Mostrando postagens com marcador 2006. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 2006. Mostrar todas as postagens

Sevilla Campeão da Liga Europa 2006

Em 33 anos de existência, até 2005, a Copa da UEFA premiou 22 times de nove países. Os maiores vencedores eram Liverpool, Internazionale e Juventus, com três títulos cada. Da Espanha, só Real Madrid (duas vezes) e Valencia tinham erguido a taça. Todos esses números ficariam de pernas para o ar a partir de 2006, quando apareceu o terceiro clube espanhol para mudar a história da competição. Nesta temporada, o Sevilla deu início a um caso de genuíno sucesso, de moldar um torneio ao seu gosto.

Campeão espanhol uma única vez (em 1948), o time rojiblanco (alvirrubro) entendeu que, se não era possível competir sempre contra os gigantes Barcelona e Real Madrid, além de outros grandes europeus, na Copa da UEFA a oportunidade era perfeita para beliscar um troféu importante. Sob o comando de Juande Ramos, a primeira de sete conquistas (e contando) teve início contra o Mainz 05, o qual eliminou com empate sem gols no Ramón Sánchez Pizjuán e vitória por 2 a 0 na Alemanha.

Na segunda fase, o Sevilla ficou no grupo H, junto com Besiktas, Zenit, Vitória de Guimarães e Bolton. A estreia foi com vitória por 3 a 0 sobre os turcos em casa. Depois, enfrentou os russos em São Petersburgo e perdeu por 2 a 1. No terceiro jogo, triunfo por 3 a 0 em cima dos portugueses no Ramón Pizjuán. Por fim, os rojiblancos empataram por 1 a 1 com os ingleses fora. Com sete pontos, o Sevilla avançou na liderança da chave, superando o Zenit pelo saldo de gols (4 a 1) e o Bolton por um ponto.

Na terceira fase, o Sevilla passou pelo Lokomotiv Moscou com duas vitóras, por 1 a 0 na Rússia, e por 2 a 0 na Espanha. Nas oitavas de final, o adversário foi o Lille. A primeira partida foi no Estádio Métropole, mas os andaluzes perderam por 1 a 0 na França. O segundo jogo foi no Ramón Pizjuán, onde aconteceu a primeira virada da campanha: 2 a 0, com gols de Frédéric Kanouté e Luís Fabiano.

Nas quartas, os rojiblancos bateram mais uma vez o Zenit, desta vez com goleada por 4 a 1 em casa e empate por 1 a 1 no Estádio Petrovsky. Na semifinal, a vítima foi o Schalke 04, mas no sufoco. A ida foi em Gelsenkirchen, e ficou no empate por 0 a 0. A volta foi no Ramón Pizjuán, e também passou em branco nos 90 minutos. Na prorrogação, o saudoso lateral Antonio Puerta fez o gol do 1 a 0 salvador.

A primeira decisão de Copa da UEFA do Sevilla foi contra o Middlesbrough, que tirou Xanthi, Dnipro, Grasshopper, Suttgart, Roma, Basel e Steaua Bucareste. A final aconteceu no Estádio Philips, na holandesa Eindhoven. E o primeiro título veio com passeio: 4 a 0 fora o baile. Os gols foram de Luís Fabiano, aos 29 minutos do primeiro tempo, Enzo Maresca, aos 33 e 39 do segundo, e Kanouté, aos 44.

A campanha do Sevilla:
15 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Jamie McDonald/Getty Images

Pachuca Campeão da Copa Sul-Americana 2006

Após os primeiros anos de ajustes, a Copa Sul-Americana entrou num momento de estabilidade a partir de 2006. Pela primeira vez, a Conmebol conseguiu repetir o regulamento da competição em relação à temporada anterior. A única coisa que mudou foi um dos convidados da Concacaf: saem os Estados Unidos, entra no lugar a Costa Rica, com a Alajuelense.

As surpresas do norte não pararam por aí. Também pela primeira vez, um título sul-americano ficou nas mãos de um forasteiro. No caso, o Pachuca, do interior do México. O clube do Estado de Hidalgo superou todas as forças corriqueiras e partiu para uma conquista histórica e inigualável.

A campanha dos "tuzos" (esquilos) começou diretamente nas oitavas de final, contra o Deportes Tolima. O primeiro jogo foi na cidade de Ibagué, na Colômbia, e terminou com derrota mexicana por 2 a 1. A segunda partida aconteceu em Pachuca de Soto, e o time da casa reverteu a desvantagem com uma goleada autoritária por 5 a 1.

Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar o Lanús, que havia eliminado o Corinthians. A ida foi na Argentina, e o Pachuca tratou de fazer a vantagem lá mesmo ao vencer por 3 a 0. Tranquilo para a volta, bastou ficar no empate por 2 a 2 em seu Estádio Hidalgo para chegar na semifinal.

A disputa da semifinal foi contra o Athletico-PR, que tinha passado por gigantes como River Plate e Nacional do Uruguai. Mas os tuzos não ligaram para isso e voltaram a ganhar a ida fora de casa. Desta vez por 1 a 0, na Arena da Baixada, em Curitiba. A volta ocorreu no México, e o Pachuca se classificou para a decisão depois de fazer 4 a 1, de virada.

A final foi entre Pachuca e Colo-Colo. O clube chileno chegou lá depois de bater Huachipato, Coronel Bolognesi, Alajuelense, Gimnasia La Plata e Toluca. A primeira partida foi jogada no México, no Estádio Hidalgo. Andrés Chivita deixou os tuzos na frente do placar, aos 27 minutos do primeiro tempo, mas o adversário chegou ao 1 a 1 no segundo.

O segundo jogo foi no Estádio Nacional de Santiago, e o Pachuca precisou correr. Largou atrás no marcador aos 35 do primeiro tempo. Aos oito do segundo, Gabriel Caballero empatou. Aos 28, Christian Giménez virou para 2 a 1, calou a todos e permitiu aos tuzos arrancar rumo ao título inédito.

A campanha do Pachuca:
8 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 19 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/Pachuca

Itália Campeã da Copa do Mundo 2006

Uma seleção baseada no seu coletivo, ninguém levava o time nas costas e todos corriam por todos. Assim era a Itália campeã da Copa do Mundo de 2006, disputada na Alemanha. O tetra veio em um momento de alívio após os escândalos de compra de resultados no país um ano antes, que cassou dois títulos nacionais da Juventus e a rebaixou para a segunda divisão, além de ter tirado muitos pontos do Milan e da Fiorentina. Do clube de Turim, Buffon, Zambrotta Cannavaro e Camoranesi estavam entre os titulares da Azzurra.
A campanha italiana começou com o pé direito, vitória por 2 a 0 sobre Gana. Depois, empate em 1 a 1 com os Estados Unidos e vitória por 2 a 0 sobre a República Tcheca classificaram a Itália em primeiro no grupo E, com sete pontos. Nas oitavas de final, uma sofrida e polêmica vitória de 1 a 0 sobre a surpreendente Austrália, com gol de pênalti - reclamado para sempre pelos australianos - de Totti no último lance do jogo -, embalou os italianos rumo ao título.
Nas quartas, foram 3 a 0 contra a estreante e outra surpresa daquela Copa, a Ucrânia. A semifinal reuniu o grande clássico europeu entre Itália e Alemanha. Na casa do rival, e numa das partidas mais lembradas na história dos Mundiais, a Azzurra fez a festa na prorrogação e se garantiu na final ao vencer por 2 a 0, gols de Grosso e Del Piero.
A decisão foi contra a França, no Estádio Olímpico de Berlim. A Itália saiu perdendo com um gol de pênalti de Zidane, logo aos sete minutos do primeiro tempo, mas empatou logo depois, aos 19, com o zagueiro Materazzi. O 1 a 1 seguiu no placar até o fim dos 90 minutos e estendeu-se à prorrogação, onde aconteceu um dos fatos mais lembrados do futebol.
Materazzi e Zidane voltavam caminhando de um lance no ataque da França enquanto ao mesmo tempo se ofendiam mutuamente. Em dado momento, o italiano falou algo mais pesado, que levou o francês a dar uma cabeçada no meio do peito do adversário. O árbitro não viu o lance, mas o bandeirinha sim e Zidane acabou expulso no seu último ato como atleta.
Na disputa por pênaltis, os italianos foram 100% eficientes e venceram por 5 a 3. Coube ao lateral-direito Grosso converter a cobrança do título. Assim, as penalidades que adiaram a conquista 12 anos antes, agora dariam o tetracampeonato mundial à Itália. A honra de erguer a Copa coube ao capitão Cannavaro.

A campanha da Itália:
7 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 12 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Shaun Botterill/Getty Images

Barcelona Campeão da Liga dos Campeões 2006

Na temporada em que completou 50 anos de existência, a Liga dos Campeões também foi decidida com fortes doses de emoção. Embora a final de 2006 não seja tão cultuada quanto a de 2005, a virada do Barcelona é digna das grandes histórias da competição: dois gols em quatro minutos - faltando dez para o fim -, com o segundo saindo dos pés de um atleta que jamais havia marcado com a camisa do clube.

Sob o comando de Frank Rijkaard e com Ronaldinho, Samuel Eto'o, Deco e Carles Puyol em campo, mais um trio de nomes Lionel Messi, Andrés Iniesta e Xavi no banco de reservas, o bicampeonato blaugrana - após 14 anos - teve início no grupo C da primeira fase. Diante de Panathinaikos, Udinese e Werder Bremen, a classificação foi tranquila, com 16 pontos, cinco vitórias e um empate em seis partidas. Tamanha facilidade permitiu ao Barça se classificar em primeiro já na quarta rodada, nos 5 a 0 sobre os gregos no Camp Nou.

A partir das oitavas de final, os catalães passaram a fazer um ótimo uso do regulamento. Contra o Chelsea, conseguiram vencer a ida fora por 2 a 1 e empatar a volta em casa por 1 a 1. Nas quartas, foi a vez de passar pelo Benfica em dinâmica parecida, porém invertida: empate sem gols em Portugal e vitória por 2 a 0 na Espanha. A semifinal foi contra o Milan, e o time blaugrana voltou a conquistar o triunfo fora - 1 a 0 no San Siro - para se garantir em casa - 0 a 0 no Camp Nou.

Depois de 12 anos, o Barcelona voltava à final da Liga dos Campeões. Seu adversário foi o Arsenal, que bateu Thun (Suíça), Sparta Praga, Real Madrid, Juventus e Villarreal. A partida aconteceu em Paris, no Stade de France, e começou com os ingleses largando na frente aos 37 minutos do primeiro tempo. A reação só começou aos 31 do segundo tempo, no empate de Eto'o.

A consagração veio aos 35, quando o lateral-direito reserva Belletti - que até ali nunca tinha feito um gol pelo Barça - acertou um chute cruzado pelo lado direito, quase sem ângulo, e fez 2 a 1. Num prenúncio do que estava por vir na virada da década, o clube catalão assegurou o bicampeonato europeu.

A campanha do Barcelona:
13 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 24 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Laurence Griffiths/Getty Images

Internacional Campeão da Libertadores 2006

Em 2006, o Brasil bateu o recorde no número de participantes na Libertadores. Foram seis equipes, graças ao título do São Paulo um ano antes. E entre elas, um time que ensaiou o título por duas vezes mas que ficou no quase e amargou 13 anos longe da competição. Pois o Internacional montou um elenco competitivo e jogou a competição sul-americana sem medo para conseguir sua primeira taça.

O Colorado ficou no grupo 6 da primeira fase, com Nacional do Uruguai, Maracaibo, da Venezuela, e Pumas UNAM, do México. O clube não teve problemas nos seis primeiros jogos, vencendo quatro e empatando dois. A partida mais emblemática foi com o Pumas, em Porto Alegre, onde o Inter virou de 2 a 0 para 3 a 2. Os gaúchos se classificaram na liderança da chave, com 14 pontos, conseguindo o segundo lugar geral.

Nas oitavas de final, o Colorado teve de enfrentar mais duas vezes o Nacional, vencendo por 2 a 1, de virada, no Parque Central e empatando por 0 a 0 no Beira-Rio. As quartas ocorreram contra a LDU, e foi nesta fase que o Inter teve sua única derrota em todo o campeonato, por 2 a 1, na ida em Quito. Na volta, o time de Fernandão, Iarley, Clemer e Rafael Sobis venceu por 2 a 0.

Na semifinal o adversário foi o Libertad, do Paraguai. O primeiro jogo foi no Defensores del Chaco, e o Internacional segurou o 0 a 0. No segundo jogo, o time foi empurrado pelo torcedor em Porto Alegre e venceu por 2 a 0, conseguindo assim uma vaga na final da Libertadores depois de 26 anos.

O adversário na decisão foi o então campeão São Paulo, que passou por Palmeiras, Estudiantes e Chivas Guadalajara. A ida foi no Morumbi e, apesar da pressão paulista, Rafael Sobis marcou duas vezes para o Inter vencer por 2 a 1.

A volta aconteceu no Beira-Rio, e Fernandão e Tinga marcaram mais dois gols no confronto. Do outro lado, os paulistas ainda tentaram uma reação ao empatarem por 2 a 2. Só que era a vez de o Internacional comemorar seu primeiro título de Libertadores.

A campanha do Internacional:
14 jogos | 8 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 24 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Jefferson Bernardes/Agência Preview

Internacional Campeão Mundial 2006

A reunião de todas as confederações na busca pelo título mundial de clubes foi bem recebida pelo torcedor. Mas nem toda fórmula é perfeita. A FIFA não considerou a história entre 1960 e 2004 por pura birra. A Copa Intercontinental nunca foi organizada por ela, portanto, todos seus campeões acabaram "renegados". A questão é lógica: o Mundial de Clubes só andou para frente depois que a entidade juntou-se ao que deu certo, os acontecimentos de um sucedem os do outro, futebol não é geografia.

O Mundial de 2006 ficou marcado pelo encontro de dois extremos na decisão. Pela América do Sul, o Internacional - com pragmatismo e um conjunto forte - chegou ao primeiro título na Libertadores ao derrotar o São Paulo. Pela Europa, o Barcelona - com um futebol de arte e estrelas de peso - conseguiu sua segunda Liga dos Campeões ao vencer o Arsenal.

Entre os dois clubes, completaram o Mundial: o mexicano América, pela América do Norte e Central; o egípcio Al-Ahly, pela África; o sul-coreano Jeonbuk Motors, pela Ásia; e o neo-zelandês Auckland City, pela Oceania.

Todos os olhos do planeta estavam voltados para o time catalão, amplo favorito e liderado por Ronaldinho, ainda no auge. O Inter, o primeiro rival da carreira do jogador, foi ao Japão com um trabalho sério e silencioso, comandado por Abel Braga e capitaneado por Fernandão. A promessa era de, no mínimo, endurecer uma possível final entre as equipes.

O início do torneio viu o Al-Ahly derrotar o Auckland por 2 a 0, e o América eliminar o Jeonbuk por 1 a 0. O time africano foi o adversário do Colorado na semifinal, no dia 13 de dezembro, em Tóquio. Com um bom futebol, os gaúchos fizeram 2 a 1, gols dos promissores Alexandre Pato e Luiz Adriano. Na outra semi, o Barcelona não tomou conhecimento dos mexicanos e aplicou 4 a 0, o que aumentou ainda mais o favoritismo europeu.

A decisão do Mundial aconteceu no dia 17, em Yokohama. O ritmo da partida foi conforme o previsto: o Barcelona atacando e o Internacional buscando o contra-ataque. Mas o time espanhol empilhou chances desperdiçadas, o que permitiu o sonho aos brasileiros. O fato capital do jogo ocorreu aos 31 minutos do segundo tempo, quando o ídolo Fernandão deu lugar ao rejeitado Adriano Gabiru.

Coisas do destino. Aos 36 minutos, Iarley recebeu lançamento, venceu dividida com Carles Puyol e tocou a bola para Gabiru, que entrou livre na área e bateu na saída do goleiro Víctor Valdés. Depois do gol, foi a vez de Clemer aparecer com grandes defesas e garantir o 1 a 0, que surpreendeu o mundo e o pintou de vermelho.


Foto Daniel Boucinha/Internacional

Criciúma Campeão Brasileiro Série C 2006

A Série C de 2006 contou com algumas presenças ilustres em meio aos 64 participantes. Bahia, Vitória e Criciúma vieram de rebaixamento na Série B do ano anterior e precisaram cumprir um "estágio" na terceira divisão. E entre os três, o Criciúma foi o mais competente ao conseguir o título, enquanto entre os baianos somente o Vitória subiu.

Na primeira fase, as equipes foram divididas em 16 grupos. O Criciúma ficou no grupo 16, junto com Marcílio Dias, Novo Hamburgo e Brasil de Pelotas. A única derrota do time nesta fase foi na estreia, por 3 a 2 para o Brasil em Pelotas. Na sequência, venceu por 3 a 2 o Marcílio Dias em casa e empatou por 3 a 3 com o Novo Hamburgo fora. No returno, mais três vitórias: 6 a 0 no Novo Hamburgo e 4 a 0 no Brasil, ambos no Heriberto Hülse; e 2 a 1 no Marcílio Dias em Itajaí. Com 13 pontos, o Tigre ficou na vice-liderança da chave

 Os 32 classificados para a segunda fase ficaram em oito grupos, com o time carvoeiro sendo sorteado para o grupo 7, ao lado de Cabofriense, Joinville e Noroeste. Desta vez, a campanha do Criciúma em casa foi mais fraca, com vitória por 4 a 1 sobre a Cabofriense, empate por 1 a 1 com o Noroeste e derrota por 1 a 0 para o Joinville. O desempenho fora compensou, com vitórias por 1 a 0 sobre os paulistas em Bauru e por 3 a 1 sobre os cariocas em Cabo Frio. O único acidente foi a derrota por 5 a 1 para o Joinville na segunda rodada, que jogou o Tigre para mais um segundo lugar, com 10 pontos.

Para a terceira fase houve nova divisão de grupos, e os 16 sobreviventes ficaram em quatro chaves. O Criciúma foi escolhido para o grupo 4, frente a J.Malucelli, América-MG e Barueri. Nesta fase o time tricolor ficou invicto no Heriberto Hülse, vencendo por 2 a 0 Bareurei e América-MG, e empatando por 0 a 0 com o J.Malucelli. Fora de casa, venceu os paranaense por 1 a 0, e perdeu para os mineiros por 3 a 2 e para os paulistas por 1 a 0. Mais uma vez, o Tigre avançava em segundo, com 10 pontos.

No octogonal final, o Criciúma lutou pelo acesso contra Treze, Brasil de Pelotas, Bahia, Ferroviário, Barueri, Vitória e Ipatinga. Foi então que o futebol do time catarinense cresceu de vez, fazendo 31 pontos, nove vitórias, quatro empates e só uma derrota em 14 partidas. O acesso foi conquistado na 11ª rodada, após empate por 2 a 2 contra o Barueri em casa.

O título foi confirmado na 13ª rodada, com uma histórica goleada por 6 a 0 sobre o Vitória no Heriberto Hülse. A conquista consolidou o Criciúma como o time catarinense mais vencedor fora do Estado, com três títulos nacionais.

A campanha do Criciúma:
32 jogos | 19 vitórias | 7 empates | 6 derrotas | 64 gols marcados | 33 gols sofridos


Foto Edmar Melo/Futura Press

Atlético-MG Campeão Brasileiro Série B 2006

A Série B de 2006 ficou marcada na história por ter sido a primeira no formato de pontos corridos, três anos depois que a primeira divisão. E a competição entrou no prumo, se estabilizando no número de 20 equipes. Pelo menos quatro delas já haviam conquistado a Série A no passado. Entre elas o Atlético-MG, que pela primeira vez jogaria a segunda divisão. Buscando apagar a péssima impressão do ano de 2005, o time entrou na competição disposto a ser campeão sem sufoco.

O Galo estreou na competição com empate em 1 a 1 com o Marília fora de casa. Na segunda rodada ocorreu a primeira vitória, de 3 a 1 sobre o Náutico no Mineirão. Não demorou muito para que o Atlético ocupasse as primeiras posições logo de cara. A primeira derrota aconteceu na sexta rodada, por 2 a 1 para o Ituano em casa, e o time passou por um momento complicado, só se recuperando na 13ª rodada, ao vencer o Gama por 4 a 2. O time virou o primeiro turno na sexta posição, enquanto o líder era o Sport.

A liderança foi conquistada pela primeira vez pelo Galo durante o segundo turno, na 29ª rodada, na vitória de 1 a 0 sobre o Brasiliense no Mineirão. Na 33ª partida, o time empatou em 1 a 1 com a Portuguesa no Canindé e caiu para vice. Mas no jogo seguinte voltou para a ponta ao fazer 3 a 0 no Paysandu em Belo Horizonte.

A equipe de Diego Alves, Eder Luís e Marinho conseguiu o acesso na 36ª rodada, com a vitória de 3 a 2 sobre o Coritiba no Couto Pereira. No jogo seguinte, contra o Ceará, o Galo venceu por 1 a 0 no Castelão e garantiu também o título. A última partida ficou reservada para o Atlético erguer a taça e dar a volta olímpica, no empate em 2 a 2 com o América-RN em Minas. A briga pelas outras vagas de acesso também foi boa.

Cinco times lutaram pelas três chances de subir. No final, Sport, Náutico e América-RN ficaram nas posições seguintes e deixaram para trás Paulista e Coritiba.  O Atlético-MG encerrou a Série B com 71 pontos, 20 vitórias, 11 empates e sete derrotas, marcando sete pontos a mais que o vice-campeão e dez a mais que o quinto colocado.

A campanha do Atlético-MG:
38 jogos | 20 vitórias | 11 empates | 7 derrotas | 70 gols marcados | 39 gols sofridos


Foto José Leomar/Placar

São Paulo Campeão Brasileiro 2006

Depois de cinco temporadas encolhendo, o Brasileirão chegou ao número considerado ideal de 20 times em 2006. E neste ano, o São Paulo iniciou sua hegemonia. Vindo do título da Libertadores e Mundial de 2005, o clube começou a sequência de três conquistas nacionais. Entre as outras equipes, destaque para o terceiro lugar do Grêmio, que retornava da Série B, para o 16º lugar do Palmeiras e o quase segundo rebaixamento, e para a ausência do Atlético-MG, que jogou a segunda divisão.

O São Paulo estreou no Campeonato Brasileiro com vitória, por 1 a 0 sobre o Flamengo no Morumbi. Na rodada seguinte, a primeira das apenas quatro derrotas ao longo da competição, também por 1 a 0, mas para o Fortaleza no Castelão. Após uma sequência de cinco vitórias, um empate e uma derrota, o Tricolor chegou a liderança na nona rodada, ao vencer o Fluminense por 1 a 0 em casa. No jogo seguinte, empate em 1 a 1 com o Juventude no Alfredo Jaconi tirou o time do primeiro lugar. E foi a única vez que isto aconteceu durante todo o campeonato.

Na 12ª rodada, o São Paulo assumiu a frente de uma vez por todas, ao vencer o Figueirense por 2 a 1 no Morumbi. Desta partida até o final, o Tricolor teve somente dois resultados negativos: 4 a 0 para o Santos no Morumbi, na 14ª rodada, e 3 a 1 para o Palmeiras em Presidente Prudente, na 26ª rodada. Nesse meio tempo o São Paulo também aplicou alguma goleadas, como 5 a 1 sobre o Vasco, na 27ª rodada, e 5 a 0 sobre o Juventude, na 29ª, ambas as partidas em casa.

Líder em 28 das 38 rodadas do Brasileiro, o São Paulo conquistou o tetracampeonato na 36ª rodada, com o empate em 1 a 1 com o Atlético-PR no Morumbi. O Tricolor encerrou sua campanha com 78 pontos, 22 vitórias, 12 empates e quatro derrotas. Foram nove pontos de vantagem para o vice-campeão Internacional.

A campanha do São Paulo:
38 jogos | 22 vitórias | 12 empates | 4 derrotas | 66 gols marcados | 32 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Flamengo Campeão da Copa do Brasil 2006

Quem aprende com um erro, não erra duas vezes. Foi assim que o Flamengo chegou ao bicampeonato da Copa do Brasil, em 2006. Dois anos após a derrota em casa para o Santo André, o rubro-negro corrigiu sua rota em uma final que será lembrada para sempre, com duas vitórias satisfatórias em cima de seu maior rival.

O Fla iniciou a campanha do título contra o ASA. O primeiro jogo foi disputado em Arapiraca, no interior de Alagoas, e ficou empatado por 1 a 1. Na segunda partida, no Maracanã, vitória rubro-negra por 2 a 1. Na segunda fase, o adversário foi o ABC, e o Flamengo avançou com vitórias por 1 a 0 em Natal, e por 4 a 0 no Rio de Janeiro.

O caminho seguiu nas oitavas de final, diante do Guarani. A primeira partida aconteceu no Maracanã, e o Fla conseguiu abrir excelente vantagem com uma goleada por 5 a 1. O segundo jogo foi no Brinco de Ouro, em Campinas, e os quatro gols de diferença permitiram ao Flamengo sair classificado mesmo com a derrota por 1 a 0 para os paulistas.

Nas quartas de final, foi a vez de jogar contra o Atlético-MG. Mais uma vez, a ida foi disputada no Rio de Janeiro, e mais uma vez o rubro-negro goleou para sair com boa frente, por 4 a 1. A volta foi realizada no Mineirão, e bastou ao Flamengo segurar o empate por 0 a 0 para chegar na semifinal.

Na semifinal, o adversário foi o Ipatinga, candidato a zebra da vez e comandado pelo técnico Ney Franco. A ida foi no interior de Minas Gerais, no Ipatingão, e ficou empatada por 1 a 1. A volta ocorreu no Maracanã, e o Fla conseguiu a classificação de maneira sofrida, com vitória de virada por 2 a 1. Esta fase aconteceu antes da Copa do Mundo de 2006, e o rubro-negro passava por má fase sob o comando de Waldemar Lemos.

Depois do Mundial, o Flamengo fez a final da Copa do Brasil com novidade no banco de reservas. Diante de maus resultados no Brasileirão, Waldemar foi demitido e para seu lugar veio exatamente Ney Franco. O adversário foi o Vasco, que derrotou Botafogo-PB, Iraty, Criciúma, Volta Redonda e Fluminense. As duas partidas foram no Maracanã. Na primeira, Obina e Luizão marcaram dois gols em dois minutos (15 e 17 do segundo tempo), e o rubro-negro venceu por 2 a 0. Na segunda fase, Juan acertou de fora da área e confirmou o segundo título flamenguista no triunfo por 1 a 0.

A campanha do Flamengo:
12 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 23 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Flamengo