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Feyenoord Campeão da Liga Europa 2002

Em competições de final única, geralmente o estádio é escolhido com antecedência, antes de se conhecer os times finalistas. Algumas vezes, pode acontecer de um deles ser o próprio usuário do palco. Foi o caso do Feyenoord na Copa da UEFA de 2002. O clube levou o bicampeonato depois de 28 anos junto à sorte que acompanha os competentes. Foi a primeira conquista europeia do clube holandês desde a década de 1970.

Mas a caminhada do Feyenoord inicia na Liga dos Campeões, onde o time sucumbiu na fase de grupos. Na chave D, foi eliminado para Nantes e Galatasaray, ficando à frente somente da Lazio. A terceira colocação jogou a equipe para a Copa da UEFA, e é aí que a história de verdade começa a ser escrita, com atacantes experientes somados a uma jovem promessa, ainda discreta, chamada Robin Van Persie.

Na terceira fase, o Feyenoord enfrentou o Freiburg. O primeiro jogo foi realizado no De Kuip, a casa do clube em Roterdã. O resultado foi de vitória por 1 a 0. A segunda partida aconteceu no Dreisamstadion. O adversário alemão até chegou a reverter o confronto com dois gols, mas os holandeses conseguiram buscar o empate por 2 a 2. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Rangers ao empatar por 1 a 1 em Glasgow, e vencer por 3 a 2, de virada, em Roterdã.

Na quartas, dois clássicos duros com o PSV Eindhoven. O primeiro foi no Estádio Philips, e ficou empatado por 1 a 1. O segundo foi realizado no De Kuip e teve o mesmo resultado, obtido de maneira agônica aos 48 minutos do segundo tempo, no gol de Pierre Van Hooijdonk. Nos pênaltis, vitória do Feyenoord por 5 a 4.

Na semifinal, o adversário foi a Internazionale. A ida aconteceu no San Siro, e os holandeses conseguiram vencer por 1 a 0. A volta foi em Roterdã. O Feyenoord abriu dois gols de frente com Van Hooijdonk e Jon Dahl Tomasson, mas levou o empate por 2 a 2 nos minutos finais e passou de maneira sofrida.

Na decisão, Feyenoord e Borussia Dortmund, que eliminou Copenhagen, Lille, Slovan Liberec e Milan. Como já mencionado, o estádio da final previamente escolhido foi o De Kuip, em Roterdã. Em casa, os holandeses anotaram dois gols no primeiro tempo, ambos com Van Hooijdonk. Os alemães reagiram aos três do segundo tempo, mas aos cinco Tomasson fez o terceiro. Logo depois, outro tento alemão deu o placar definitivo de 3 a 2, que coroou a invicta história do Feyenoord bicampeão.

A campanha do Feyenoord:
9 jogos | 4 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Robert Vos/ANP

San Lorenzo Campeão da Copa Sul-Americana 2002

A Copa Conmebol durou até 1999, suplantada pelo aumento de times na Libertadores e o sucesso inicial das Copas Mercosul e Merconorte. Mas não demorou muito para que o modelo de dividir a América do Sul em duas - e quase sempre com os mesmos clubes da Libertadores nas disputas - ficasse insustentável. Pensando nisso, em 2002, a Conmebol resolveu extinguir as Mercos, reunir tudo e recriar no lugar a Copa Sul-Americana, nos moldes do torneio dos anos 90.

A verdade é que a entidade só ressuscitou mesmo a ideia, pois os critérios técnicos ficaram bagunçados. Cada país podia fazer o que bem entendesse: tinha vaga para os melhores times fora da Libertadores, para os melhores também dentro dela, via competições especiais, convidados... Só não teve brasileiros na edição de estreia. A demora da Conmebol em confirmar a Copa Sul-Americana fez com que a CBF fechasse o calendário do segundo semestre de 2002 somente com o Brasileirão.

Assim, o favoritismo pendeu para os clubes argentinos. Como o San Lorenzo, que foi o vencedor da Mercosul de 2001 e recebeu uma vaga na Sul-Americana por causa disso. "El ciclón" superou outros 20 participantes para ser o primeiro campeão do novo torneio, que foi disputado em mata-mata desde o início. Nas oitavas de final, passou fácil pelo Monagas, após vencer por 3 a 0 na Venezuela, e por 5 a 1 em Buenos Aires.

Nas quartas, o San Lorenzo enfrentou o Racing. Na ida, venceu por 3 a 1 no Nuevo Gasómetro. Na volta, perdeu por 2 a 0 em Avellaneda, tendo que fazer 4 a 3 nos pênaltis para passar de fase. A semifinal foi contra o Bolívar. Em La Paz, perder por 2 a 1, de virada. Na Argentina, o time azulgrana teve que suar para vencer por 4 a 2 e se classificar para final.

A decisão foi contra o Atlético Nacional, clube colombiano que eliminou América de Cali, Santiago Wanderers e Nacional do Uruguai. O primeiro jogo foi realizado em Medellín, no Atanasio Girardot. Em atuação de luxo, o San Lorenzo calou mais de 50 mil torcedores e goleou por 4 a 0, gols de Sebastián Saja (goleiro, de pênalti), Pablo Michelini, Leandro Romagnoli e Rodrigo Astudillo. A segunda partida foi no Nuevo Gasómerto, e o ciclón teve apenas que segurar o empate por 0 a 0 para ser campeão.

A campanha do San Lorenzo:
8 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 20 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Juan Manuel Foglia/Olé

Corinthians Campeão do Torneio Rio-São Paulo 2002

O que era para ter sido uma revolução no trato com os estaduais e regionais no futebol brasileiro, tornou-se na edição derradeira do Torneio Rio-São Paulo. Em 2002, a FPF tentou dar mais um passo no fortalecimento da competição. O número de participantes foi aumentado para 16 e a proposta era de que os mesmos ficassem ausentes dos estaduais, o que aconteceu de fato no Paulista.
Mas a FERJ não concordou inteiramente com a ideia, exigindo que seus clubes jogassem também o Carioca. Foram nove equipes de São Paulo e sete do Rio de Janeiro no torneio de grupo e turno únicos na primeira fase, e que ainda previa o rebaixamento do pior time colocado de cada Estado.
O desnível entre paulistas e cariocas ficou evidente, já que um lado jogava apenas o Rio-SP enquanto o outro era obrigado a dividir titulares e reservas com o estadual. Corinthians e Palmeiras ficaram disparados na frente com 31 pontos cada, mas a liderança sendo alvinegra devido ao saldo de gols. São Paulo e São Caetano fecharam o G-4 com 26 e 25 pontos, respectivamente.
O melhor carioca foi o Fluminense, em quinto com 24 pontos, seguido imediatamente por Vasco e Botafogo, que marcaram 24 e 23. Outros que lutaram pelas vagas na semifinal foram Paulista e Santos, oitavo e nono com 23 pontos. No limbo da classificação ficaram Portuguesa, Ponte Preta e Guarani, com 20 pontos cada. As decepções foram todas de um só lado: Flamengo com 15 pontos, Americano com 11, Bangu com oito e America com sete.
Líder e com o melhor elenco, o Corinthians enfrentou o São Caetano na semifinal, empatando a ida fora por 1 a 1 e vencendo a volta em casa por 3 a 1. A final foi contra o São Paulo, em duas partidas emocionantes no Morumbi. O Timão venceu a ida por 3 a 2 e foi campeão empatando a volta por 1 a 1. Foi a quinta e última conquista corintiana do Torneio Rio-São Paulo, que de 2003 em diante ficou sem lugar no calendário por causa do advento do Brasileirão de pontos corridos.

A campanha do Corinthians:
19 jogos | 11 vitórias | 6 empates | 2 derrotas | 38 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Ricardo Corrêa/Placar

Brasil Campeão da Copa do Mundo 2002

A última conquista do Brasil em Copas do Mundo foi na primeira competição do século 21, em 2002, na primeira vez em que a competição foi até à Ásia e ficou dividida entre dois países-sede: Japão e Coreia do Sul. Mesmo após as turbulências que afetaram o time nas Eliminatórias, com direito a três técnicos no comando em dois anos, a seleção que no fim foi comandada pelo técnico Luiz Felipe Scolari brilhou no Oriente, também debaixo das lideranças técnicas de Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e Roberto Carlos.
Com 100% de aproveitamento ao todo, a trajetória da "Família Scolari" começou em solo sul-coreano, com uma vitória inesperadamente difícil por 2 a 1 sobre a Turquia. Os resultados da sequência foram mais tranquilos, com goleadas por 4 a 0 sobre a China e por 5 a 2 sobre a Costa Rica. Os resultados renderam a liderança absoluta do grupo C ao Brasil, com nove pontos.
O caldo engrossou mesmo foi no mata-mata, já em terras japonesas. Contra a Bélgica nas oitavas de final, o jogo mais duro que o time canarinho teve. Mas um golaço de voleio de Rivaldo tranquilizou a situação e a vitória por 2 a 0 manteve o sonho.
Nas quartas, a pedreira foi contra a Inglaterra e o golaço da vez foi de Ronaldinho Gaúcho, que bateu uma falta lateral direto no gol. De virada, o Brasil venceu por 2 a 1 e seguiu. Na semifinal, foi a vez de reencontrar a Turquia, uma das muitas surpresas daquele Mundial, junto com Senegal e Coreia do Sul. Não teve golaço, apenas o oportunismo de Ronaldo, com o bico da chuteira para garantir a vitória por 1 a 0 e a vaga na final.
A decisão contra a Alemanha foi no Estádio Internacional de Yokohama, no Japão. Era a primeira vez que os dois países se enfrentavam em mundiais, e a partida correu com chances de gol dos dois lados. Até que Ronaldo Fenômeno apareceu para decidir na etapa final. Aos 22 minutos, ele pegou o rebote do goleiro Kahn, Aos 34, o craque se aproveitou do corta-luz de Rivaldo para marcar os dois gols do jogo e se consagrar na artilharia do torneio, com oito tentos no total. Por 2 a 0, o Brasil despachou os alemães e venceu pela quinta vez a Copa do Mundo. E coube ao "100% Jardim Irene" Cafu a honra de ser o capitão do penta, o quinto guardião da taça.

A campanha do Brasil:
7 jogos | 7 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 18 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Paulo Pinto/Estadão Conteúdo

Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2002

Temporada sim, temporada não. Esse foi o lema do Real Madrid na segunda era de conquistas da Liga dos Campeões da Europa. Em 2002 - antes da formação dos "galácticos" -, o clube espanhol venceu "la novena", o eneacampeonato. Ainda que o time já fosse suficientemente estrelado, com Zinedine Zidane, Luís Figo, Raúl González, Fernando Hierro e Roberto Carlos, os galácticos só pegaram mesmo entre 2003 e 2006, num momento sem títulos continentais.

A campanha madridista começou no grupo A, contra Anderlecht, Lokomotiv Moscou e Roma. A classificação veio sem tropeços, ainda na quarta rodada, na vitória por 2 a 0 sobre o adversário belga em Bruxelas. A liderança foi confirmada no jogo seguinte, no empate por 1 a 1 com os italianos no Santiago Bernabéu. Em seis partidas, foram quatro vitórias, um empate e 13 pontos obtidos.

Na segunda fase, o Real passou invicto no grupo C, diante de Porto, Sparta Praga e Panathinaikos. Com mais cinco vitórias, um empate e 16 pontos, a qualificação foi ainda mais tranquila. A vaga estava na mão mais uma vez na quarta partida, nos 2 a 1 sobre os portugueses fora de casa. E liderança no jogo seguinte, nos 3 a 0 sobre os tchecos em Madri.

Nas quartas de final, a equipe merengue eliminou o Bayern de Munique após perder por 2 a 1 na Alemanha e reverter com 2 a 0 na Espanha. A semifinal reservou simplesmente El Clásico com o Barcelona. O primeiro foi no Camp Nou, com vitória do Real por 2 a 0. O lugar na final foi conquistado no Santiago Bernabéu, com empate protocolar por 1 a 1.

A final foi contra o Bayer Leverkusen, surpresa da Alemanha que passou por Fenerbahçe, Lyon, Juventus, Arsenal, Liverpool e Manchester United. A partida foi disputada no Hampden Park, em Glasgow, na Escócia. Raúl abriu o placar para o Real Madrid aos oito minutos do primeiro tempo, mas os alemães empataram aos 13. Aos 45, Zidane acertou um dos gols mais bonitos em uma decisão, de voleio. O 2 a 1 foi o resultado do título, depois de os espanhóis suportarem a pressão adversária.

A campanha do Real Madrid:
17 jogos | 12 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 35 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images

Olimpia Campeão da Libertadores 2002

Uma Libertadores vista como um dos maiores pecados já cometidos pelos deuses do futebol. Em 2002, a maior competição da América do Sul quase viu a zebra pintar todo o continente, mas no fim quem brilhou mesmo foi uma das camisas mais pesadas da história do torneio. No ano do centenário, o Olimpia superou todas as forças possíveis para levar o terceiro título.

No grupo 8 da primeira fase, o Decano paraguaio enfrentou Universidad Católica, Flamengo e Once Caldas. Adversários difíceis, mas o clube conseguiu superar bem as seis partidas. Venceu três e empatou duas, liderando a chave com 11 pontos, superando os chilenos por um, os colombianos por dois e os brasileiros por sete.

Nas oitavas de final, o Olimpia encarou o Cobreloa, ganhando os dois jogos: 2 a 0 em Calama, no Chile, 2 a 1 no Defensores del Chaco. Nas quartas, o clube paraguaio segurou o Boca Juniors, buscando o empate por 1 a 1 na Bombonera, na ida, e vencendo por 1 a 0 no Paraguai, na volta.

Na semifinal, bateu o Grêmio com certa dificuldade, após fazer 3 a 2 no primeiro jogo, em casa, levar 1 a 0 na segunda partida, fora, e vencer por 5 a 4 nos pênaltis.

Na final, o Olimpia enfrentou o São Caetano, clube brasileiro que estava apenas na segunda participação de Libertadores, além de estar só no terceiro ano na primeira divisão nacional. Eles chegaram lá depois de passar por Universidad Católica, Peñarol e América do México. E quase houve o crime. A ida foi no Defensores del Chaco, em Assunção, e os brasileiros venceram por 1 a 0.

A volta aconteceu no Pacaembu, em São Paulo, e o São Caetano saiu na frente do placar no primeiro tempo. O Olimpia renasceu no segundo tempo e virou para 2 a 1, com gols de Gastón Córdoba e Richart Báez. Nos pênaltis, os paraguaios estavam com o emocional mais equilibrado e venceram por 4 a 2. Mauro Caballero converteu a cobrança do tricampeonato.

A campanha do Olimpia:
14 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 19 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Olimpia

Cruzeiro Campeão da Copa Sul-Minas 2002

A última edição da Copa Sul-Minas fez parte do plano que pretendia implantar o calendário quadrienal no futebol brasileiro, em que que os regionais teriam a presença dos clubes grandes e suplantariam os estaduais, que passariam a ter somente os times de menor expressão. A competição foi transformada em liga, com os 16 participantes se enfrentando em turno único. A pior equipe de cada Estado seria rebaixada e substituída pela campeã estadual do ano anterior.
Campeão vigente, o Cruzeiro chegou outra vez com força para buscar o bicampeonato. Sua estreia foi contra o Atlético-PR, vencendo fora de casa por 2 a 0. Foram quatro vitórias nas primeiras rodadas, até o empate por 3 a 3 com o Internacional em Porto Alegre, na quinta rodada. Uma partida inesquecível aconteceu na sexta partida, ao golear o América-MG em casa por 7 a 0. Ao todo, a Raposa conseguiu 11 vitórias, dois empates e duas derrotas em 15 jogos, garantindo a classificação antecipadamente e na liderança, com 35 pontos e seis de vantagem sobre o vice Atlético-PR. Na semifinal, o Cruzeiro eliminou o rival o Atlético-MG ao ganhar por 4 a 2 nos pênaltis, depois de dois empates por 1 a 1.
A final foi contra o Atlético-PR, que era o campeão brasileiro do momento. A primeira partida foi jogada na Arena da Baixada, e a Raposa abriu vantagem ao vencer por 2 a 1. O segundo jogo foi no Mineirão, e com gol do argentino Sorín (que fazia sua despedida do clube), o Cruzeiro venceu por 1 a 0 e garantiu mais um título da Copa Sul-Minas, a última.
O calendário quadrienal foi atropelado pelo Brasileirão de pontos corridos em 2003, os regionais foram descontinuados, os grandes voltaram para sua vida nos estaduais, e um esboço de competição entre Sul e Minas Gerais só seria visto novamente 14 anos depois, com o acréscimo de um sotaque carioca.

A campanha do Cruzeiro:
19 jogos | 13 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 39 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Eugênio Sávio/Placar

Goiás Campeão da Copa Centro-Oeste 2002

A última edição da Copa Centro-Oeste aconteceu em 2002. E foi uma disputa especial, não apenas por representar a terceira conquista seguida para o Goiás, mas também por ter sido a competição com o maior número de jogos e o regulamento mais interessante. Os oito participantes jogaram no formato todos contra todos em dois turnos, com os quatro melhores avançando ao mata-mata.
O Esmeraldino tinha o melhor elenco para suportar a maratona de jogos no torneio de 2002. Apesar disso, a estreia foi com empate por 0 a 0 com o Comercial-MS. Esse tropeço foi um dos raros do clube, que na segunda rodada já derrotava o Palmas no Tocantins por 3 a 0. Foram dez vitórias, dois empates e duas derrotas na primeira fase. Entre os destaques, as vitórias por 3 a 2 sobre o Vila Nova, na quarta rodada, e por 9 a 0 em casa sobre o Serra, na sétima partida, além do empate no outro clássico com o Vila, na 11ª rodada, por 1 a 1. O Goiás assinalou 32 pontos e terminou na liderança do campeonato, fazendo dois a mais que o vice Gama. Na semifinal, mais dois Derbies do Cerrado com o Vila Nova. No primeiro, derrota por 1 a 0. No segundo, a classificação veio com um emocionante triunfo por 4 a 3.
A decisão foi entre alviverdes. Em duas partidas, o Goiás encontrou o Gama, que na semi passou pelo Comercial e na fase inicial impôs o maior revés esmeraldino, uma derrota por 4 a 0 fora de casa na 12ª rodada. Mordido, o Goiás foi à ida no Bezerrão com mais cuidado, mas ainda assim acabou perdendo, por 3 a 2. A volta precisava ser vencida por qualquer placar, já que a melhor campanha era critério de desempate. Mas a regra não foi necessária, pois o Esmeraldino sagrou-se tricampeão da Copa Centro-Oeste ao fazer 3 a 0 no Serra Dourada, gols de Kleyr, Josué e Zé Carlos. 
Na Copa dos Campeões, o Goiás foi bem. Eliminou São Caetano e Atlético-PR na fase de grupos e parou nas quartas de final diante do Cruzeiro.

A campanha do Goiás:
18 jogos | 12 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 41 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Wagner Cabral/O Popular/Futura Press

Paysandu Campeão da Copa Norte 2002

A maior edição da Copa Norte foi também a última a ser realizada. Foram 16 participantes fazendo parte do canto do cisne da competição, em 2002. Para o ano seguinte, a reformulação do Brasileirão para pontos corridos extinguiu todos os regionais existentes. As equipes foram divididas em quatro grupos na primeira fase, seguida por outros dois quadrangulares na segunda fase e a final.
Foi neste torneio que o Paysandu deu início à melhor temporada de sua história. O clube ficou no grupo B, ao lado do Remo e dos amapaenses Independente e São José. A estreia do Papão foi com vitória, por 1 a 0 sobre o Independente, em Macapá. Os clássicos Re-Pa acabaram empatados, por 0 a 0 e por 1 a 1. E nas outras três partidas foram mais duas vitórias e um empate, o que deixou o Paysandu na liderança da chave, com 12 pontos, um a mais que o rival. Na segunda fase, mais dois jogos contra o Remo: derrota por 1 a 0 e vitória por 2 a 1. Os outros adversários foram Moto Club e River, dos quais o Paysandu obteve três vitórias e sofreu outra derrota. Foram mais 12 pontos para o Papão, e desta vez com dois de vantagem sobre o Remo. A vaga na final foi conquistada na última rodada, com 3 a 1 em casa sobre os piauienses.
A final da Copa Norte viu um repeteco do ano anterior, entre Paysandu e São Raimundo-AM. Era a quinta final seguida dos amazonenses, e em 2001 foi o próprio time paraense quem sofreu para o adversário. Mas as coisas foram muito diferentes em 2002. A partida de ida foi disputada no Vivaldão, em Manaus, e terminou com vitória bicolor por 1 a 0. A volta foi no Mangueirão, em Belém, e o Papão tornou a vencer, agora por 3 a 0. A larga soma deu o único título do Norte ao Paysandu.
A história seguiu na Copa dos Campeões, onde o clube sagrou-se campeão em decisão contra o Cruzeiro. E chegou ao auge na Libertadores de 2003, quando o Papão foi até às oitavas de final, chegando a vencer o Boca Juniors na Argentina.

A campanha do Paysandu:
14 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 29 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Paysandu

Real Madrid Campeão Mundial 2002

Tóquio agora faz parte do passado. A partir de 2002, a Copa Intercontinental desembarcaria de vez no século 21. Sequer cogitado para uma reforma, o Estádio Nacional não foi um dos escolhidos para sediar a Copa do Mundo naquele ano, pois o Japão preferiu construir praticamente tudo do zero.

Quatro anos antes, surgira o Estádio Internacional, em Yokohama. Com 73 mil de capacidade e bem mais moderna que a sede olímpica de 1964, a casa do local F. Marinos foi a escolhida para fazer a final do torneio de seleções. Diante da nova realidade, Toyota, UEFA e Conmebol viram no novo estádio uma chance para aumentar ainda mais o nível do Mundial Interclubes, tanto o financeiro quanto o do espetáculo em si. Assim, a disputa mudava de sede pela primeira vez em 22 anos.

O primeiro clube europeu a pisar em Yokohama foi também o primeiro a jogar um Mundial, e um dos últimos a atuar em Tóquio: o Real Madrid. O nono título da Liga dos Campeões foi o início da "Era Galáticos" do time madridista, ainda que nem todos eles jogassem no time na época da decisão, vencida por 2 a 1 sobre o Bayer Leverkusen. Antes, o Real já havia derrubado Porto, Bayern de Munique e Barcelona pelo caminho. A conquista ainda marcava os 100 anos de história do clube.

Pela América do Sul, o Olimpia também coroava seu centenário com o tricampeonato da Libertadores. O clube paraguaio eliminou Cobreloa, Boca Juniors e Grêmio, para fazer a história na final contra a surpresa São Caetano: depois de perder a ida em casa por 1 a 0 e sair perdendo a volta fora, virou para 2 a 1 no segundo tempo e venceu por 4 a 2 nos pênaltis.

Campeão da Europa com Zinedine Zidane e Luís Figo no comando do meio-campo, além de Raúl no ataque, e Roberto Carlos e Fernando Hierro na defesa, o Real Madrid dava continuidade aos Galáticos com as chegadas de Esteban Cambiasso e Ronaldo, que seis meses antes do Mundial fazia os dois gols do Brasil na final da Copa contra a Alemanha. A história do Fenômeno em Yokohama não seria somente a do penta. Em 3 de dezembro, ele voltou ao Internacional para ser o nome do jogo contra o Olimpia, que sentiu a pressão de enfrentar uma verdadeira seleção mundial.

Aos 14 minutos do primeiro tempo, Roberto Carlos lançou para Ronaldo, que na entrada da área driblou um zagueiro e abriu o placar após tocar na saída do goleiro Ricardo Tavarelli. O Fenômeno teve outras chances para aumentar a vantagem espanhola, mas foi o reserva Guti quem fez o 2 a 0, aos 38 do segundo tempo, após aparar de cabeça uma bola cruzada por Figo. Sem sofrer perigos em campo, o Real Madrid levava seu terceiro título mundial, o primeiro da nova casa japonesa.


Foto Masahide Tomikoshi

Bahia Campeão da Copa do Nordeste 2002

Chegamos a 2002. Nesta temporada, os estaduais foram deixados em segundo plano, e os regionais foram a prioridade do futebol brasileiro no primeiro semestre. Não foi diferente com a Copa do Nordeste, que também atingiu o seu ápice neste ano.

Em nome do sucesso, o regulamento de 2001 foi mantido, com a diferença que a fase final seria em jogos de ida e volta. Com o bom elenco da temporada anterior, e o consequente bom Brasileirão realizado depois (8º lugar), o Bahia entrou mai uma vez como o maior favorito ao título.

O Tricolor de Aço fez uma boa campanha na primeira fase, apesar de abaixo da média em relação ao ano anterior. A estreia foi com empate sem gols com o América-RN na Fonte Nova. O primeiro triunfo foi na segunda rodada, também em casa: 3 a 1 sobre o Náutico. Na quarta partida, a primeira das quatro derrotas, por 2 a 1 para o Ceará fora de casa.

Enquanto o Bahia fazia seus pontos necessários para se manter na briga por vaga, seu rival disparava na liderança. Tanto que na nona rodada, o Vitória impôs uma derrota por 3 a 0 ao Tricolor. Foi o período mais complicado do time no campeonato, que também levou 1 a 0 do Fluminense em Feira de Santana. 

A recuperação começou no 11º jogo, ao golear o CSA por 4 a 1 na Fonte Nova, passou pelo suado triunfo de 4 a 3 sobre o Treze na Paraíba no jogo seguinte, e culminou na histórica goleada por 10 a 2 sobre o Confiança em casa, na última rodada. Este resultado ajudou o Bahia a se classificar na vice-liderança com 27 pontos e quatro gols de saldo a mais que o Náutico.

Ainda assim, foram oito ponto a menos que o líder Vitória. Mas no mata-mata a competição zerou. Na semifinal contra o time pernambucano, o Tricolor segurou empate por 0 a 0 nos Aflitos e vencer por 1 a 0 na Fonte Nova. Enquanto isto, o Vitória eliminou o Santa Cruz.

A final da Copa do Nordeste reservou dois Ba-Vis. O primeiro foi na Fonte Nova, onde o trio de ataque Nonato, Robson e Sérgio Alves comandou o triunfo por 3 a 1. Com a vantagem, o Bahia foi ao Barradão no segundo jogo. Sem se descontrolar, o time buscou duas vezes o empate no segundo tempo, sempre com o artilheiro Nonato. Com 2 a 2 no placar, o Bahia chegou ao bicampeonato.

A campanha do Bahia:
19 jogos | 10 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 42 gols marcados | 24 gols sofridos


Foto Edson Ruiz/Placar

Brasiliense Campeão Brasileiro Série C 2002

O ano do penta do Brasil também foi o ano em que uma nova força do futebol despontou, diretamente do Distrito Federal. Com apenas dois anos de fundação, o Brasiliense já havia aprontado naquele 2002 durante a Copa do Brasil, quando eliminou Fluminense e Atlético-MG e foi parado na final contra o Corinthians.

Ao mesmo tempo, o clube foi terceiro colocado estadual e se classificou para a Série C. A competição não diferiu muito em relação às temporadas anteriores. Foram 61 participantes em 16 grupos que variaram entre três e cinco equipes cada.

Naquela primeira fase, o Brasiliense ficou no grupo 9. A estreia foi contra o Anápolis, derrota por 4 a 2 fora de casa. Na sequência, foram dois jogos na Boca do Jacaré com duas goleadas, por 5 a 0 sobre o CFZ e por 4 a 0 sobre o Grêmio Inhumense. No returno, vitória por 4 a 2 sobre o Grêmio Inhumense em Goiás, empate por 0 a 0 com o CFZ em Brasília e vitória por 1 a 0 sobre o Anápolis em casa deram a liderança e a classificação para o Jacaré, com 13 pontos.

Na segunda fase, o enfrentamento foi contra o CENE, o qual derrotou por 4 a 3 no Mato Grosso do Sul e perdeu por 2 a 1 no Distrito Federal. Nos pênaltis, vitória do Brasiliense por 6 a 5. Nas oitavas de final, novamente contra o Anápolis, empate sem gols fora de casa e vitória por 2 a 0 em Taguatinga. Nas quartas foi a vez de encarar o Villa Nova-MG. Venceu por 2 a 1 em Nova Lima e por 2 a 0 na Boca do Jacaré.

Rapidamente, o Brasiliense chegou ao quadrangular final. A luta final pelo acesso foi contra Marília, Ipatinga e Nacional-AM. A estreia foi no interior paulista contra o Marília, e terminou 1 a 1. Contra o Ipatinga em casa, novo empate por 1 a 1. A primeira vitória foi por 1 a 0 sobre o Nacional em Manaus. A série positiva seguiu com outra vitória sobre os amazonenses, agora por 2 a 0 em casa, e com a vitória que consolidou a vaga na segunda divisão, por 3 a 2 sobre o Ipatinga em Minas Gerais.

A partida final seria uma disputa exclusiva pelo título, contra o Marília, pois ambos já haviam conseguido o acesso. O jogo foi no Serra Dourada, em Goiânia. O Brasiliense largou atrás no placar mas empatou com o zagueiro Romildo. O 1 a 1 já servia para o time de Wellington Dias e Túlio Maravilha comemorar o primeiro título de sua meteórica história.

Com a conquista, o Jacaré foi para a Série B e ali permaneceu até 2010, quando caiu e não retornou mais. Antes, em 2005, o clube teve sua única passagem pela primeira divisão nacional.

A campanha do Brasiliense:
18 jogos | 11 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 37 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Carlos Costa/Focal Image/Futura Press

Criciúma Campeão Brasileiro Série B 2002

A Série B de 2002 foi mais uma competição que começou com indefinições. A polêmica começou em 2001, na partida entre Figueirense e Caxias. O time catarinense vencia por 1 a 0 e conquistava o acesso. Nisso, torcedores invadiram o gramado para comemoração antes do apito final. O time gaúcho alegou que o jogo não havia encerrado, e queria a remarcação da partida. A questão se arrastou nos tribunais da vida, mas o resultado foi mantido, o Figueirense subiu e o Caxias permaneceu na segunda divisão.

O campeonato teve o regulamento exatamente igual ao da Série A, com 26 clubes em grupo único, com os oito melhores se classificando ao mata-mata. E antes do início, um outro problema. O Malutrom comunicou desistência da competição, e no seu lugar entrou o Guarany de Sobral, terceiro lugar da Série C anterior. Um ano antes, o time paranaense havia escapado por pouco do rebaixamento, ao lado do Criciúma. O time carvoeiro teria uma história bem diferente naquela Série B.

Liderado por um cara chamado Paulo César, que passaria a se chamar Paulo Baier, o Tigre foi o melhor time da Série B, de cabo a rabo. A estreia foi com vitória em casa sobre o Paulista de Jundiaí por 2 a 0, e a classificação para a fase final foi confirmada com acachapantes 5 a 1 sobre o Sport no Heriberto Hülse, a quatro rodadas do fim. Ao final de 25 rodadas, o Criciúma terminou na liderança, com 51 pontos, 16 vitórias, três empates e seis derrotas. Também foram ao mata-mata, Sport, Fortaleza, Santa Cruz, Avaí, América-MG, Paulista e Remo.

Nas quartas de final, o Tigre enfrentou o time paraense, oitavo colocado. No Baenão, o Criciúma não resistiu e perdeu de virada por 2 a 1. A situação foi revertida no Heriberto Hülse, com a goleada por 4 a 0. Depois do Remo, o adversário foi o Santa Cruz. A semifinal foi aberta no Arruda, e o Criciúma venceu por 1 a 0. O acesso foi consumado com outra vitória por 3 a 0 em casa.

A final foi contra o Fortaleza. Na ida no Castelão, um susto, e a derrota por 2 a 0 deixou tudo com tons dramáticos. Foi na volta que apareceu o protagonismo de Paulo Baier. Precisando devolver o resultado, o então lateral-direito marcou três vezes e o Criciúma venceu por 4 a 1, conquistando assim o título da Série B de 2002, a segunda taça nacional do clube.

A campanha do Criciúma:
31 jogos | 20 vitórias | 3 empates | 8 derrotas | 58 gols marcados | 39 gols sofridos


Foto Cristiano Andujar/Placar

Paysandu Campeão da Copa dos Campeões 2002

A Copa dos Campeões teve um estrondoso sucesso nas duas primeiras edições, juntamente com os torneios regionais. Na temporada de 2002, essas competições assumiram o protagonismo do primeiro semestre, com os estaduais ficando exclusivamente paras as equipes pequenas. Em sua competição, a CBF aumentou o número de vagas de nove para 16 e o de sedes de duas para quatro, mantendo a vaga para a Libertadores ao campeão.

Mesmo sendo lucrativa, esta foi a última edição da copa, que foi extinta por falta de espaço no calendário de 2003, sendo suplantada pelo Brasileirão de pontos corridos. E esta edição foi especial para o Paysandu, que rumou para o maior título de sua história e a honra de ser o primeiro clube do Norte a ir para a maior competição da América do Sul.

Por causa do inchaço, a Copa dos Campeões teve uma fase de grupos. Cinco equipes vieram do Torneio Rio-SP, quatro da Copa Sul-Minas, três da Copa do Nordeste, uma da Copa Centro-Oeste, uma da Copa Norte, e a última vaga foi do campeão vigente, o Flamengo. O Papão ficou no grupo A, jogado todo no Mangueirão, em Belém. O Paysandu estreou contra o Corinthians, e empatou em 1 a 1. Na segunda rodada, novo empate sem gols com o Fluminense. Na última rodada, venceu o Náutico por 3 a 2 e se classificou na liderança com cinco pontos.

O Paysandu enfrentou nas quartas de final o Bahia, vice do grupo D. Venceu o confronto por 2 a 1 e foi para a semifinal. Contra o Palmeiras, o Papão jogou empurrado por sua torcida e se classificou para a final ao vencer por 3 a 1. A final seria em duas partidas contra o Cruzeiro, que passou pelo Flamengo.

O jogo de ida da final foi no Mangueirão, mas o Paysandu não conseguiu manter o embalo em casa e acabou derrotado por 2 a 1. O favoritismo era mineiro, e o jogo de volta foi em Fortaleza, no Castelão. As coisas melhoraram por lá, mesmo com o time bicolor largando atrás no placar. O atacante Vandick marcou três gols e o Paysandu venceu por 4 a 3, forçando a disputa de pênaltis.

Nas cobranças, o Cruzeiro se perdeu e errou as três primeiras. Já o Papão acertou as três e nem precisou cobrar as restantes. Por 3 a 0, o Paysandu se sagrou campeão dos campeões em 2002 e conseguiu ir para sua única Libertadores em 2003, onde chegou a derrotar o Boca Juniors em La Bombonera.

A campanha do Paysandu:
7 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 14 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto José Leomar/Placar

Santos Campeão Brasileiro 2002

O Campeonato Brasileiro de 2002 foi o último em que o regulamento contou um sistema de mata-mata e uma final. Foram 26 os participantes da competição, que para variar, contou com polêmica antes do início. Figueirense e Caxias disputaram no tribunal uma das vagas na primeira divisão. O time gaúcho tentou jogar novamente o fim da partida contra o Figueirense, na última rodada do quadrangular final da Série B de 2001.

Tudo porque torcedores do time catarinense invadiram o gramado antes do fim do segundo tempo, o que fez com que o árbitro encerrasse antes do fim. No entanto, o resultado final do confronto foi mantido e o Figueirense ratificou o acesso. Resolvida a questão, o torcedor viu em campo surgir uma geração jovem de craques no time do Santos. Robinho, Diego, Elano e Alberto ajudaram o time paulista a quebrar 34 anos de jejum de taças nacionais.

Mas a garotada santista demorou a embalar, chegando até a frequentar a 19ª posição nas primeiras rodadas. A classificação só foi obtida no último jogo. Apesar da derrota por 3 a 2 para o São Caetano, um revés do Coritiba para o Gama ajudou o Alvinegro Praiano na tabela.

O Santos ficou em oitavo lugar, com 11 vitórias, seis empates e oito derrotas, fazendo 39 pontos em 25 rodadas. Foram 13 pontos a menos que o líder da fase, o São Paulo. São Caetano, Corinthians, Juventude, Grêmio, Atlético-MG e Fluminense foram os demais classificados. Embaixo, Palmeiras e Botafogo foram os times grandes rebaixados.

Nas quartas de final, o Peixe enfrentou justamente o São Paulo. Na Vila Belmiro, o Santos se mostrou amadurecido e abriu vantagem de 3 a 1 sobre a melhor campanha até então. E no Morumbi, o time voltou a vencer, de virada, por 2 a 1. Na semifinal, o adversário foi o Grêmio. Em atuação de luxo, o Santos fez 3 a 0 em casa na partida de ida. No Olímpico, os gaúchos até tentaram, mas o Santos perdeu apenas por 1 a 0 e se classificou para a final.

A última final da história do Brasileiro foi o clássico entre Santos e Corinthians, ambas as partidas no Morumbi. No jogo de ida, o Peixe não deu chance ao rival e venceu por 2 a 0. O jogo de volta foi um dos mais movimentados em finais. Robinho deu as famosas "pedaladas" e foi o protagonista da vitória de virada por 3 a 2, com o último sendo marcado nos acréscimos da etapa final. Assim, o Santos conquistou seu sétimo título nacional, o último da era do mata-mata.

A campanha do Santos:
31 jogos | 16 vitórias | 6 empates | 9 derrotas | 59 gols marcados | 41 gols sofridos


Foto Renato Pizzutto/Placar

Corinthians Campeão da Copa do Brasil 2002

No ano do penta mundial, em 2002, a Copa do Brasil quase viu acontecer a maior zebra de todos os tempos do futebol nacional. Na ocasião, ela atendeu pelo nome Brasiliense Futebol Clube, clube fundado em 2000 e situado em Taguatinga, região administrativa do Distrito Federal. Foi por pouco, mas muito pouco, que a equipe não foi campeã da segunda maior competição brasileira com menos de dois anos de fundação.

No fim, o título acabou ficando mesmo com o Corinthians, que sagrou-se bicampeão. Resignado pelo vice em 2001, o clube paulista trouxe para o comando técnico um nome de peso: Carlos Alberto Parreira, que pela primeira vez desde 1982 não ia treinar uma seleção dentro da Copa do Mundo. Sorte corinthiana.

Na primeira fase, o Timão enfrentou o River, do Piauí, e venceu os dois jogos. Na ida, 2 a 1 em Teresina, no Estádio Albertão. Na volta, 2 a 0 no Pacaembu. Na segunda fase foi a vez de passar pelo Americano, do Rio de Janeiro, em uma só partida: 6 a 2 no Godofredo Cruz, em Campos dos Goytacazes, dispensando a necessidade da volta em São Paulo.

Nas oitavas de final, o adversário do Corinthians foi o Cruzeiro, em duas partidas complicadas. No primeiro jogo, no Morumbi, o time alvinegro apenas empatou por 2 a 2, ficando assim na dependência de ganhar fora de casa. E conseguiria fazer isso lá no Mineirão, por 3 a 2. Nas quartas, foi a vez de eliminar o Paraná, com vitória por 3 a 1 no Pacaembu e derrota por 1 a 0 em Curitiba.

Na semifinal, dois clássicos majestosos contra o São Paulo. Que na verdade eram quatro, pois eles também estavam na final do Torneio Rio-São Paulo. E deu Corinthians em ambas competições. Na Copa do Brasil, vitória por 2 a 0 na ida e derrota por 2 a 1 na volta, tudo dentro do Morumbi. Deivid foi o autor do gol que colocou o Timão na decisão nacional.

A final da Copa do Brasil 2002 foi entre Corinthians e Brasiliense. Os candangos assombraram o país ao superarem Vasco-AC, Náutico, Confiança, Fluminense e Atlético-MG. O primeiro jogo aconteceu no Morumbi, e o Timão venceu apertado, por 2 a 1. Os dois gols foram anotados por Deivid. A volta foi na Boca do Jacaré, em Taguatinga. O Brasiliense abriu o placar no primeiro tempo, e estava com a mão na taça devido a regra do gol fora de casa. Mas Deivid, de novo, marcou 1 a 1 no segundo tempo e deu o título ao Corinthians.

A campanha do Corinthians:
11 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 24 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians