grupos brigaram por quatro vagas de acesso e outras 16 de permanência para o torneio do ano seguinte, que seria enxugado para abrir caminho à criação da quarta divisão.

Novamente, tivemos uma enxurrada de clubes grandes recomeçando. Guarani e Paysandu repetiram a dose, com o primeiro garantindo o acesso e o segundo a vaga fixa, bem como o América-MG. Já Santa Cruz, Remo e Paulista passaram longe do sucesso. Em meio a esse frenesi, o Atlético-GO dava continuidade ao recrescimento, chegando ao bicampeonato.

Na primeira fase, o Dragão jogou no grupo 9 contra Mixto, Operário-MS e Águia Negra. Com quatro vitórias e dois empates, o time goiano fez 14 pontos e ficou na liderança. Na segunda fase, o Atlético ficou no grupo 5, novamente com o Mixto, além de Itumbiara e Dom Pedro II-DF. A máquina de fazer gols continuou funcionando, com vitórias por 4 a 1 fora e por 7 a 1 em casa sobre o Itumbiara, e também com um 6 a 4 sobre o Dom Pedro no Antônio Accioly. Com 15 pontos, cinco vitórias e só uma derrota, o time rubro-negro tornou a ser líder da sua chave.

Na terceira fase, no grupo 3, o Dragão enfrentou o Mixto pela quinta e sexta vezes, e também o Duque de Caxias e o Guaratinguetá. Desta vez a briga foi mais dura, pois o time ficou empatado em pontos com cariocas e paulistas. As vitórias em casa por 4 a 1 sobre o Mixto e por 3 a 0 sobre o Duque ajudaram no saldo de gols, que deu a primeira posição os goianos.

Chegado o octogonal final, contra Rio Branco-AC, Confiança, Brasil de Pelotas, Águia de Marabá, Duque de Caxias, Campinense e Guarani em busca do acesso e do título. Cada vez mais embalado, o Atlético continuou aplicando suas goleadas: em casa, por 4 a 0 sobre o Águia na segunda rodada, por 5 a 1 sobre o Duque na quarta rodada, por 6 a 0 sobre o Confiança na quinta rodada, e por 5 a 0 sobre o Rio Branco na nona rodada, e fora, por 3 a 0 sobre o Guarani na sétima rodada.

O acesso ocorreu na 11ª rodada, após o empate por 2 a 2 com o Duque de Caxias no Rio de Janeiro. No jogo seguinte, a vitória por 2 a 0 sobre o Brasil de Pelotas no Serra Dourada confirmou o título para o Dragão. Com 29 pontos, nove vitórias, dois empates e três derrotas, o Atlético-GO foi o primeiro a ser bicampeão da Série C.

A campanha do Atlético-GO:
32 jogos | 21 vitórias | 5 empates | 6 derrotas | 84 gols marcados | 30 gols sofridos


Foto Carlos Costa/Placar

Bragantino Campeão Brasileiro Série C 2007

Em 2007, houve um fato raro na disputa da Série C: o regulamento da temporada anterior foi repetido. As 64 equipes seguiram divididas em 16 grupos, com 32 classificados avançando em mais oito chaves, e depois, 16 sobreviventes avançando para outras quatro. No fim, oito times no octogonal final.

A competição contou novamente com presenças expressivas, como Paysandu, Guarani e Bahia. Enquanto o paraense foi o antepenúltimo colocado da primeira fase e o paulista caiu na segunda fase, o baiano teve melhor sorte e desta vez obteve o acesso. Mas o campeão foi outro time de expressão, famoso da década de 90 que buscava a retomada, o Bragantino.

Na primeira fase, o Braga foi sorteado para o grupo 13. A estreia foi com derrota de 1 a 0 para o CENE no MS, mas depois foram quatro vitórias - 4 a 1 no Sertãozinho, 2 a 0 no Águia Negra e 2 a 0 no CENE em Bragança Paulista, e 2 a 1 no Sertãozinho fora - e um empate. Líder com 13 pontos, o time avançou para a segunda fase, para a chave 7.

Nesta fase, o time paulista fez uma campanha apenas regular, vencendo três jogos - 1 a 0 no Democrata de Valadares e 2 a 1 no Esportivo-RS em casa, e 2 a 1 no Roma Apucarana fora - e perdendo os outros três. Com nove pontos, se classificou em segundo lugar pelo número de vitórias, uma a mais que o adversário paranaense.

Na terceira fase, o Bragantino ficou no grupo 4. Sofrendo mais que na outra fase, a equipe fez apenas sete pontos. Venceu o America-RJ por 3 a 2 e a Ulbra por 2 a 0 no Marcelo Stéfani, empatou com o CRAC por 0 a 0 em Goiás e perdeu os demais jogos - 2 a 1 para o CRAC em casa, 1 a 0 para a Ulbra no RS e 2 a 1 para o America no RJ. O saldo de gols salvou o time, classificado na vice-liderança.

A fase voltou a melhorar no octogonal final, onde o Bragantino encarou novamente o CRAC, além de Nacional de Patos-PB, Barras-PI, Atlético-GO, ABC, Bahia e Vila Nova. A disputa foi acirrada, mas o time paulista assumiu sua posição na zona de classificação desde o começo, liderando a maioria das rodadas. O acesso foi confirmado na 13ª rodada, com vitória por 3 a 1 sobre o Barras em Bragança.

O título veio na rodada final, quando a derrota por 2 a 1 para o ABC em Natal combinou com a derrota do Bahia para o CRAC. Com 26 pontos, sete vitórias, cinco empates e duas derrotas, o Bragantino conquistava mais um título nacional. Desde então, o clube não deixou mais o cenário nacional, alternando entre a Série B e a Série C.

A campanha do Bragantino:
32 jogos | 16 vitórias | 7 empates | 9 derrotas | 46 gols marcados | 32 gols sofridos


Foto Silvio Loureiro

Criciúma Campeão Brasileiro Série C 2006

A Série C de 2006 contou com algumas presenças ilustres em meio aos 64 participantes. Bahia, Vitória e Criciúma vieram de rebaixamento na Série B do ano anterior e precisaram cumprir um "estágio" na terceira divisão. E entre os três, o Criciúma foi o mais competente ao conseguir o título, enquanto entre os baianos somente o Vitória subiu.

Na primeira fase, as equipes foram divididas em 16 grupos. O Criciúma ficou no grupo 16, junto com Marcílio Dias, Novo Hamburgo e Brasil de Pelotas. A única derrota do time nesta fase foi na estreia, por 3 a 2 para o Brasil em Pelotas. Na sequência, venceu por 3 a 2 o Marcílio Dias em casa e empatou por 3 a 3 com o Novo Hamburgo fora. No returno, mais três vitórias: 6 a 0 no Novo Hamburgo e 4 a 0 no Brasil, ambos no Heriberto Hülse; e 2 a 1 no Marcílio Dias em Itajaí. Com 13 pontos, o Tigre ficou na vice-liderança da chave

 Os 32 classificados para a segunda fase ficaram em oito grupos, com o time carvoeiro sendo sorteado para o grupo 7, ao lado de Cabofriense, Joinville e Noroeste. Desta vez, a campanha do Criciúma em casa foi mais fraca, com vitória por 4 a 1 sobre a Cabofriense, empate por 1 a 1 com o Noroeste e derrota por 1 a 0 para o Joinville. O desempenho fora compensou, com vitórias por 1 a 0 sobre os paulistas em Bauru e por 3 a 1 sobre os cariocas em Cabo Frio. O único acidente foi a derrota por 5 a 1 para o Joinville na segunda rodada, que jogou o Tigre para mais um segundo lugar, com 10 pontos.

Para a terceira fase houve nova divisão de grupos, e os 16 sobreviventes ficaram em quatro chaves. O Criciúma foi escolhido para o grupo 4, frente a J.Malucelli, América-MG e Barueri. Nesta fase o time tricolor ficou invicto no Heriberto Hülse, vencendo por 2 a 0 Bareurei e América-MG, e empatando por 0 a 0 com o J.Malucelli. Fora de casa, venceu os paranaense por 1 a 0, e perdeu para os mineiros por 3 a 2 e para os paulistas por 1 a 0. Mais uma vez, o Tigre avançava em segundo, com 10 pontos.

No octogonal final, o Criciúma lutou pelo acesso contra Treze, Brasil de Pelotas, Bahia, Ferroviário, Barueri, Vitória e Ipatinga. Foi então que o futebol do time catarinense cresceu de vez, fazendo 31 pontos, nove vitórias, quatro empates e só uma derrota em 14 partidas. O acesso foi conquistado na 11ª rodada, após empate por 2 a 2 contra o Barueri em casa.

O título foi confirmado na 13ª rodada, com uma histórica goleada por 6 a 0 sobre o Vitória no Heriberto Hülse. A conquista consolidou o Criciúma como o time catarinense mais vencedor fora do Estado, com três títulos nacionais.

A campanha do Criciúma:
32 jogos | 19 vitórias | 7 empates | 6 derrotas | 64 gols marcados | 33 gols sofridos


Foto Edmar Melo/Futura Press

Remo Campeão Brasileiro Série C 2005

Poucas coisas mudaram na Série C em 2005. O número de participantes foi levemente aumentado, para 63. A competição misturou times novos e promissores com outros tradicionais buscando se reerguer. Nesta segunda categoria se encontrou o Remo, rebaixado da Série B que teve a chance imediata da redenção.

A primeira fase foi dividida em 16 grupos, com o Remo ficando no grupo 3. A estreia do clube foi em Roraima, em empate por 2 a 2 contra o São Raimundo-RR. No primeiro jogo em casa, venceu o Abaeté por 2 a 1. Na sequência, fez 3 a 2 sobre o São José-AP no Mangueirão. No returno, empate por 1 a 1 com o São José em Macapá, venceu por 2 a 1 o Abaeté em Belém e terminou com goleada por 4 a 0 sobre o São Raimundo também na capital paraense. Com 14 pontos, o Leão Azul se classificou na liderança da chave.

Na segunda fase o Remo teve um susto contra o Tocantinópolis, pois foi derrotado por 2 a 0 na ida no Tocantins. Na volta no Mangueirão, teve que correr dobrado para fazer 4 a 1 e reverter o confronto. Na oitavas de final houve o reencontro com o Abaeté, e com classificação igualmente suada. Os dois jogos foram em Belém, e o Remo apenas empatou por 1 a 1 na primeira partida. O alívio veio na segunda partida, vencida por 3 a 2.

Nas quartas, contra o Nacional-AM, vitória por 2 a 0 em Manaus e derrota por 1 a 0 no Mangueirão. Apesar de alguns resultados adversos o Leão Azul chegou ao quadrangular final, enfrentando América-RN, Ipatinga e Novo Hamburgo. Na estreia contra o time gaúcho, vitória por 1 a 0 em Belém. Depois, em dois jogos fora de casa, derrotas por 1 a 0 para mineiros e potiguares. A virada aconteceu no returno, quando venceu o América por 2 a 0 e empatou com o Ipatinga por 2 a 2, ambos no Mangueirão.

O Remo chegou à ultima rodada em terceiro lugar do grupo, com sete pontos, contra de nove do time potiguar e oito do time mineiro. O time então precisaria vencer o Novo Hamburgo no Rio Grande do Sul para confirmar o acesso e ainda torcer por empate na outra partida para ser campeão.

A combinação mágica aconteceu. O time azulino fez 2 a 1 no Sul e Ipatinga e América não passaram do 0 a 0. Com dez pontos, o Remo superou o potiguar no saldo de gols e faturou seu primeiro título nacional. Mas a volta à Série B não durou muito, pois o time paraense foi rebaixado em 2007 e desde então não conseguiu o sonhado regresso.

A campanha do Remo:
18 jogos | 10 vitórias | 4 empates | 4 derrotas | 31 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Carlos Silva/Imapress

União Barbarense Campeão Brasileiro Série C 2004

A Série C chega a 2004 com o efeito sanfona de sempre. Os 93 times do ano anterior foram reduzidos para 60, todos eles qualificados através do desempenho nos estaduais, além dos rebaixados da segunda divisão de um ano antes. Da mesma maneira que na competição anterior, a sensação veio do interior paulista. O União Barbarense atingiria seu auge como clube de futebol, conquistando seu principal título na história.

Na primeira fase, os participantes foram distribuídos em 16 grupos. O União Barbarense começou sua trajetória na chave 14. A estreia foi contra o América-SP em São José do Rio Preto e teve vitória alvinegra por 1 a 0. Nos dois jogos seguintes em Santa Bárbara d'Oeste, nada de gols e 0 a 0 contra Rio Branco-SP e União São João. Os tropeços foram compensados com vitórias por 1 a 0 em Araras e por 3 a 2 em Americana. Na última partida, vitória por 2 a 1 sobre o América em casa. Com 14 pontos, o Leão da 13 se classificou na liderança.

A segunda fase foi jogada contra a Portuguesa Santista. Na ida, derrota por 1 a 0 em Santos. Na volta, goleada por 4 a 1 no Antônio Guimarães e vaga na mão. Nas oitavas de final foi a vez de enfrentar novamente o Rio Branco-SP. Com vitórias por 2 a 0 fora e por 3 a 1 em em casa o União Barbarense avançou mais uma fase. As quartas foram contra o Itaty. O time alvinegro venceu a ida no interior do Paraná por 1 a 0 e empatou a volta em Santa Bárbara d'Oeste por 1 a 1.

Era chegada a hora do quadrangular final. Os desafiantes do Leão da 13 foram Americano, Limoeiro e Gama. A campanha recomeçou boa, com vitória por 1 a 0 sobre o Americano em Campos. Em dois jogos no Antônio Guimarães, mais duas vitórias: por 3 a 2 sobe o Limoeiro e por 2 a 1 sobre o Gama.

Com um futebol quase perfeito o União Barbarense já conquistava o acesso, na quarta rodada, ao golear por 4 a 1 o Gama no Distrito Federal. E na quinta partida veio o título. Mesmo perdendo por 2 a 0 para o Limoeiro em Fortaleza, o alvinegro não poderia ser mais alcançado pelo Gama, que ficou no empate com o Americano. A festa foi coroada na última rodada, com vitória em casa por 1 a 0 sobre o time do Rio de Janeiro.

Com 15 pontos em 18 possíveis, o União Barbarense conquistou a Série C em 2004. Mas a alegria durou pouco, pois a estadia do clube paulista na Série B foi rápida. Já em 2005, sem repetir as boas atuações, o time foi rebaixado e nunca mais conseguiu voltar.

A campanha do União Barbarense:
18 jogos | 13 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 29 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Futura Press