Mostrando postagens com marcador 2012. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 2012. Mostrar todas as postagens

Atlético de Madrid Campeão da Liga Europa 2012

Campeão em 2010 com uma campanha muito abaixo da média, o Atlético de Madrid chegou ao bicampeonato da Liga Europa em 2012, de uma maneira bem diferente. Na segunda oportunidade, o time colchonero não tomou conhecimento de nenhum adversário e atingiu o título com toda a tranquilidade que faltou na primeira vez. Foi um ótimo cartão de visitas de Diego Simeone, ídolo do clube e técnico argentino chegou justamente naquela temporada.

Apenas sétimo colocado no Campeonato Espanhol de 2011, o Atleti entrou na terceira fase preliminar da Liga Europa. Contra o Stromsgodset, da Noruega, a equipe avançou com vitórias por 2 a 1 no Vicente Calderón, e por 2 a 0 fora de casa. Na primeira fase, eliminou o Vitória de Guimarães com mais dois triunfos, por 2 a 0 em casa, e por 4 a 0 em Portugal.

Na segunda fase, o Atlético de Madrid ficou no grupo I, junto com Udinese, Celtic e Rennes. A estreia foi com vitória sobre por 2 a 0 sobre os escoceses no Vicente Calderón. Na sequência fora de casa, empatou por 1 a 1 com os franceses e perdeu por 2 a 0 para os italianos, e esses foram os únicos tropeços da equipe. No returno, bateu a Udinese por 4 a 0 em casa, fez 1 a 0 no Celtic fora e 3 a 1 no Rennes também em casa. Com 13 pontos, o Atleti ficou na primeira posição.

No mata-mata, os colchoneros não conheceram nenhum empate ou derrota, em uma jornada histórica. Na terceira fase, derrotou a Lazio por 3 a 1 no Olímpico de Roma, e por 1 a 0 no Vicente Calderón. Nas oitavas de final, passou pelo Besiktas ao fazer 3 a 0 na Espanha, e 3 a 1 na Turquia.

Nas quartas de final, o Atleti enfrentou o Hannover 96. O primeiro jogo foi no Vicente Calderón, e a vitória foi por 2 a 1, gols de Falcao García (contratado do então campeão Porto) e Eduardo Salvio. A segunda partida foi na Alemanha, e os espanhóis obtiveram novamente o placar de 2 a 1.

A semifinal foi disputada contra o Valencia, com a ida outra vez no Vicente Calderón. Com dois gols de Falcao, um de Miranda e outro de Adrián, o Atleti venceu o rival por 4 a 2. A volta aconteceu no Mestalla, Adrián voltou a marcar e os colchoneros foram à decisão com o triunfo por 1 a 0.

Na final, outro confronto espanhol contra o Athletic Bilbao, que superou Trabzonspor, RB Salzburg, Paris Saint-Germain, Slovan Bratislava, Lokomotiv Mosocu, Manchester United, Schalke 04 e Sporting. A partida foi realizada na Arena Nationala, em Bucareste, na Romênia. Superior, o Atlético de Madrid chegou ao título ao vencer por 3 a 0. Falcao anotou dois gols e o brasileiro Diego fez um.

A campanha do Atlético de Madrid:
19 jogos | 17 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 43 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Michael Regan/Getty Images

São Paulo Campeão da Copa Sul-Americana 2012

Após a primeira conquista brasileira na Copa Sul-Americana, em 2008, os clubes brasileiros passaram a dar trato um pouco melhor à competição. Em 2009 e 2010, ficamos no vice. A sorte voltaria a sorrir para o Brasil em 2012, na conquista do último título de expressão (até o momento) do São Paulo.

Naquele ano, o regulamento do torneio foi alterado mais uma vez. O número de participantes subiu para 47, e a primeira fase foi desmembrada em Zona Norte  e Zona Sul). Argentinos e brasileiros continuaram a entrar apenas na segunda fase. O tricolor paulista começou a campanha do título contra o Bahia, com duas vitórias por 2 a 0 em Salvador e em São Paulo.

Nas oitavas de final, contra a desconhecida LDU Loja (como a de Quito) uma inesperada dificuldade. O São Paulo só avançou graças ao gol anotado fora de casa, pois a ida ficou empatada por 1 a 1 no Equador, e a volta acabou no 0 a 0 no Morumbi. Nas quartas, o tricolor enfrentou a Universidad de Chile. E o que faltou nas oitavas sobrou aqui. No primeiro jogo, vitória por 2 a 0 em Santiago. Na segunda partida, goleada por 5 a 0 no Pacaembu.

As coisas voltaram a apertar na semifinal, contra a Universidad Católica. O São Paulo empatou por 1 a 1 a ida, no Chile, e tornou a segurar o empate sem gols em casa. O tento marcado fora de casa voltou a fazer a diferença e o clube avançou para sua primeira final em sete participações na Sul-Americana.

O adversário na decisão veio da Argentina, o Tigre, da cidade de Victoria, na grande Buenos Aires. Eles eliminaram Argentinos Juniors, Deportivo Quito, Cerro Porteño e Millonarios. A primeira partida foi disputada em La Bombonera, pois o estádio do Tigre era pequeno demais para uma final. E o tricolor conseguiu voltar de lá com empate por 0 a 0.

A volta foi no Morumbi, diante de mais de 67 mil são-paulinos. Mas o que era para ser um jogo disputado virou quase um treino, pois o São Paulo fez 2 a 0 já no primeiro tempo, gols de Lucas Moura aos 22, e de Osvaldo aos 27 minutos. Irritados com a arbitragem e as provocações brasileiras, os jogadores do Tigre deram início a uma confusão que escalou para um confronto com a Polícia Militar no túnel do vestiário. Eles não retornaram para o segundo tempo e a partida se deu por encerrada. O fato não diminuiu o peso do título invicto do tricolor.

A campanha do São Paulo:
10 jogos | 5 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Luiz Pires/Vipcomm

Chelsea Campeão da Liga dos Campeões 2012

Toda decisão da Liga dos Campeões entra para a história. Algumas não apenas pelo resultado em si. Porque se existe algo melhor do que ser campeão europeu, é ser campeão europeu diante de seu torcedor em seu próprio campo. E melhor do que ser vencedor em casa, é ser vencedor calando o torcedor do adversário na casa dele. Foi o que aconteceu com o Chelsea em 2012.

Para chegar ao título tão perseguido e inédito, o clube de Londres entrou no grupo E junto com Genk (Bélgica), Valencia e Bayer Leverkusen. Em seis jogos, foram obtidas três vitórias, dois empates e 11 pontos que lhe garantiram a liderança da chave. Mas a classificação não veio fácil. O time chegou na última rodada empatado com os espanhóis, com os quais tiveram o confronto direto para a definição da vaga. No Stamford Bridge, os blues venceram por 3 a 0 e conseguiram a passagem às oitavas.

O primeiro dos mata-matas foi contra o Napoli. Na ida fora, os italianos impuseram 3 a 1 aos ingleses. Na volta em casa, o placar foi devolvido com mais um na prorrogação: 4 a 1 ao todo. Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar o Benfica. O primeiro jogo foi em Lisboa, com vitória azul por 1 a 0. A segunda partida aconteceu em Londres. Com gols de Frank Lampard e Raul Meireles, o Chelsea venceu de novo por 2 a 1.

A semifinal foi contra o Barcelona, em dois jogos épicos. No Stamford Bridge, Didier Drogba marcou o gol do triunfo por 1 a 1. No Camp Nou, Ramires e Fernando Torres buscaram o empate por 2 a 2 que calou mais de 95 mil pessoas e colocou os blues na final pela segunda vez.

A disputa definitiva foi contra o Bayern de Munique. Os alemães bateram Manchester City, Villarreal, Basel, Olympique Marselha e Real Madrid e nem saíram do país para a partida, que foi na Allianz Arena, em Munique. Tudo apontava contra até os 38 minutos do segundo tempo, quando saiu o gol alemão. Mas aos 43, Drogba fez 1 a 1 de cabeça e mudou o ambiente. Depois de 35 chutes sofridos contra só nove dados, a confiança subiu e o Chelsea conseguiu o título ao vencer por 4 a 3 nos pênaltis.

A campanha do Chelsea:
13 jogos | 7 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Alex Livesey/Getty Images

Corinthians Campeão da Libertadores 2012

Foram nove tentativas anteriores e nove eliminações. O Corinthians entrou na Libertadores de 2012 com a pecha de ser o primeiro time brasileiro a perder ainda na fase preliminar, antes dos grupos, em 2011. O fracasso foi compensado com o título brasileiro no final do ano. Essa conquista deu ao time a décima chance na competição continental.

Desta vez o Timão entrou já no grupo 6, junto de Cruz Azul, Nacional do Paraguai e Deportivo Táchira. E desde já a campanha corintiana mostrava o favoritismo da equipe. Tirando os empates fora contra o Táchira e o Cruz Azul, foram quatro vitórias tranquilas, incluindo o 6 a 0 sobre os venezuelanos, em São Paulo. Com tranquilidade, o Corinthians liderou a chave com 14 pontos e ficou com o segundo lugar no geral.

Nas oitavas de final, o alvinegro enfrentou o Emelec e passou com empate por 0 a 0 em Guayaquil e vitória por 3 a 0 no Pacaembu. Nas quartas, contra o Vasco, o confronto mais emblemático da trajetória. Em São Januário, mais um empate sem gols. A decisão ficou para o Pacaembu, onde quase que o clube carioca definiu o jogo no segundo tempo, mas o goleiro Cássio salvou o chute de Diego Souza, que correu quase 50 metros sozinho com a bola.

O alívio veio no gol de Paulinho a três minutos do final, e a vitória de 1 a 0 colocou o Timão na semifinal. Contra o Santos, vitória por 1 a 0 na Vila Belmiro trouxe a vantagem mínima. E em São Paulo, o time santista chegou a abrir o placar, mas Danilo empatou em 1 a 1 e conduziu o Corinthians rumo à final.

A decisão foi contra o Boca Juniors, que eliminou Unión Española, Fluminense e Universidad de Chile. A ida foi em La Bombonera, e o alvinegro voltou de lá com empate por 1 a 1 graças ao gol de Romarinho, o herói que veio do banco de reserva. No Pacaembu, foi a vez de Emerson Sheik marcar a história com os dois gols da vitória por 2 a 0. Finalmente, o Corinthians se tornava campeão da Libertadores.

A campanha do Corinthians:
14 jogos | 8 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 22 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Daniel Augusto Júnior/Corinthians

Estados Unidos Campeão Olímpico Feminino 2012

O futebol feminino na Olimpíada desembarcou pela primeira vez em Londres, em 2012. E a cidade-sede trouxe a estreia de uma seleção que foi tradicional entre os homens no passado, mas que entre as mulheres o destino e a política até então não permitiam sua presença. Ainda que composta quase na sua totalidade de atletas inglesas, a Grã-Bretanha debutou nos Jogos em casa. O time foi bem na primeira fase, venceu todas as partidas, mas caiu nas quartas de final para o Canadá.
A força que chegava para conquistar o ouro também atravessou o Oceano Atlântico. Surpreendendo um total de zero pessoas, os Estados Unidos partiram rumo ao tetra olímpico com uma campanha perfeita, a melhor entre todas as quatro que levaram ao título. No grupo G, a equipe estreou vencendo a França de virada por 4 a 2. Na segunda rodada, as norte-americanas confirmaram a classificação antecipada ao fazerem 3 a 0 na Colômbia. E no último jogo da primeira fase, um simples 1 a 0 sobre a Coreia do Norte garantiu também a liderança da chave, com nove pontos. Nas quartas de final, a USWNT eliminou a Nova Zelândia, vencendo-a por 2 a 0. Na semifinal, o time fez um dos melhores clássicos contra o Canadá já vistos. Foi de virada e aos 18 minutos do segundo tempo da prorrogação que os Estados Unidos conseguiram a vitória por 4 a 3. Na final, a equipe de Abby Wambach, Carli Lloyd, Alex Morgan e Megan Rapinoe encontrou o Japão, que durante a competição passou por África do Sul, Brasil e França.
Antes da decisão, na disputa pela medalha de bronze, as canadenses derrotaram as francesas por 1 a 0. O ouro entre norte-americanas e japonesas foi disputado em Wembley. A partida ficou marcada por ser a revanche da Copa do Mundo de 2011, em que o Japão foi campeão nos pênaltis. E os Estados Unidos conseguiram se vingar do vice, vencendo a nova final por 2 a 1. Os dois gols foram marcados por Lloyd, o primeiro aos oito minutos do primeiro tempo e o segundo aos nove do segundo. Yuki Ogimi descontou aos 18, insuficiente para impedir a quarta medalha dourada na história do futebol feminino norte-americano.

A campanha dos Estados Unidos:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 16 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Julian Finney/Getty Images

México Campeão Olímpico 2012

Pela terceira vez na história, Londres recebeu uma edição da Olímpiada. Em 2012, a capital britânica tornou-se na pioneira a ter três ciclos dos Jogos em seu currículo. A escolha do COI implicou em um ressurgimento no futebol. Desativada desde 1960, a seleção da Grã-Bretanha foi reunida para representar o país-sede. Mas somente jogadores ingleses e galeses participaram do combinado. De resto, as coisas caminharam dentro das expectativas, com as potenciais zebras desfilando nas partidas e a medalha de ouro no masculino ficando pela primeira vez com uma equipe da Concacaf.
Sem nem mesmo um bronze nas nove participações anteriores que teve, o México conseguiu seu lugar ao sol com muito esforço e uma dose de sorte nos chaveamentos do mata-mata. No grupo B da primeira fase, "El Tri" iniciou a campanha com empate sem gols contra a Coreia do Sul. A primeira vitória veio nos 2 a 0 sobre o Gabão, na partida seguinte. A classificação foi obtida na rodada final, no 1 a 0 sobre a Suíça. Com sete pontos, o time mexicano ficou na liderança da chave. Nas quartas de final, Senegal foi o adversário e o México precisou da prorrogação para vencer por 4 a 2. A semifinal foi jogada contra o Japão, e por 3 a 1 os mexicanos conseguiram um lugar na decisão, pela primeira vez na história. Do outro lado chegava o Brasil, que àquela altura já transformara a busca pelo ouro em uma obsessão.
Duas pratas, dois bronzes e inúmeros fracassos depois, a equipe brasileira aparecia de novo na final ao eliminar Bielorrússia, Nova Zelândia, Honduras e Coreia do Sul. Antes, a medalha de bronze foi definida a favor dos sul-coreanos, que fizeram 2 a 0 no clássico contra os japoneses. O ouro foi decidido em Wembley, que em nada lembra - exceto pelo nome - o antigo estádio, palco da final de 1948 e demolido em 2000. O México não temeu o favoritismo brasileiro e tratou logo de enterrar o sonho do adversário no primeiro minuto da partida, no gol de Oribe Peralta. Aos 30 do segundo tempo, Peralta marcou novamente e matou qualquer reação que o Brasil poderia ter. Só aos 46 que o goleiro José Corona foi vazado, por Hulk. No fim, festa dos muchachos pelo primeiro título olímpico.

A campanha do México:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 12 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/COI

Espanha Campeã da Eurocopa 2012

A última edição de Eurocopa com 16 seleções aconteceu em 2012, e ela foi duplamente sediada pela terceira vez na história, com a incumbência ficando nas mãos de Ucrânia e Polônia. Foi nos gramados ucranianos e poloneses que a Espanha completou a trilogia dos grandes títulos. Agora temida, a equipe chegava para buscar o tricampeonato ostentando ainda a Copa do Mundo erguida em 2010.
Na cabeça do grupo C, a Fúria estreou contra a Itália, porém não passou do empate por 1 a 1, tendo saído atrás no placar. As coisas voltariam ao normal a partir da segunda rodada, com a goleada por 4 a 0 sobre a Irlanda. No último jogo da fase, bastou à Espanha vencer a Croácia por 1 a 0 para garantir a liderança da chave com sete pontos. Os italianos também avançaram às quartas de final. O primeiro mata-mata espanhol foi contra a França, uma velha pedra no sapato espanhol nas Euros de 1984 e de 2000, além do Mundial de 2006. Mas desta vez os franceses não tiveram chances e perderam por 2 a 0, ambos os gols marcados por Xabi Alonso. O confronto mais complicado veio na semifinal, contra Portugal. As equipes ficaram no 0 a 0 em Donetsk, tendo que decidir a vaga nos pênaltis. Os espanhóis foram mais eficientes nas cobranças e venceram por 4 a 3. Dessa forma, a Espanha atingia um feito que apenas União Soviética e Alemanha haviam conseguido: chegar em duas finais seguidas.
Mas soviéticos e alemães jamais conquistaram duas vezes consecutivas a Eurocopa. Era a grande chance espanhola de superá-las. Sua adversárias na decisão foi a Itália, marcando o reencontro da estreia. A partida foi disputada no Olímpico de Kiev, e contaria uma história bem distinta do que foi vista lá atrás. Bem leve em campo, a Espanha abriu o caminho do título aos 14 minutos do primeiro, quando David Silva abriu o placar. Aos 41, Jordi Alba ampliou. A goleada estava por vir, e ela chegou a partir dos 39 do segundo tempo, com o gol de Fernando Torres. Aos 43, Juan Mata fez 4 a 0 e completou a festa. Pela primeira vez o título europeu ficava duas vezes seguidas com a mesma seleção. Mais: a Espanha igualava o topo do ranking de conquistas, ao lado da Alemanha, com três.

A campanha da Espanha:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 12 gols marcados | 1 gol sofrido


Foto Laurence Griffiths/Getty Images

Corinthians Campeão Mundial 2012

O mundo não acabou em 2012, mas ficou bem próximo disso. Pelo menos, no futebol. O Mundial de Clubes daquele ano foi simbólico por dois motivos. O primeiro, é que foi a última vez que um time da América do Sul conquistou o título. O segundo foi visto nas arquibancadas. Cerca de 30 mil torcedores do Corinthians deslocaram-se até o Japão para ver o time ser campeão pela segunda vez na história.

Antes, o Timão, sob o comando de Tite, precisou vencer a Libertadores pela primeira vez, e o fez derrotando o Boca Juniors na decisão. Pela Europa, também teve clube sendo campeão da Liga dos Campeões pela primeira vez: o Chelsea chegou lá de maneira surpreendente, vencendo nos pênaltis o Bayern de Munique na final.

O representante local no torneio foi o Sanfrecce Hiroshima, campeão japonês. E pelos outros continentes, os desafiantes foram: o Ulsan Hyundai, vencedor asiático; o Monterrey, campeão de novo na Concacaf; o Al-Ahly, em sua quarta presença, vencedor africano; e o Auckland City, também na quarta participação, campeão da Oceania.

O início do Mundial foi, como sempre, entre o anfitrião e o time da Oceania. E o Sanfrecce derrotou o Auckland por 1 a 0. A aventura dos donos da casa acabou nas quartas de final, ao perder por 2 a 1 para o Al-Ahly. Na outra chave, o Monterrey venceu o Ulsan por 3 a 1.

A invasão corintiana começou no dia 12 de dezembro, no Estádio Toyota, na cidade de mesmo nome. O clube alvinegro enfrentou o Al-Ahly com mais de 10 mil da fiel torcida. Os egípcios não resistiram muito tempo, e o Corinthians venceu por 1 a 0, gol do peruano Paolo Guerrero. Um lado da final já estava certo. O outro ficou decidido no dia seguinte, quando o Chelsea aplicou 3 a 1 no Monterrey, garantindo a "final dos sonhos". Mas antes, foram definidos os vencedor do quinto e do terceiro lugares. Primeiro, o Sanfrecce derrotou o Ulsan por 3 a 2. Depois, o Monterrey fez 2 a 0 no Al-Ahly.

No dia 16, quase metade dos 68 mil no Internacional de Yokohama eram do "banco de loucos". O estádio virou uma versão oriental do Pacaembu. Porém não seria fácil passar pelo Chelsea. O time inglês criou várias oportunidades, todas paradas pelo goleiro Cássio e pelos zagueiros Chicão e Paulo André. O Corinthians teve menos chances, mas levava igual perigo aos ingleses.

A explosão alvinegra aconteceu no segundo tempo. Aos 24 minutos, Paulinho entrou com a bola na área adversária e deixou para Danilo, que chutou em cima do zagueiro. Ela subiu para frente e ficou livre para Guerrero, que de cabeça fez o gol mais importante da história do Corinthians. Depois do 1 a 0, Cássio ficou ainda mais gigante e garantiu o título mundial do Timão com belas defesas. E a festa atravessou o Oceano Pacífico.


Foto Toshifumi Kitamura/AFP

Santos Campeão da Recopa Sul-Americana 2012

Dois times estreantes compuseram a edição de 2012 da Recopa Sul-Americana: Santos e Universidad de Chile. O primeiro venceu a Libertadores de 2011, acabando com 48 anos de jejum. O segundo levantou o título inédito da Copa Sul-Americana com um futebol vistoso e ofensivo. Quase um ano depois das conquistas, muitas coisas estavam diferentes, pelo menos para o lado chileno, que já não apresentava a mesma intensidade.

O primeiro jogo da Recopa foi em 22 de agosto, no Estádio Nacional de Santiago. Com poucas emoções e um pênalti perdido por Neymar (que escorregou no momento do chute), o 0 a 0 não saiu do placar.

Mais de um mês depois, em 26 de setembro, o Pacaembu recebeu a segunda partida da decisão. Desta vez as equipes arriscaram mais, mas foi o Peixe quem teve mais competência. Aos 27 minutos do primeiro tempo, Neymar abriu o placar após tabelar com André e chutar rasteiro da entrada da grande área, no canto do goleiro Johnny Herrera. No fim da etapa, o atacante teve chance de aumentar o marcador, mas novamente desperdiçou pênalti, agora chutando nas mãos do goleiro chileno.

A tranquilidade santista só veio aos 15 minutos do segundo tempo, quando o zagueiro Bruno Rodrigo completou de cabeça para o gol uma cobrança de falta vinda da ala esquerda. Com os 2 a 0 na mão, a partir daí foi só garantir que a Universidad não tivesse mais oportunidades para encostar no resultado. Depois da partida, a única ordem era comemorar o título inédito da Recopa na gelada noite paulistana.


Foto Marcos Ribolli/Globoesporte.com

Sampaio Corrêa Campeão Brasileiro Série D 2012

A Série D de 2012 foi a quarta edição do torneio, que aos poucos foi tomando da Copa do Brasil o posto de competição mais democrática do país. Quarenta equipes dos 27 Estados, todas com chances iguais de título. Pela primeira vez a taça ficou nas mãos de um time mais tradicional.

Enquanto Remo e Juventude viram navios mais uma vez, o Sampaio Corrêa repetiu o feito da Série B de 1972 e da Série C de 1997 e conseguiu duas façanhas: ser o primeiro time com títulos em três divisões nacionais e ser o primeiro campeão invicto da quarta divisão.

No grupo A2 da primeira fase, a Bolívia Querida teve zero dificuldades. Venceu os oito jogos e ficou com o dobro de pontos que o vice-líder Mixto (24 a 12). Comercial do Piauí, Santos do Amapá e Araguaína foram os outros adversários. A destacar de resultados, os 6 a 0 sobre o Santos-AP em casa e os 4 a 0 sobre a Araguaína fora. Nas oitavas de final, o Sampaio enfrentou o Vilhena. Na ida em Rondônia, empate por 2 a 2. Na volta no Castelão de São Luís, goleada por 4 a 1 e classificação garantida.

Nas quartas, a Bolívia disputou o acesso contra o Mixto, no reencontro da fase de grupos. A primeira partida foi em Cuiabá, no Estádio Dutrinha, e o time maranhense conseguiu empatar por 1 a 1. A vantagem do gol fora de casa fez a diferença para a segunda partida em São Luís, pois as duas equipes não saíram do 0 a 0. Passada a tensão, o Sampaio Corrêa comemorava o retorno à terceira divisão. A semifinal foi disputada contra o Baraúnas, e o roteiro foi parecido com os das fases anteriores: empate por 1 a 1 na ida no Rio Grande do Norte, e vitória por 1 a 0 no Castelão.

Na final, o Sampaio enfrentou o CRAC, time do interior de Goiás. O primeiro jogo foi disputado no Estádio Genervino da Fonseca, na cidade de Catalão. Bem como em todos os outros mata-matas, a Bolívia saiu da casa adversária com empate, novamente por 1 a 1.

O segundo jogo foi no Castelão, diante de mais de 35 mil torcedores. Com o domínio da partida, o Sampaio conseguiu o título ao vencer por 2 a 0, gols de Eloir no primeiro tempo e de Pimentinha no segundo. Outros nomes de destaque do time maranhense na competição foram os de Cleitinho, artilheiro do time com sete gols (um deles na ida da final), e de Célio Codó, autor do gol do acesso.

A campanha do Sampaio Corrêa:
16 jogos | 11 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 37 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/Sampaio Corrêa

Oeste Campeão Brasileiro Série C 2012

A onda de mudanças na Série C continuou alta para o ano de 2012. Nesta temporada, os quatro grupos foram condensados em duas chaves com dez times cada. Isto mais que dobrou o número de partidas para cada equipe na primeira fase, de oito para 18. E na disputa, um time estreante, com quase nenhuma experiência em competições nacionais. O Oeste ainda fica ficava sediado em Itápolis quando chegou a um surpreendente título.

Na fase inicial o Rubrão ficou no grupo B, dedicado aos times do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Mas o começo foi ruim, com derrotas para o Vila nova e o Caxias. A primeira vitória veio só na terceira rodada, quando o Oeste foi até o Rio de Janeiro e fez 2 a 0 no Macaé. O resultado abriu uma sequência positiva com três vitórias e um empate, até que na sétima rodada o time paulista perdeu por 1 a 0 para a Chapecoense fora de casa. E até a virada de turno, mais uma vitória e um empate.

O aproveitamento foi melhor no returno, onde o Rubrão começou devolvendo por 3 a 1 o revés contra o Vila Nova. Nos oito jogos restantes, três vitórias, três empates e duas derrotas, o que colocou o time na quarta posição do grupo, com 29 pontos, oito vitórias, cinco empates e cinco derrotas.

Nas quartas de final, o Oeste enfrentou um favorito Fortaleza. E na ida parecia as coisas seriam difíceis, pois a Onça Rubro-negra ficou apenas no 1 a 1 dentro do Estádio dos Amaros. Mas na volta o milagre aconteceu, e o Oeste fez 3 a 1 em pleno Presidente Vargas, conquistando assim um acesso inédito. Na semifinal, o reencontro com a Chapecoense. O primeiro jogo foi na Arena Condá, e o Oeste voltou de lá com a vitória por 1 a 0. No segundo jogo em Itápolis, empate por 0 a 0 e classificação para a final.

A decisão da Série C de 2012 foi contra um outro clube sem muita tradição no cenário brasileiro: o Icasa. A partida de ida foi disputada no Estádio Romeirão, em Juazeiro do Norte, e terminou sem gols. Tudo ficou para ser definido nos Amaros, e em casa o Rubrão fez 2 a 0 com autoridade, gols de Vanderson e Dezinho. E de um modo histórico e - até certo ponto - improvável, o Oeste sagrou-se campeão da terceira divisão.

Esta conquista é a única nacional da história do clube, que desde então jamais desceu da Série B, há seis temporadas. A única coisa que mudou de lá para cá foram as sedes, passando por Osasco em 2016, e ficando em Barueri desde 2017.

A campanha do Oeste:
24 jogos | 11 vitórias | 8 empates | 5 derrotas | 29 gols marcados | 21 gols sofridos


Foto Arquivo/Prefeitura de Itápolis

Goiás Campeão Brasileiro Série B 2012

A Série B de 2012 foi uma das mais disputadas na briga pelas vagas de acesso. Cinco times ultrapassaram os 70, embora somente quatro puderam subir de divisão. Entre eles o Goiás, que já estava há duas temporadas fora da elite e conseguiu arrancar para o título nas rodadas finais.

Todavia o começo foi bem ruim, perdendo por 5 a 2 para o América-RN em Natal. A primeira vitória aconteceu na quarta rodada (que foi o terceiro jogo), por 1 a 0 sobre o CRB no Serra Dourada. O Esmeraldino se recuperou e aplicou boas vitórias, como os 4 a 3 sobre o Vitória na sétima rodada e os 6 a 0 sobre o Ipatinga (fora de casa) na 15ª rodada), mas não chegou a assumir a liderança no primeiro turno, que teve mais disputa entre Criciúma e Vitória.

Enquanto catarinenses e baianos disputavam a ponta, o Goiás manteve seu bom nível de jogo, vencendo seus jogos e alguns confrontos diretos, como o 1 a 0 sobre o Criciúma no Serra Dourada, na 24ª rodada. Seus adversários perderam alguns pontos no caminho, e a liderança finalmente foi conquistada na 32ª rodada, depois de golear o ASA por 4 a 0 em Goiânia.

Um jogo depois ocorreu a última derrota na competição, por 3 a 2 para o ABC, que tirou o time verde do primeiro lugar e colocou a briga final entre Goiás e Criciúma. Na 34ª rodada, os 4 a 0 sobre o Ipatinga em casa devolveram a ponta ao Esmeraldino, que não saiu mais dali.

O acesso se confirmou na 36ª rodada, com a vitória de 3 a 0 sobre o Barueri no Serra Dourada. O título veio na última partida, com vitória de 2 a 1 sobre o Joinville em Goiânia. O Goiás se tornou o quatro time bicampeão na história da Série B, 13 anos depois da primeira conquista.

Foram 78 pontos em 38 jogos, com 23 vitórias, nove empates e seis derrotas. O Criciúma foi vice com 73 pontos, e Athletico-PR e Vitória também subiram com 71 pontos, na linha de corte mais alta que o acesso já registrou, já que o São Caetano fez a mesma pontuação e rodou no quinto lugar.

A campanha do Goiás:
38 jogos | 23 vitórias | 9 empates | 6 derrotas | 75 gols marcados | 37 gols sofridos


Foto Rosiron Rodrigues/Goiás

Fluminense Campeão Brasileiro 2012

O Brasileirão atingiu o número de 56 edições no ano de 2012. E no regulamento, a CBF repetiu a receita de colocar os clássicos regionais na última rodada. Em campo, o Fluminense de Fred, Deco e Thiago Neves levou o título do campeonato pela quarta vez. Diferentemente de dois anos antes, o time conseguiu a conquista de maneira mais tranquila e com mais antecedência.

Mas o Flu demorou para chegar ao topo da classificação. Não conseguiu isto no primeiro turno, dominado pelo Atlético-MG, mas sempre ficou por perto esperando o momento certo de aproveitar algum vacilo mineiro, e conseguiu. A estreia tricolor foi positiva e simbólica. Contra o Corinthians, que era o atual campeão, venceu no Pacaembu por 1 a 0.

A partir de então, uma invencibilidade de 11 partidas foi construída, só terminando na 12ª rodada, com a primeira derrota, por 1 a 0 para o Grêmio no Olímpico. Foi o único resultado negativo no turno do Fluminense, que virou a metade no torneio na vice-liderança, atrás apenas ao Atlético-MG. No segundo turno, as posições foram invertidas na 22ª rodada, na vitória de 3 a 1 sobre o Santos no Engenhão. Nas 16 rodadas restantes, o Flu manteve distância dos principais postulantes ao título, o Atlético-MG e o Grêmio.

O tetra do Tricolor foi confirmado na 35ª rodada, na vitória de 3 a 2 sobre o futuro rebaixado Palmeiras no Estádio Prudentão, em Presidente Prudente, interior de São Paulo. O Fluminense encerrou a competição de 2012 com uma campanha ainda melhor que a de 2010. Foram 77 pontos em 38 jogos, com 22 vitórias, 11 empates e cinco derrotas.

A campanha do Fluminense:
38 jogos | 22 vitórias | 11 empates | 5 derrotas | 61 gols marcados | 33 gols sofridos


Foto Ricardo Ayres/Photocamera

Palmeiras Campeão da Copa do Brasil 2012

O regulamento mais duradouro da história da Copa do Brasil teve a sua última aparição em 2012. Foram 12 edições da fórmula que excluía os clubes participantes da Libertadores. Naquele ano, quem aproveitou para ficar com a taça foi o Palmeiras, em temporada que terminaria agridoce: bicampeão da Copa do Brasil e rebaixado para a Série B do Brasileirão.

Novamente sob o comando de Luiz Felipe Scolari (que iria para a Seleção Brasileira antes da queda no Brasileiro), o Verdão começou a campanha diante do Coruripe, de Alagoas. Na ida, vitória por 1 a 0 em Maceió, no Rei Pelé. A volta foi em Jundiaí, no Jaime Cintra, pois o Palestra Itália já não existia mais e o novo estádio palmeirense ainda estava em construção. Na casa improvisada, deu Palmeiras por 3 a 0.

Na segunda fase, o alviverde fora de casa derrotou o Horizonte, do Ceará, por 3 a 1 e dispensou a segunda partida. Nas oitavas de final, o adversário foi o Paraná. Na ida, o Palmeiras venceu por 2 a 1 na Vila Capanema. Na volta, na Arena Barueri, goleada por 4 a 0 e classificação às quartas.

Na fase seguinte, foi a vez de encarar o Athletico-PR. A primeira partida voltou a ser fora, em Curitiba, e terminou empatada por 2 a 2. No segundo jogo, vitória por 2 a 0 e classificação outra vez na Arena Barueri, que se tornou de vez na casa do Palmeiras.

O rival na semifinal foi o Grêmio, que aparentava ser o favorito no confronto. A ida foi disputada no Olímpico, mas o Verdão soube esperar o momento certo para atacar. Com gols de Mazinho e Barcos, aos 41 e 46 minutos do segundo tempo, o alviverde venceu por 2 a 0. Na volta, em Barueri, bastou apenas o empate por 1 a 1.

O Palmeiras chegou na final para enfrentar o Coritiba, que tinha superado Nacional-AM, ASA, Paysandu, Vitória e São Paulo. A ida foi na Arena Barueri, e o Verdão fez boa vantagem ao vencer por 2 a 0, gols de Valdívia e Thiago Heleno. A volta foi no Couto Pereira, e os palmeirenses souberam esperar mais uma vez após saírem atrás no placar. Aos 20 do segundo tempo. Marcos Assunção cobrou falta e Betinho desviou a bola com a cabeça para empatar por 1 a 1 e dar o segundo título da Copa do Brasil para o Palmeiras.

A campanha do Palmeiras:
11 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 23 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Miguel Schincariol/Placar

Oratório Campeão Amapaense 2012

O Oratório conquistou seu único título no estado do Amapá no ano de 2012. Venceu o primeiro turno do Amapaense contra o Ypiranga e na final do segundo teria que jogar contra o Santos. Mas houve um desencontro de horários no dia da partida. Apenas o Oratório compareceu na hora correta. Dessa forma, a disputa foi para os tribunais, que confirmaram a vitória por W.O. do Oratório por 3x0.


Foto Arquivo/Oratório