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Sevilla Campeão da Liga Europa 2016

O penta da maior hegemonia da história da Liga Europa veio em 2016. O Sevilla conquistou na oportunidade o terceiro título consecutivo sob o comando de Unai Emery. A sequência, somada às duas taças da década anterior consolidaram o time na ponta do ranking de campeões.

Como novidade para a temporada, a UEFA passou a dar uma vaga para o vencedor da Liga Europa na disputa da Liga dos Campeões da jornada seguinte. Então, já dá para imaginar que o título rojiblanco começou a ser desenhado a partir de uma eliminação. Foi o que aconteceu no grupo D, pois os espanhóis não conseguiram bater Manchester City e Juventus. Por outro lado, superou por um ponto o Borussia Mönchengladbach e acabou remanejado para o outro torneio.

A estreia do Sevilla na Liga Europa foi contra o Molde, da Noruega. O primeiro jogo foi disputado no Ramón Sánchez Pizjuán, e os rojiblancos venceram por 3 a 0. A segunda partida foi no interior norueguês, com derrota espanhola por 1 a 0. Nas oitavas de final, o adversário foi o Basel, da Suíça. A ida foi St. Jakob-Park, na Basileia, e ficou empatado por 0 a 0. A volta foi em casa, e o Sevilla voltou a ganhar por 3 a 0.

Nas quartas, foi a vez de encarar o Athletic Bilbao. A primeira partida aconteceu no San Mamés. De virada, o Sevilla venceu por 2 a 1, gols de Timothée Kolodziejczak e Vicente Iborra. O segundo jogo foi realizado no Ramón Pizjuán. Os bascos precisavam vencer e foram ao ataque, surpreendendo os andaluzes, que perderam por 2 a 1. Nos pênaltis, os rojiblancos venceram por 5 a 4.

Na semifinal, dois jogos contra o Shakhtar Donetsk. O primeiro foi na Ucrânia. Com gols de Vitolo e Kevin Gameiro, o Sevilla arrancou empate por 2 a 2 fora de casa. O segundo aconteceu na Espanha. Gameiro teve outra grande atuação, e com mais dois gols ajudou a equipe se garantir na final ao vencer por 3 a 1. O outro tento foi anotado por Mariano.

A decisão foi entre Sevilla e Liverpool, que bateu Rubin Kazan, Bordeaux, Augsburg, Manchester United, Borussia Dortmund e Villarreal. O time rojiblanco voltava para o St. Jakob-Park, na Basileia, para evitar que os ingleses empatassem com si em número de títulos. Mas o primeiro tempo foi ruim para os espanhóis, que começaram perdendo por um gol. Na etapa final, veio a grande virada rumo ao penta. Gameiro empatou logo no primeiro minuto, enquanto Coke fechou em 3 a 1 aos 19 e aos 25.

A campanha do Sevilla:
9 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Laurent Gillieron/EPA

Chapecoense Campeã da Copa Sul-Americana 2016

A mudança na fórmula da Copa do Brasil em 2013 afetou a trajetória brasileira na Copa Sul-Americana. A partir daquela temporada, as vagas passaram a ser segregadas. Quem avançava às oitavas da copa nacional, ficava fora da copa continental. Isto abriu caminho para que equipes médias chegassem com chances de título, como a Ponte Preta em 2013 e a Chapecoense em 2015. O clube catarinense tomou gosto pela coisa e seguiu forte para 2016. Mas tudo ficou menor diante de uma tragédia.

Após a boa experiência da temporada anterior, quando foi eliminada vencendo o River Plate, a Chape voltou disposta a repetir o desempenho. Fez mais: entrou para a história e para a lembrança de todos. Na primeira fase, contra o Cuiabá, se classificou após perder por 1 a 0 no Mato Grosso e vencer por 3 a 1 em Santa Catarina.

Nas oitavas de final, dois empates sem gols contra o Independiente, em Avellaneda e em Chapecó, levaram à disputa por pênaltis, onde o Verdão do Oeste venceu por 5 a 4. Nas quartas, contra o Junior Barranquilla, perdeu por 1 a 0 na Colômbia e venceu por 3 a 0 em casa. Na semifinal, empatou por 1 a 1 com o San Lorenzo em Buenos Aires e por 0 a 0 em Santa Catarina. A Chapecoense estava classificada à decisão.

A final seria jogada contra o Atlético Nacional, que eliminou Deportivo Municipal, Bolívar, Sol de América, Coritiba e Cerro Porteño. A ida estava marcada para acontecer em Medellín, no Atanasio Girardot. Na viagem para a Colômbia, o avião que transportava a equipe brasileira ficou sem combustível e caiu em um morro próximo ao aeroporto.

A aeronave trazia 77 pessoas a bordo: atletas, comissão técnica, diretoria, jornalistas, convidados e tripulação. Infelizmente, 71 pessoas morreram na queda do avião. Seis foram resgatadas com vida: dois tripulantes, o jornalista Rafael Henzel (morto em 2019), o goleiro Follmann, o zagueiro Neto e o lateral-esquerdo Alan Ruschel.

A decisão jamais aconteceu, e o Atlético Nacional enviou um pedido à Conmebol para que reconhecesse a Chapecoense como campeã, em homenagem às vítimas. Assim, o título ficará marcado para sempre na história, como lembrança de quem se foi em 28 de novembro de 2016.

A campanha da Chapecoense:
8 jogos | 2 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 7 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Marcos Cunha/Chapecoense

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2016

Provavelmente nenhum outro clube entenda melhor a Liga dos Campeões da Europa do que o Real Madrid. Em qualquer situação, os espanhóis sempre serão apontados como favoritos a vencer a competição. Mesmo quando o técnico quase não tem experiência, como no caso de Zinedine Zidane na conquista de "la undécima" em 2016. Campeão como jogador em 2002, o francês assumiu o time merengue depois de apenas um trabalho no Castilla, equipe B do Real.

Na primeira fase, o Real Madrid ficou no grupo A, ao lado de Paris Saint-Germain, Shakhtar Donetsk e Malmö, mas a disputa foi só contra os franceses. Na quarta rodada, os merengues venceram eles por 1 a 0 no Santiago Bernabéu, garantiram a classificação e a liderança isolada da chave. A confirmação da posição veio na última partida, na goleada por 8 a 0 sobre os suecos também em casa. Ao todo foram 16 pontos em cinco vitórias e um empate.

Nas oitavas de final, o adversário foi a Roma. Com duas vitórias por 2 a 0 na Itália e na Espanha, o time madridista passou. As quartas foram contra o Wolfsburg, e os alemães impuseram dificuldades. Na ida, o Real perdeu fora por 2 a 0. Precisando vencer na volta em casa, a equipe merengue contou com Cristiano Ronaldo para reverter: 3 a 0 com os três gols do português.

A semifinal foi contra o Manchester City. A ida aconteceu na Inglaterra, e ficou no empate por 0 a 0. A volta foi no Santiago Bernabéu, e o Real Madrid se classificou após ganhar por 1 a 0.

A final repetiu 2014 entre Real e Atlético de Madrid. O rival vermelho chegou lá ao superar Galatasaray, Astana (Cazaquistão), PSV Eindhoven, Barcelona e Bayern de Munique. No San Siro, em Milão, o roteiro da decisão foi mais modesto: Sergio Ramos abriu o placar aos 15 minutos do primeiro tempo. Aos 34 do segundo, veio o 1 a 1 adversário. A prorrogação passou em branco, e nos pênaltis os merengues foram mais eficientes nas cobranças. Todos acertaram, enquanto o Atlético errou a quarta. Com 5 a 3 ao fim, o 11° título estava nas mãos do Real.

A campanha do Real Madrid:
13 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 28 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Stefano Rellandini/Reuters

Atlético Nacional Campeão da Libertadores 2016

No ano do centenário da Conmebol (fundada em 1916), a Libertadores passou por alguns marcos de fechamento de ciclo. Primeiramente, a edição de 2016 foi a última a ser disputada durante apenas um semestre. Depois, tornaria a ser a derradeira com clubes do México. Por fim, foi a última - pelo menos até 2021 - a não contar com brasileiros ou argentinos na final.

O título voltou à Colômbia, pela segunda vez, por meio do Atlético Nacional, clube de Medellín que desde os tempos de Escobar, em 1989, não chegava ao ponto mais alto do torneio. No grupo 4 da primeira fase, os verdolagas enfrentaram Huracán, Peñarol e Sporting Cristal. A campanha foi arrasadora, com cinco vitórias, um empate e nenhum gol sofrido em seis jogos. Com 16 pontos e incluindo o inesquecível 4 a 0 sobre os uruguaios, em Montevidéu, o time foi líder com sobras. 

Melhor equipe no geral, o Nacional enfrentou nas oitavas de final o pior vice, o próprio Huracán, que marcou metade dos pontos colombianos. Com empate por 0 a 0 em Buenos Aires e vitória por 4 a 2 em Medellín, o verdolaga foi às quartas.

O próximo adversário foi o duro Rosario Central, que venceu a ida por 1 a 0 na Argentina. Na volta, no Atanasio Girardot, o Nacional fez 3 a 1 e reverteu o confronto. A semifinal foi contra o São Paulo, e com vitórias por 2 a 0, no Brasil, e por 2 a 1, na Colômbia, o time classificou-se à final.

Uma surpresa veio do Equador para o outro lado da decisão: o Independiente Del Valle, campeão de apenas uma segunda divisão equatoriana, eliminou River Plate, Pumas UNAM e Boca Juniors. A partida de ida foi realizada em Quito, no Olímpico Atahualpa. Orlando Berrío fez o gol colombiano, mas o Del Valle empatou por 1 a 1 e indefiniu tudo para o jogo de volta.

No Atanasio Girardot, o Atlético Nacional era o favorito e confirmou marcando o gol do título logo aos oito minutos, com Miguel Borja. Para coroar o bicampeonato, um simples 1 a 0.

A campanha do Atlético Nacional:
14 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 25 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Mauricio Castañeda/EFE

Alemanha Campeã Olímpica Feminina 2016

Na primeira Olimpíada disputada na América do Sul, o futebol feminino apresentou uma nova seleção vencedora. A hegemonia que pertencia aos Estados Unidos foi quebrada pela Alemanha, que levou a medalha de ouro da modalidade de volta à Europa depois de 16 anos. Os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro, mantiveram o mesmo regulamento pela terceira edição consecutiva, com 12 países divididos em três grupos na primeira fase.
Sorteada para o grupo F, a Nationalelf começou a campanha goleando o Zimbábue por 6 a 1. Na segunda rodada, o time buscou um bom empate por 2 a 2 com Austrália. Quase classificada, a Alemanha perdeu a chance de ser líder da chave ao ser derrotada por 2 a 1 para o Canadá. Mas os resultados paralelos ajudaram e a seleção terminou na zona direta de qualificação à fase seguinte, com quatro pontos no segundo lugar, superando a equipe australiana no saldo de gols (4 a 3). Nas quaras de final, as alemãs derrotaram a China por 1 a 0. A semifinal foi de reencontro com o Canadá, e desta vez a Alemanha conseguiu a vitória, por 2 a 0. A decisão seria 100% europeia, contra a Suécia, que eliminou África do Sul, Estados Unidos e Brasil. A chance do ouro brasileiro em casa foi desmanchada pelas suecas nos pênaltis, que fizeram 4 a 3 após 0 a 0 nos 120 minutos. E no fim das contas não deu nem para ficar com o bronze, pois as canadenses venceram a disputa pela medalha por 2 a 1.
Alemanha e Suécia disputaram pelo posto mais alto do pódio no Maracanã, diante de mais de 52 mil pessoas. O primeiro tempo do jogo foi morno e o gol não apareceu. Só nos 45 minutos finais que as coisas andaram. Dzsenifer Marozsán abriu o placar aos três do segundo tempo. Aos 17, Linda Sembrant anotou contra e deu o segundo tento às alemãs. Aos 22, Stina Blackstenius descontou. O 2 a 1 seguiu no placar até o apito final e a Alemanha pôde comemorar pela primeira vez história uma conquista de ouro no futebol, seja no masculino ou no feminino.

A campanha da Alemanha:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 16 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Buda Mendes/Getty Images

Brasil Campeão Olímpico 2016

Demorou 120 anos, mas as Olimpíadas enfim desembarcaram na América do Sul. A cidade escolhida para o momento histórico, nos Jogos de 2016, foi o Rio de Janeiro. E precisava ser no Brasil mesmo para que uma espera de 64 chegasse ao fim. A Seleção Brasileira de futebol estreou nos Jogos Olímpicos na edição de 1952, em Helsinque, em uma época em que apenas seleções amadoras eram autorizadas a participar. De lá até 2012 o Brasil amargou péssimos resultados, como quedas para equipes de menor nome nas fases de grupos e derrotas categóricas para as forças máximas do lado socialista, que dominou o pódio até os anos 1980.
E a sonhada medalha ouro veio depois de uma campanha invicta. Mas o começo dela foi preocupante. No grupo A da primeira fase, a Canarinho estreou com empate sem gols contra a África do Sul. A sequência seguiu com outro 0 a 0, desta vez contra o Iraque. Com a situação precisando ser revertida imediatamente para que o vexame de ser eliminado cedo diante do próprio torcedor fosse evitado, o Brasil enfrentou a Dinamarca precisando vencer. E conseguiu, goleando-a por 4 a 0. Com cinco pontos, a seleção ficou na primeira posição da chave. Nas quartas de final, vitória por 2 a 0 sobre a Colômbia. A semifinal foi contra Honduras, e com acachapantes 6 a 0 o time o brasileiro chegou na decisão.
A final foi contra a carrasca do 7 a 1 na Copa do Mundo 2014: a Alemanha. Ela chegou lá após passar por México, Fiji, Portugal e Nigéria. Na disputa pelo bronze, antes da decisão, os nigerianos bateram os hondurenhos por 3 a 2. Brasileiros e alemães se enfrentaram no Maracanã. Ambas as equipes nunca haviam vencido uma Olimpíada no futebol masculino. E com essa credencial, somada à do 7 a 1, era possível cortar a tensão no gramado com uma faca. Neymar abriu o placar, de falta, aos 27 minutos do primeiro tempo. Aos 14 do segundo, Max Meyer empatou. O 1 a 1 ficou no placar pelo resto dos 120 minutos da partida, e a definição a favor do Brasil veio nos pênaltis: 5 a 4, com Nils Petersen tendo a última cobrança alemã defendida por Weverton e Neymar convertendo a derradeira do time brasileiro, para delírio da torcida.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 3 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 13 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Ricardo Stuckert/CBF

Portugal Campeão da Eurocopa 2016

A constante expansão da Eurocopa teve mais um passo na edição de 2016, quando a UEFA aumentou mais uma vez o número de seleções participantes e de grupos, passando de 16 para 24 e de quatro para seis. Com quase meio continente na disputa, houve o recorde de estreantes nos estádios da França, a sede do torneio: cinco, com as de Islândia e País de Gales tornando-se as mais memoráveis, de campanhas até as quartas e até a semifinal, respectivamente. Fora disso, o título ficou com a uma equipe que vinha de muitas batidas na trave e que contava (e ainda conta) com um dos melhores jogadores do século. Portugal e Cristiano Ronaldo atingiram o auge da relação.
No grupo F, a campanha portuguesa iniciou longe de parecer um time campeão. Foram três empates nas três partidas. Começou no 1 a 1 com a Islândia, continuou no 0 a 0 com a Áustria e terminou no 3 a 3 com a Hungria. A classificação ficou ameaçada na rodada final, já que os húngaros ficaram três vezes à frente do placar, mas Portugal conseguiu no fim uma vaga de terceiro colocado, com apenas três pontos. Depois de tantos três, era a hora do mata-mata. O adversário nas oitavas de final foi a Croácia, vencida somente na prorrogação, por 1 a 0. Nas quartas, mais um empate, agora por 1 a 1 contra a Polônia. Nos pênaltis, 5 a 3 aos portugueses. A semifinal foi jogada contra o País de Gales, e Portugal fianlmente conseguiria uma vitória nos 90 minutos: 2 a 0, com gols de Cristiano Ronaldo e Nani.
Na decisão, o encontro com a dona da casa França, que eliminou Irlanda, Islândia e Alemanha. O jogo no Stade de France, em Saint-Denis, foi o tempo todo sob tensão. O capitão CR7 só durou 25 minutos em campo, sendo substituído após sofrer lesão. A partida desenrolou sem gols por 108 minutos, invadindo a prorrogação. Aos quatro do segundo tempo extra, coube ao reserva Eder anotar o gol do título, com um chute forte e rasteiro de fora da área, sem alcance para o goleiro Hugo Lloris. Calando quase todo o estádio, enfim estava selada a conquista tão sonhada de Portugal. Depois de tantas tentativas frustradas, algumas bem dolorosas, era a hora da comemoração.

A campanha de Portugal:
7 jogos | 3 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 9 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Nick Potts/Empics/Getty Images

Chile Campeão da Copa América 2016

No ano de seu 100º aniversário, a Conmebol resolveu criar uma edição extra da Copa América, apenas uma temporada depois da versão mais recente e três antes da próxima programada. Para justificar o marco e o furo no cronograma, a entidade a nomeou Copa América Centenário, com formato e taça diferentes do convencional. A organização foi em parceria com a Concacaf, que comanda o futebol nas Américas do Norte e Central. O país-sede escolhido foram os Estados Unidos, e os participantes foram aumentados para 16: todos os sul-americanos mais seis convidados (os próprios EUA junto com México, Costa Rica, Jamaica, Haiti e Panamá). E o regulamento foi levemente alterado, apenas acrescentando um grupo na primeira fase, depois seguindo o mata-mata clássico a partir das quartas.
Defensor do título, o Chile entrou no torneio sem o mesmo favoritismo de outrora, pois a equipe ainda sentia a transição do comando de Jorge Sampaoli para Juan Antonio Pizzi. No grupo D, a estreia foi contra a Argentina, sua vice de um ano antes, perdendo por 2 a 1. Na sequência, sofreu para vencer a Bolívia por 2 a 1, conseguindo somente com gol de Arturo Vidal aos 55 minutos do segundo tempo. A fase terminou com vitória por 4 a 2 sobre o Panamá, o que deixou a Roja na vice-liderança, com seis pontos. O time foi embalando, e nas quartas de final eliminou o México com impiedosos 7 a 0, com quatro gols de Eduardo Vargas. Na semifinal, venceu a Colômbia por 2 a 0, o que garantiu outra final aos chilenos. E o adversário seria mais uma vez a Argentina.
Para chegar na decisão, os hermanos passaram por Venezuela e Estados Unidos. E o campo agora era neutro de fato, no MetLife Stadium, que fica localizado no distrito de East Rutherford, na região de Nova York e Nova Jersey. Com menos apoio do torcedor, o Chile se reservou apenas a espantar o ataque argentino e especular os contra-ataques. Os times tiveram um expulso de cada lado, e a final voltou a não registrar gols nos 120 minutos. Após o 0 a 0, os pênaltis estavam mais uma vez na vida das seleções. E a Roja chegou ao bicampeonato vencendo por 4 a 2, com a primeira cobrança contra perdida por Lionel Messi, e a última a favor convertida por Francisco Silva.

A campanha do Chile:
6 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 16 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Omar Torres/AFP/Getty Images

Fluminense Campeão da Primeira Liga 2016

Após 14 anos de hiato, o Sul e Minas Gerais voltaram a ter uma competição regional, ainda que de modo torto. Foi no momento em que diversos clubes criaram a Primeira Liga, uma organização disposta a tomar os rumos do futebol nacional e a organizar um novo tipo de competição nacional, seguindo o padrão inglês da Premier League. A ideia ganhou força quando Flamengo e Fluminense se juntaram à ela, e no primeiro momento a pauta foi a criação de um torneio nos moldes da antiga Copa Sul-Minas. Mas a liga nasceu cheia de problemas e divergências, tanto internas quanto com a CBF, que a princípio havia aprovado o novo campeonato, depois vetou, e no fim deu sinal verde na condição de amistosa.
A participação na primeira edição ficou fixada em 12 times, todos os que aderiram à liga. Eles ficaram divididos em três grupos em turno único, com os líderes e o melhor vice avançando à semifinal. Apesar do caráter de tiro curto, as datas da Primeira Liga eram muito espaçadas, então ficava difícil prever algum favoritismo. Foi o Fluminense, sorteado no grupo A, quem soube aproveitar melhor a competição. Apesar disso, iniciou perdendo por 1 a 0 para o Atlético-PR, jogando em Volta Redonda. A recuperação veio no jogo seguinte, ao vencer o por 4 a 3 o Cruzeiro no Mineirão. Na última rodada, em Juiz de Fora, derrotou por 2 a 0 o Criciúma. Com seis pontos, o Tricolor liderou a chave, superando os paranaenses com um gol a mais de saldo (2 a 1). Na semifinal, o Flu passou pelo Internacional. Jogando em Brasília, as equipes empataram por 2 a 2, e nos pênaltis os cariocas venceram por 3 a 2.
A final foi um reencontro com o Atlético-PR, que passou pelo Flamengo uma fase antes. A partida aconteceu no Estádio Mário Helênio, em Juiz de Fora. Foi complicada, mas o Fluminense conseguiu a vitória e o título inédito aos 35 minutos do segundo tempo, com Marcos Júnior fazendo 1 a 0 no placar.

A campanha do Fluminense:
5 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 9 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Mailson Santana/Fluminense

Paysandu Campeão da Copa Verde 2016

A Copa Verde chegou para 2016 com novidades. Goiás apareceu pela primeira vez na competição, com dois representantes: o vice estadual Aparecidense (o campeão Goiás abriu mão da vaga) e o melhor ranqueado Vila Nova. E foi justamente a entrada via Ranking da CBF a segunda das evoluções, com quatro clubes vindo dele. A terceira e última foi o número de participantes, que aumentou de 16 para 18 e obrigou o torneio a ter uma fase preliminar antes das oitavas de final.

Foi nesta edição que o Paysandu conseguiu seu primeiro título, após ser vice em 2014 e semifinalista em 2015. Nas oitavas, enfrentou o Fast amazonense, o qual passou com empate por 1 a 1 em Manaus e vitória por 3 a 0 em Belém. Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar o Rio Branco-AC. A classificação foi fácil, com vitórias por 1 a 0 na Curuzu  na ida e por 5 a 2 no Acre na volta.

A semifinal foi uma repetição do ano anterior, com o clássico Re-Pa. Mas agora a história feliz trocou de lado, com o Paysandu avançando com duas vitórias sobre o Remo: 2 a 1 na primeira partida e um categórico 4 a 2 na segunda.

A decisão da Copa Verde foi entre Paysandu e Gama, que no outro lado do chaveamento deixou para trás a Aparecidense. O jogo de ida foi marcado para o Mangueirão. Era importante para o Papão abrir uma vantagem alta logo na largada, para não passar aperto depois. E a vitória aconteceu, por 2 a 0, com os gols saindo um no começo do primeiro tempo e o outro no fim do segundo.

A partida de volta aconteceu no Bezerrão, no Distrito Federal. O Paysandu começou bem a peleja, abrindo o placar já aos dois minutos da primeira etapa. Mas o time candango virou no segundo tempo, marcando entre os 28 e 34 minutos. Os 2 a 1 contra deixaram o ar tenso para os dois lados, porém no fim tudo deu certo ao Papão, que comemorou sua segunda taça regional, 14 anos depois da primeira.

A campanha do Paysandu:
8 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 19 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Rafael Ribeiro/CBF

Real Madrid Campeão Mundial 2016

Dois fatos marcaram a organização do Mundial de Clubes em 2016. Até o momento, foi a última vez que o Japão recebeu o torneio, totalizando 33 edições desde a reformulação da Copa Intercontinental. A competição também foi a primeira da FIFA a contar com o recurso do árbitro de vídeo, o chamado VAR.

Só o que não foi novidade foi mais uma presença do Real Madrid. O time venceu pela 11ª vez a Liga dos Campeões - a segunda seguida sobre o rival Atlético de Madrid -, e rumou para sua oitava participação no Mundial. Seu principal adversário veio da Colômbia: o Atlético Nacional, que foi bi da Libertadores batendo o Independiente del Valle na final e confirmou um retorno de 27 anos. Mas a final da "lógica" não iria acontecer pela terceira vez.

O Kashima Antlers, campeão japonês foi o "intruso" da vez. Os demais participantes foram: América do México, campeão da Concacaf; Jeonbuk Motors, vencedor da Ásia; Mamelodi Sundows, campeão da África; e Auckland City, pela oitava vez vencedor na Oceania.

A competição começou com o Kashima derrotando o Auckland por 2 a 1. Nas quartas de final, o clube japonês eliminou o Jeonbuk, por 2 a 1. No outro confronto, o América fez 2 a 1 no Mamelodi. A primeira semifinal foi entre o Atlético Nacional e o Kashima, que venceu por um fácil e surpreendente 3 a 0. O Real Madrid estreou no dia 15 de dezembro. Contra o América, em Yokohama, uma tranquila vitória por 2 a 0. Os gols saíram nos acréscimos de cada tempo, primeiro com Karim Benzema, depois com Cristiano Ronaldo. No duelo pelo quinto lugar, o Jeonbuk goleou o Mamelodi por 4 a 1. E na disputa pela terceira posição, o Nacional venceu o América nos pênaltis, por 4 a 3 após 2 a 2 nos 120 minutos.

Depois de tanto ser só um palco para a final do Mundial, enfim um time do Japão chegou lá. Kashima Antlers e Real Madrid se enfrentaram no dia 18, em Yokohama. Mas quem pensou que seria moleza para time merengue, enganou-se. Benzema abriu o placar aos nove minutos do primeiro tempo, e depois o Real perdeu várias oportunidades. Os japoneses aproveitaram bem o pouco que criaram, empatando aos 44 com Gaku Shibasaki. E aos sete do segundo tempo, ele virou a partida. Foram oito minutos de vantagem do Kashima. Aos 15, Cristiano Ronaldo empatou, de pênalti. Os espanhóis empilharam finalizações na busca por outra virada, mas nada mais aconteceu no tempo normal.

Só no prorrogação que a situação ficou mais tranquila, pois o Kashima estava exausto pela jornada de quatro jogos em dez dias. Aos oito do primeiro tempo, Cristiano fez o terceiro do Real. E aos 14, o atacante marcou seu hat-trick, e deu o 4 a 2 definitivo ao placar. Com sufoco, o Real Madrid chegou ao penta mundial, isolando-se como maior vencedor do torneio.


Foto Arquivo/AFP

Flamengo Campeão Brasileiro Feminino 2016

A quarta edição do Brasileirão Feminino com o regulamento original foi em 2016. Foram 12 clubes escolhidos pelo ranking feminino, seis pelo campeonato masculino, além de Ferroviária (campeã da Copa do Brasil) e Rio Preto (campeão brasileiro). Entre estas seis equipes da outra modalidade, o Flamengo topou colocar em campo um time feminino pelo segundo ano consecutivo. E com mais experiência, conseguiu superar sua campanha e obter o título.

No grupo 4 da primeira fase, o Fla iniciou sua trajetória fazendo 3 a 1 no Vitória das Tabocas em casa. Na sequência, aplicou 3 a 0 time maranhense do Viana fora de casa. Por fim, as rubro-negras empataram em casa sem gols com o São Francisco-BA e venceram por 3 a 0 o Duque de Caxias como visitantes. No draft da segunda fase, o Flamengo escolheu as meio-campistas Maurine e Bia para integrar a equipe. 

A ótima campanha continuou a partir do empate sem gols com o São José no interior paulista. Depois, o Fla aplicou 3 a 1 no Iranduba, atuando no CFZ do Rio de Janeiro. A derrota por 2 a 0 para o Corinthians fora de casa não atrapalhou os planos da equipe, que atuou em parceria com a Marinha do Brasil. No returno, elas devolveram 3 a 2 no Corinthians em casa, fizeram 2 a 1 no Iranduba em Manaus, e encerraram com 2 a 0 sobre o São José no Rio.

Na semifinal contra a Ferroviária, o gol fora de casa ajudou o Flamengo. A ida em Araraquara foi 2 a 1 para as paulistas. Na volta no Rio de Janeiro, a vitória por 1 a 0 colocou as rubro-negras na final inédita - e difícil - contra as então campeãs do Rio Preto.

Na decisão entre as duas melhores equipes do campeonato, o gol fora de casa foi determinante mais uma vez, e com tons agônicos. O primeiro jogo entre Flamengo e Rio Preto foi em Los Larios, em Duque de Caxias. Apesar do mando de campo, o Fla acabou superado por 1 a 0.

A desvantagem teria que ser desfeita em São José do Rio Preto, no Anísio Haddad. O gol de Larissa aos 6 minutos de partida ajudou na tarefa, mas as rivais empataram aos 8. No fim do primeiro tempo, Gabrielly fez 2 a 1 para as rubro-negras e virou o confronto. O placar não se alterou mais até o fim, e assim o Flamengo comemorou seu primeiro título nacional feminino.

A campanha do Flamengo:
14 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 23 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Robson Fernandjes/AllSports

Santa Cruz Campeão da Copa do Nordeste 2016

A Copa do Nordeste de 2016 começou sem alterações em relação ao ano anterior. Nove Estados e 20 times em cinco grupos. A notável ausência nesta temporada foi a do Vitória. A Bahia possuía três vagas, mas o clube ficou em quarto lugar no estadual. Outro Estado com três vagas foi Pernambuco, e aqui quem faltou foi o Náutico. Mas com os outros terços da rivalidade, tudo certo. E era a hora do Santa Cruz despertar para o título inédito, após subir da quarta para a primeira divisão nacional em seis temporadas.

Na primeira fase, o Santinha ficou no grupo C da competição. Estreou contra o Bahia, e com derrota em casa por 1 a 0. Mas tirando o adversário de Salvador, tudo foi tranquilo. No turno, venceu o Confiança em Aracaju por 2 a 0 e empatou com o Juazeirense em Recife por 1 a 1. No returno, venceu o Juazeirense fora de casa por 1 a 0 e o Confiança no Arruda por 3 a 1. Já classificada, a Cobra-coral encarou o Bahia na Fonte Nova e perdeu novamente por 1 a 0. No fim, terminou na vice-liderança da chave com dez pontos.

Nas quartas de final, era a hora de encarar o então campeão Ceará. Venceu de virada a ida em casa por 2 a 1. Na volta no Castelão, o Santa cozinhou o jogo até conseguir a vitória por 1 a 0 e a vaga na semifinal. Então houve o reencontro com o Bahia, que na fase de grupos tinha marcado todos os 18 pontos possíveis.

A primeira partida foi no Arruda, e o Santa Cruz só conseguiu um empate amargo, por 2 a 2, daqueles em que o time sai perdendo, vira e leva o gol nos minutos finais. A segunda partida foi na Fonte Nova, e desta vez o Santinha estava vacinado. Fez o gol com Grafite aos 13 minutos e passou os 77 restantes se defendendo, buscando o contra-ataque. Tudo deu certo e a vitória por 1 a 0 colocou o time pernambucano na final.

O adversário na decisão foi o Campinense, que eliminou o Sport e melou a expectativa do clássico. A ida no Arruda foi sofrida, o Santinha venceu por 2 a 1 marcando o tento redentor aos 47 do segundo tempo, com Bruno Moraes. O gol foi mesmo redentor. Na volta em Campina Grande, o Santa Cruz foi campeão com empate por 1 a 1, com Arthur Caíke marcando a bola que selou o título da  Copa do Nordeste de 2016 e marcou o topo da escalada que o clube começou na Série D de 2011.

A campanha do Santa Cruz:
12 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 16 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Pablo Kennedy/Lancepress

Volta Redonda Campeão Brasileiro Série D 2016

A Série D de 2016 passou por uma mudança considerável no número de participantes. De 40, a competição passaria para 48, mas logo depois foi confirmado o número de 68 participantes. Consequentemente, o regulamento foi alterado. Os oito grupo com cinco times se transformaram em 17 com quatro. Uma fase a mais de mata-mata foi adicionada, porém a competição perdeu duas datas em relação aos anos anteriores.

O campeão continuou precisando de 16 jogos, mas os eliminados da fase de grupos passaram de oito para seis partidas no total. No campo, depois de algumas temporadas não tivemos nenhuma camisa mais tradicional, e isto abriu caminho para o sucesso de equipes que estavam há tempos longe de um calendário fixo no segundo semestre.

O Volta Redonda foi o clube que se deu melhor e ficou com o título. No grupo A12, o Voltaço passou invicto a primeira, com quatro vitórias e dois empates diante de URT, Desportiva-ES e Goianésia. Na liderança com 14 pontos, o destaque fica para as duas vitórias por 4 a 0 sobre o time goiano.

Na segunda fase, enfrentando novamente a URT, empatou por 1 a 1 em Minas Gerais e venceu por 2 a 0 no Rio de Janeiro. Nas oitavas de final, contra o Anápolis, vitória por 2 a 1 fora de casa e empate sem gols no Raulino de Oliveira deram nova classificação ao Volta Redonda.

Nas quartas valendo o acesso, o Voltaço encarou o Fluminense de Feira. A ida foi em Feira de Santana, e o time fluminense (do RJ) venceu de virada, por 3 a 2. A volta foi em Volta Redonda, e a vaga na terceira divisão foi confirmada com nova vitória por 2 a 1, gols do atacante Dija Baiano, que já havia marcado o gol do triunfo na partida anterior. Na semifinal contra o Moto Club, empate por 1 a 1 no Castelão e vitória por 3 a 1 no Raulino deram a classificado para a final ao Voltaço.

A decisão da Série D de 2016 foi jogada contra o CSA, e o primeiro jogo foi no Rei Pelé, em Maceió. E do Nordeste o Volta Redonda retornou com empate por 0 a 0 na bagagem. Os gols ficaram para os segundo jogo, no Raulino de Oliveira. Em quase 40 minutos, o Voltaço encaminhou a situação marcando três vezes. No segundo tempo, outro gol selou a goleada por 4 a 0 e a inédita conquista nacional, não só para o Volta Redonda mas também para o interior do Rio de Janeiro.

A campanha do Volta Redonda:
16 jogos | 10 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Boa Esporte Campeão Brasileiro Série C 2016

A Série C entra no ano de 2016. Via de regra, a competição contou com seus representantes que outrora frequentaram a primeira divisão. O clube da vez a se juntar ao grupo foi o Remo, que ficou na mesma situação de Fortaleza, Guarani, Juventude, Portuguesa e América-RN. O clube paraense fez o suficiente para se manter, enquanto o cearense continuou com a sina de bater na trave e não subir. Já potiguares e paulistanos foram ladeira abaixo até o melancólico rebaixamento. Apenas campineiros e gaúchos comemoraram alguma coisa, ainda assim sem o título, que ficou nas mãos do Boa Esporte.

O clube mineiro veio após cinco temporadas na segunda divisão, e procurou não se apegar muito à nova realidade. No grupo B, estreou com empate por 1 a 1 com o Tombense em casa. A primeira vitória veio na segunda rodada, com goleada por 5 a 1 sobre o Macaé fora. Até a virada de turno, o Boa teve mais três vitórias, um empate e três derrotas.

No returno, o clube mineiro não perdeu e conseguiu a classificação a uma rodada do fim, após vencer o Ypiranga por 2 a 0 no Esádio Dilzon Melo. Na vice-liderança do grupo na primeira fase, a Coruja teve ao todo 35 pontos com dez vitórias, cinco empates e três derrotas.

A disputa pelo acesso nas quartas de final foi contra o Botafogo-PB. Na ida em João Pessoa, empate por 0 a 0. A decisão ficou para Varginha, e parecia que os pênaltis iriam definir o futuro dos clubes. Mas aos 50 minutos do segundo tempo, Gênesis fez o gol da vitória, e o Boa comemorou a vaga com 1 a 0 no placar. Na semifinal, venceu o Juventude com duas vitórias por 2 a 1, tanto no Alfredo Jaconi quanto no Melão.

A final foi contra o Guarani, que vinha de um histórico 6 a 0 sobre o ABC, após sofrer 4 a 0 na ida. O primeiro jogo foi realizado em Campinas, no Brinco de Ouro. Visitante, o Boa segurou a pressão e empatou por 1 a 1. O segundo jogo foi em Varginha. Agora em casa, o time mineiro tratou de decidir tudo em 13 minutos, com gols do paraguaio Samudio e de Felipe Mateus. No fim, Kaio Cristian fez 3 a 0 e consumou o título da Série C para o Boa Esporte.

Esta conquista é até hoje a maior da história do clube, que ainda possui dois títulos da segunda divisão mineira. Após 2016, o Boa participou da Série B por duas temporadas, até ser rebaixado em 2018 e retornar à terceira divisão em 2019.

A campanha do Boa Esporte:
24 jogos | 14 vitórias | 7 empates | 3 derrotas | 37 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Atlético-GO Campeão Brasileiro Série B 2016

A Série B de 2016 ficou marcada outra vez pela presença do Vasco, a terceira em sete anos. Parecia que seria diferente do que foi em 2014 e igual ao que foi em 2009. Mas quem correu por fora e comemorou o título no final foi o Atlético-GO.

A competição começou boa para o Dragão, vencendo por 1 a 0 o nômade Oeste, que não era mais de Itápolis, estava em busca de uma nova cidade e mandou a partida em Catanduva. Na segunda rodada o time estreou em casa, e venceu por 1 a 0 o Brasil de Pelotas no Serra Dourada. A primeira das poucas derrotas do rubro-negro ocorreu na quinta rodada, por 3 a 2 para o Luverdense no Passo das Emas.

O Atlético-GO terminou o turno da Série B na vice-liderança, sendo que o Vasco liderou por todas as 19 rodadas, e continuaria líder por mais um bom tempo. O Dragão sempre o seguiu de perto, esperando alguma queda de produção. O grande trunfo do Atlético estreou na 28ª rodada, o Estádio Olímpico de Goiânia. O clube estreou com empate de 1 a 1 com Joinville na nova casa reformada

No jogo seguinte, aconteceu o esperado tropeço do Vasco, que perdeu para o Paysandu, enquanto o Atlético-GO venceu por 2 a 1 o CRB no Rei Pelé e finalmente assumiu a liderança. Assim, mandando os jogos em um estádio mais temido, mantendo um nível de competitividade e com nove rodadas ainda pela frente, o time rubro-negro não deixou mais a ponta.

O acesso atleticano foi confirmado na 35ª rodada, quando venceu por 3 a 2 o Londrina no Estádio do Café. Na partida seguinte, uma eletrizante vitória de 5 a 3 sobre o Tupi no Olímpico deu o título da Série B ao Dragão. O time ainda venceria os dois jogos restantes, terminando a competição com 76 pontos em 38 rodadas, com 22 vitórias, dez empates e seis derrotas. Ficou dez pontos frente do vice-campeão Avaí. O Vasco, sob desconfiança, terminou em terceiro lugar e o Bahia completou o grupo do acesso.

A campanha do Atlético-GO:
38 jogos | 22 vitórias | 10 empates | 6 derrotas | 60 gols marcados | 35 gols sofridos


Foto Weimer Carvalho/O Popular

Palmeiras Campeão Brasileiro 2016

O Palmeiras quebrou 22 anos de fila no Brasileirão de 2016. Foi montado um time milionário, que - com certa facilidade - deixou para trás os seus adversários e atingiu o eneacampeonato, ou seja, nove títulos brasileiros, algo que nenhuma outra equipe já conseguiu.

A estreia do Verdão foi vitoriosa, com goleada de 4 a 0 sobre o Athletico-PR no Allianz Parque. O saldo de gols alto deu logo de cara a liderança ao Palmeiras, mas que foi perdida no segundo jogo, na derrota de 2 a 1 para a Ponte Preta no Moisés Lucarelli, a primeira no campeonato.

Na nona rodada, o Alviverde recupera o primeiro lugar na vitória de 3 a 1 sobre o Santa Cruz em São Paulo. Na 17ª rodada, o Palmeiras perdeu de 3 a 1 para o Botafogo no Rio de Janeiro e deixou a liderança novamente. Na última partida do turno, o time palmeirense voltou a ser líder ao fazer 2 a 1 no Vitória em casa.

E da liderança o Palmeiras não saiu mais. Das equipes que se alternaram no primeiro lugar, o Corinthians perdeu fôlego, o Santos ficou na briga pelo segundo lugar com o Flamengo, o Grêmio se dedicou à Copa do Brasil, e Santa Cruz e Internacional foram para a zona de rebaixamento.

O enea do Verdão foi conquistado na 37ª rodada, na vitória de 1 a 0 sobre a Chapecoense no Allianz Parque. Infelizmente, esta partida também seria marcada como a última antes do acidente com o avião que transportava a equipe catarinense rumo à Colômbia, para a final da Copa Sul-Americana. A tragédia vitimou 71 passageiros, sendo a maioria do elenco e comissão técnica do clube, e da imprensa.

Em meio ao luto, o Campeonato Brasileiro encerrou com o Palmeiras marcando 80 pontos, com 24 vitórias, oito empates e seis derrotas. Uma das melhores campanhas dos pontos corridos.

A campanha do Palmeiras:
38 jogos | 24 vitórias | 8 empates | 6 derrotas | 62 gols marcados | 32 gols sofridos


Foto Miguel Schincariol/Gazeta Press

Grêmio Campeão da Copa do Brasil 2016

Maior vencedor da história da Copa do Brasil desde a primeira edição, o Grêmio chegava em 2016 a uma fila de 15 anos sem erguer a taça. Nem mesmo participou de decisões nesse meio tempo. E isso era muito impactante, visto que o clube esteve em sete finais nas primeiras 13 edições da competição. Já estava mais do que na hora de buscar o penta, e ele veio de maneira categórica.

A conquista tricolor veio pelo atalho privilegiado que os times da Libertadores tinham, com a entrada apenas a partir das oitavas de final, sem precisar disputar as três fases anteriores. O primeiro adversário foi o Athletico-PR. A partida de ida foi realizada na Arena da Baixada, e o Grêmio conseguiu vencer por 1 a 0. Este resultado foi obtido sob o comando do técnico Roger Machado, que vinha mal no Brasileirão e acabou demitido antes da volta. Em seu lugar entrou Renato Portaluppi. Sua estreia foi com emoção, pois o tricolor perdeu na sua Arena por 1 a 0, e só se classificou nos pênaltis, ao vencer por 4 a 3.

Nas quartas de final, veio pela frente o Palmeiras. A primeira partida aconteceu em Porto Alegre. Com gols de Ramiro e Pedro Rocha, o Grêmio venceu por 2 a 1 e abriu vantagem. O segundo jogo foi no Allianz Parque, e o Imortal buscou se segurar. Os paulistas abriram o placar no segundo tempo, o que eliminaria os gaúchos. Do banco de reservas, saiu o autor do gol de empate. Everton Cebolinha marcou 1 a 1 aos 30 minutos, e colocou o tricolor na semifinal.

Na semi, duelo de tetracampeões entre Grêmio e Cruzeiro. O primeiro jogo aconteceu em Belo Horizonte, no Mineirão, mas o tricolor não se intimidou com a pressão mineira. Luan abriu o placar no primeiro tempo, e Douglas fez 2 a 0 no segundo tempo. Com a ótima vantagem, o tricolor apenas precisou segurar o empate sem gols na Arena para se classificar à final.

Na decisão, o Grêmio enfrentou o Atlético-MG, que passou por Ponte Preta, Juventude e Internacional. De novo a ida foi disputada no Mineirão, e com dois gols de Pedro Rocha e outro de Everton o Imortal venceu por 3 a 1. A volta foi disputada na Arena gremista, em meio ao luto e homenagens à Chapecoense, que sofreu um acidente de avião uma semana antes, onde faleceu quase todo o elenco e comissão técnica. Em campo, o tricolor abriu o caminho do penta aos 43 do segundo, com o gol de Miller Bolaños. Os mineiros até empataram por 1 a 1 nos acréscimos, mas o resultado não fazia mais diferença.

A campanha do Grêmio:
8 jogos | 4 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 10 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Jeferson Guareze/AGIF

Fast Campeão Amazonense 2016

Foram 45 anos de espera até que o Fast pudesse gritar como campeão em Amazonas. Desde 1971 foram dez vices do Tricolor Amazonense. E em 2016 o Fast liderou a maior parte do campeonato. Com o primeiro lugar na mão, eliminou o Rio Negro na semifinal e venceu o Princesa do Solimões na final por 3x1. É o sétimo título da equipe que quebrou o longo tabu.


Foto Divulgação/Fast

Santos-AP Campeão Amapaense 2016

O Santos chegou ao tetracampeonato no Amapá. E pela segunda vez seguida derrotou na final o time do Trem. Na partida única, houve empate em 1x1. E nos pênaltis, assim como em 2015, deu Santos por 4x3. Este é o quinto título na história do clube.


Foto Divulgação/FAF