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Barcelona Campeão da Recopa Europeia 1997

A última edição da Recopa Europeia com pompa aconteceu em 1997. O motivo foi porque a UEFA decidiu que, a partir de 1998, a Liga dos Campeões seria expandida com mais vagas para os principais países. Logo, quem garantia lugar para ambas competições optaria pela principal, esvaziando a copa das vencedores de copas. Mas isto será explicado melhor mais tarde. Por ora, sobra o fato de que o torneio recebeu mais um participante, aumentando de 48 para 49.

Foi também em 1997 que o Barcelona consolidou-se de vez como o maior ganhador da Recopa, com o tetracampeonato, na primeira temporada após a saída do técnico Johann Cruyff, que deu lugar a Bobby Robson, e no período em que Ronaldo (ainda Ronaldinho) tornou-se o melhor jogador do mundo.

Vice da Copa do Rei de 1996, o Barça herdou a vaga do campeão Atlético de Madrid, que também venceu a liga espanhola e foi para a Champions. A campanha teve início na primeira fase, contra o AEK Larnaca, do Chipre, o qual venceu por 2 a 0 em casa e empatou sem gols fora de casa.

Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Estrela Vermelha, com vitória por 3 a 1 no Camp Nou e empate por 1 a 1 na Iugoslávia. Nas quartas, a vítima foi o AIK, da Suécia, com os mesmos placares: 3 a 1 em casa e 1 a 1 fora. Aqui, Giovanni, Ronaldo e Luís Figo brilharam com três, dois e um gol, respectivamente. Os outros dois tentos foram marcados por Gheorghe Popescue Juan Antonio Pizzi.

A semifinal foi disputada contra a Fiorentina. A ida aconteceu no Camp Nou, mas os blaugranas ficaram apenas no empate por 1 a 1, gol anotado por Miguel Ángel Nadal. A classificação veio com vitória na Itália, no Artemio Franchi, por 2 a 0, fols de Fernando Couto e Pep Guardiola, um prodigioso volante.

Em sua sexta final de Recopa, o Barcelona encarou o Paris Saint-Germain, defensor do título e que bateu Vaduz, Galatasaray, AEK Atenas e Liverpool. No De Kuip, em Rotedã, os dois times fizeram uma partida dura, que foi decidida num pênalti aos 37 minutos do primeiro tempo. Ronaldo converteu e o Barça foi tetra invicto  com 1 a 0 no placar.

A campanha do Barcelona:
9 jogos | 5 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Professional Sport/Popperfoto/Getty Images

River Plate Campeão da Supercopa Libertadores 1997

A última edição da Supercopa Libertadores aconteceu em 1997. Coincidentemente, foi a mais longa de todas, com 60 partidas. Quase o dobro em relação a 1995 e 1996, que tiveram 34. Isso aconteceu porque a Conmebol adotou um regulamento com fase de quatro grupos. Na verdade, a ideia era reduzir a competição para 12 times em 1998, rebaixando o lanterna de cada chave, mas tudo foi cancelado.

Antes, a Supercopa contou com uma fase preliminar entre três times: Nacional do Uruguai, Peñarol e Vasco, que teve o título sul-americano de 1948 pela Conmebol. Por outro lado, o Argentinos Juniors foi vetado da disputa por estar na segunda divisão argentina, então o número final de participantes seguiu em 17. Na pré-Supercopa, Vasco e Peñarol avançaram.

Os brasileiros entraram no grupo 3, junto com o River Plate, que acabou como último campeão da Supercopa. Também jogaram Racing e Santos. A campanha millonaria começou com três vitórias no Monumental: 3 a 2 sobre Racing e Santos, além do histórico 5 a 1 sobre o Vasco. no returno fora de casa, o River fez outro 3 a 2 no rival local, perdeu por 2 a 1 para os paulistas e venceu por 2 a 0 os cariocas. Com 15 pontos, a equipe levou a classificação à semifinal.

O adversário seguinte do River foi o Atlético Nacional. A primeira partida aconteceu em Buenos Aires, e os millonarios venceram por 2 a 0, com dois gols de Marcelo Salas. O segundo jogo foi no Atanasio Girardot, e a vaga na final veio com derrota por 2 a 1.

Na final, o River Plate encarou o São Paulo, que passou por Flamengo, Olimpia, Vélez Sarsfield e Colo-Colo. A ida foi disputada no Morumbi, mas nenhum dos times saiu do 0 a 0. A volta aconteceu no Monumental. O primeiro tempo ficou igual a partida anterior, sem gols. No segundo, Salas abriu o placar já no primeiro minuto. Aos oito, os brasileiros empataram. Porém, Salas anotou mais um aos 13, e a vitória por 2 a 1 permaneceu até o fim. River Plate campeão.

A campanha do River Plate:
10 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/River Plate

Schalke 04 Campeão da Liga Europa 1997

O fim da década de 1990 foi de transições na Copa da UEFA. Em 1995, houve o aumento no número de times, vindos da Liga dos Campeões. Em 1996, a Copa Intertoto também passou a classificar seus vencedores. E em 1997, a UEFA faria pela última vez a decisão em dois jogos. Tudo isso visava uma mudança maior: a fusão com a Recopa, que já não fazia sentido sem a presença da maior parte dos ganhadores da copas (que estavam na Liga dos Campeões devido a vices ou terceiros lugares na ligas).

Melhor para a Copa da UEFA, que ganhava mais olhares e mais fases. Em 1997, foram duas preliminares. Quem chegou ao título foi o Schalke 04, no que ficou marcado por um pequeno domínio alemão em meio à hegemonia italiana, já que o Bayern de Munique tinha sido o vencedor em 1996. Foi a taça mais importante que "die königsblauen" (os azuis reais) obteve em sua história.

A jornada do Schalke iniciou na primeira fase, contra o Roda JC, da Holanda. No primeiro jogo, no antigo Parkstadion, em Gelsenkirchen, vitória por 3 a 0 com dois gols de Marc Wilmots, o principal nome da equipe. Na segunda partida, empate por 2 a 2 fora de casa. Na segunda fase, foi a vez de passar pelo Trabzonspor, com triunfo por 1 a 0 em casa, e empate por 3 a 3 na Turquia.

O adversário do Schalke nas oitavas de final foi o Club Brugge. A primeira partida aconteceu na Bélgica, e os alemães acabaram derrotados por 2 a 1. O segundo jogo foi em Gelsenkirchen, e o time alemão se classificou com vitória por 2 a 0, gols de Martin Max e Youri Mulder. Nas quartas, foi a vez de eliminar o Valencia ao ganhar novamente por 2 a 0 em casa, e empatar por 1 a 1 na Espanha.

A semifinal foi contra o Tenerife, surpreendente time da Espanha. A primeira partida foi disputada nas longínquas Ilhas Canárias, em Santa Cruz. Mas, com um tento sofrido muito cedo, o Schalke saiu com a derrota por 1 a 0. O segundo jogo aconteceu no Parkstadion. Thomas Linke abriu o placar aos 23 minutos do segundo, o que forçou a prorrogação no confronto. Wilmots fez 2 a 0 no segundo minuto da etapa extra decisiva e colocou o time alemão na histórica decisão.

A final da Copa da UEFA foi entre Schalke 04 e Internazionale, que passou por Guingamp, Grazer (Áustria), Boavista, Anderlecht e Monaco. A ida foi em Gelsenkirchen, e o dono da casa conseguiu a vantagem por 1 a 0, gol anotado por Wilmots aos 25 do segundo tempo. A volta foi no San Siro. Os alemães quase conseguiram segurar o empate, mas levaram 1 a 0 dos italianos a seis minutos do fim. Nos pênaltis, Jens Lehmann pegou um e outro italiano foi para fora. Ninguém do Schalke errou, e a vitória por 4 a 1 confirmou a conquista inédita.

A campanha do Schalke 04:
12 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 18 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Bongarts/Getty Images

Atlético-MG Campeão da Copa Conmebol 1997

O título da Copa Conmebol voltou para o Brasil em 1997. Foi por meio do Atlético-MG, cinco anos após a primeira conquista e dois anos após a inexplicável derrota para o Rosario Central. Neste ano, a CBF mudou parte da distribuição das vagas. Duas delas seguiram nas mãos dos melhores do Brasileirão fora da Libertadores e da Supercopa.

As outras duas vagas foram transferidas para os campeões das recém-criadas Copa do Nordeste e Copa Norte, numa maneira de fomentar o futebol das regiões e popularizar os torneios. Vitória e Rio Branco-AC foram os primeiros classificados. Pelo Brasileiro, a Portuguesa acompanhou o Galo.

E as oitavas de final da Conmebol marcou exatamente o encontro entre o Atlético com a Lusa. A classificação mineira foi encaminhada logo na ida, com a goleada por 4 a 1 no Canindé. Na volta, no Mineirão, empate por 0 a 0. Foi a vingança do alvinegro depois de ser eliminado pelos paulistas na semifinal do Brasileiro de 1996.

Nas quartas, o adversário do Galo foi o América de Cali. Na ida, na Colômbia, vitória por 2 a 1. Na volta, em Belo Horizonte, outro empate segurado, desta vez por 1 a 1. A semifinal contra o Universitario, do Peru, foi bem tranquila. Depois de fazer 2 a 0 em Lima na primeira partida, o Galo aumentou a vantagem aplicando 4 a 0 na segunda partida, em casa.

A final da Copa Conmebol foi contra o Lanús, defensor da taça e que eliminou Real Santa Cruz, Vitória e Colón. A ida foi disputada na Argentina, em La Fortaleza, Os hermanos até saíram na frente do placar. Mas o Atlético virou para 4 a 1 com tranquilidade, com gols de Bruno, Marques e Valdir Bigode, além de um contra de Juan Serrizuela. Mas a partida ficou mais marcada pela revolta local. Após o término, torcida e time cercaram a delegação atleticana e agrediram jogadores e comissão técnica.

A volta ocorreu no Mineirão. Administrando a vantagem, o Galo fez um gol com Jorginho logo aos 10 minutos do primeiro tempo. O Lanús só deu sinal de vida a três minutos do fim. Com o 1 a 1 no placar, o Atlético-MG ergueu sua segunda taça da Conmebol. É o único clube que conseguiu mais de uma vez a faturar a competição.

A campanha do Atlético-MG:
8 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 18 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Paulo Filgueiras/EM/D.A Press

Santos Campeão do Torneio Rio-São Paulo 1997

A volta do Torneio Rio-São Paulo em 1993 fez sucesso. Mas circunstâncias de calendário impediram a continuidade da organização durante alguns anos, como a disputa da Copa do Mundo de 1994 e outras competições amistosas e mais rentáveis. O retorno definitivo aconteceu em 1997, desta vez no início de temporada. O regulamento escolhido foi o mata-mata a partir de quartas de final. Nenhum dos oito times grandes abdicou da sua vaga.
O torneio ficou marcado pelo teste de regras, como a parada técnica na metade dos tempos e a cobrança de tiros livres diretos na mesma posição a partir da 15ª falta cometida. Nenhuma delas foi aprovada, e o que ficou lembrado mesmo foi a quebra de fila do Santos, que há 13 anos não comemorava um título. O adversário do Peixe nas quartas de final foi o Vasco, com o qual empatou nas duas partidas: 2 a 2 no Morumbi e 3 a 3 em São Januário. Nos pênaltis, a classificação alvinegra veio com 7 a 6 nas cobranças. 
Na semifinal, contra o Palmeiras, o Santos abriu o confronto com grande vitória por 3 a 1 em pleno Palestra Itália. Na volta, em Presidente Prudente, o rival até chegou a vencer por 1 a 0, mas o saldo de gols garantia a vaga santista na final.
A última disputa do curto campeonato foi contra o Flamengo, com o primeiro jogo marcado para o Morumbi. Em ótima atuação, o Santos dominou os cariocas a conseguiu vantagem ao vencer por 2 a 1. Era preciso segurar a onda na segunda partida, no Maracanã. Anderson Lima abiu o placar para o Peixe aos 33 minutos, mas o adversário virou ainda no primeiro tempo, aos 37 e 45.
A decisão estava indo aos pênaltis, até que, aos 32 do segundo tempo, Juari marcou um golaço e empatou por 2 a 2. A conquista do Torneio Rio-São Paulo desafogou o grito do torcedor e somou a quinta e última taça do Santos da competição.

A campanha do Santos:
6 jogos | 2 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 12 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Pisco Del Gaiso/Placar

Borussia Dortmund Campeão da Liga dos Campeões 1997

Depois de vários anos frenéticos, a Liga dos Campeões ganhou um pouco de sossego. De 1996 para 1997, nenhuma vírgula foi alterada. Nem no regulamento, na pontuação ou no número de participantes. O maior torneio da Europa manteve os traços competitivos e - por que não? -imprevisíveis.

E naquele 1997, a Champions ganhou mais um clube para a galeria dos vencedores: o Borussia Dortmund. O clube devolveu a Alemanha ao topo europeu após 14 anos com uma campanha de dar inveja. No início, o time ficou no grupo B, junto com Steaua Bucareste, Widzew Lodz (Polônia) e Atlético de Madrid. Em seis partidas disputadas, foram 13 pontos conquistados, com quatro vitórias, um empate e a classificação fácil.

A vaga foi obtida na quinta rodada, no empate por 2 a 2 com os poloneses fora de casa. Mas apesar do alto aproveitamento, o BVB não foi o líder da chave, pois perdeu no saldo de gols (8 a 6) para o adversário da Espanha. Nem mesmo os 5 a 3 sobre os romenos do Steaua na última rodada, em casa, foram capazes de alterar o quadro.

Nas quartas de final, o Borussia enfrentou o Auxerre, da França. O primeiro jogo foi em Dortmund, no Westfalenstadion, e terminou 3 a 1 para os alemães. A segunda partida aconteceu fora de casa, com vitória por 1 a 0 para os visitantes. A semifinal foi contra o Manchester United. A ida foi de novo em casa, e o BVB venceu por 1 a 0. A volta ocorreu no Old Trafford, e o time alemão repetiu o placar para conseguir um lugar inédito na final.

A decisão foi contra a Juventus, defensora do título que bateu Rapid Viena, Fenerbahçe, Rosenborg (Noruega) e Ajax. E tal qual em 1996, a partida foi realizada em território semi-neutro - no caso, o Estádio Olímpico de Munique. Categórico, o Borussia Dortmund foi campeão ao vencer por 3 a 1. Aos 29 minutos do primeiro tempo, Karl-Heinz Riedle abriu o placar. Aos 34, o mesmo Riedle ampliou. Os italianos descontaram aos 20 do segundo tempo, mas Lars Ricken fechou a conta aos 26.

A campanha do Borussia Dortmund:
11 jogos | 9 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 23 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images

Brasil Campeão da Copa das Confederações 1997

Depois de duas edições exitosas, a Copa do Rei Fahd partiu para sua terceira competição em 1997. Mais do que isso, o sucesso chamou a atenção da FIFA, que organizou o torneio em conjunto com os sauditas. Foi o primeiro passo para a entidade criar uma alternativa um ano antes e um depois da sua Copa do Mundo.
O campeonato foi rebatizado: Copa das Confederações. E foi feita mais uma expansão no número de participantes, de seis para oito, com a adição dos campeões da Oceania e da próprio Mundial de seleções. Austrália e Brasil ocuparam estas vagas, juntando-se à Arábia Saudita, Emirados Árabes, África do Sul, México, Uruguai e República Tcheca (que substituiu a Alemanha).
Com a dupla Ronaldo e Romário no auge do entrosamento, a Seleção Brasileira entrou de longe com a maior favorita ao título. No grupo A, estreou com vitória por 3 a 0 sobre a anfitriã Arábia Saudita. Na segunda rodada, porém, o time não saiu do 0 a 0 com a Austrália e adiou a classificação. No confronto direto com o México, no terceiro jogo, os jogadores passaram um pouco de aperto, mas venceram por 3 a 2 e garantiram a liderança da chave, com sete pontos. Os australianos, que arrancaram uma vitória por 3 a 1 dos mexicanos na estreia ficaram com a outra vaga, com quatro pontos. O México morreu com três pontos, assim como os sauditas.
No grupo B, o Uruguai dominou com três vitórias e nove pontos. A República Tcheca se complicou no empate com a África do Sul na estreia, mas passou em segundo com quatro pontos. Os Emirados Árabes somaram três e os sul-africanos, apenas um.
Na semifinal, o Brasil encarou os tchecos e venceu por 2 a 0, gols de Romário e Ronaldo. No outro lado, a Austrália surpreendeu o time uruguaio e fez 1 a 0 no gol de ouro da prorrogação. Na disputa do terceiro lugar, a República Tcheca venceu o Uruguai por 1 a 0.
Em mais um campeonato com todas as partidas no Estádio King Fhad, em Riad, brasileiros e australianos fizeram a final. E se na primeira fase faltaram gols no confronto, na decisão eles sobraram para o time canarinho. Com três tentos de Ronaldo e outros três de Romário, o Brasil goleou por 6 a 0 e levou seu primeiro de quatro títulos na Copa das Confederações.

A campanha do Brasil:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 14 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Karel Novák/Getty Images

Cruzeiro Campeão da Libertadores 1997

A segunda metade dos anos 90 marcou o maior domínio brasileiro visto na Libertadores até então. Foram quatro títulos em cinco edições entre 1995 e 1999. A jornada iniciada pelo Grêmio só foi quebrada em 1996, com o River Plate. Dali para frente o país emendou três taças, começando pelo Cruzeiro em 1997.

O clube quebraria uma fila de 21 anos no torneio, o qual garantiu sua vaga ao vencer a Copa do Brasil do ano anterior. Ao lado do Grêmio e dos peruanos Alianza Lima e Sporting Cristal, a Raposa ficou no grupo 4.

Mas o começo do clube mineiro foi péssimo: derrotas por 2 a 1 para o Grêmio, em pleno Mineirão, e mais duas por 1 a 0 para o Alianza e o Cristal, em Lima. A recuperação cruzeirense aconteceu a tempo com três vitórias no returno, por 1 a 0 sobre o Grêmio no Olímpico, por 2 a 0 sobre o Alianza Lima e 2 a 1 sobre o Sporting Cristal, as duas no Mineirão. Com nove pontos, o time ficou em segundo lugar, três pontos atrás dos gaúchos e um à frente do Cristal.

E quem pensa que as coisas seriam mais fáceis no mata-mata se enganou. O Cruzeiro enfrenou o El Nacional, do Equador, nas oitavas de final. Perdeu por 1 a 0 em Quito e fez 2 a 1 em Belo Horizonte, se classificando ao vencer por 5 a 3 nos pênaltis.

Nas quartas, em novos encontros com o Grêmio, a Raposa venceu por 2 a 0 no Mineirão e perdeu por 2 a 1 no Olímpico. A semifinal foi contra o Colo Colo. No Mineirão, vitória simples por 1 a 0. Em Santiago, o time chileno aplicou 3 a 2 e o Cruzeiro precisou novamente dos pênaltis, vencendo por 4 a 1.

Na final, o reencontro com o Sporting Cristal, que eliminou Vélez Sarsfield, Bolívar e Racing. A partida de ida foi em Lima, e o time treinado por Paulo Autuori segurou o 0 a 0 no placar. Foi o único jogo sem derrota que o Cruzeiro teve como visitante em toda a competição.

A volta foi em Belo Horizonte, e 95 mil torcedores viram no Mineirão o time de Dida, Palhinha, Ricardinho e Marcelo Ramos conseguir a vitória por 1 a 0, gol marcado por Elivélton. Mesmo com os problemas e as críticas, o Cruzeiro conquistava o bicampeonato da Libertadores.

A campanha do Cruzeiro:
14 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 6 derrotas | 15 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Eugênio Sávio/Placar

Brasil Campeão da Copa América 1997

A concorrida década de 90 foi marcada por surpresas, inícios e quedas de tabu na Copa América. Dois destes fatos aconteceram na edição de 1997, sediada na Bolívia. Houve muita reclamação por parte de várias seleções com a escolha, pois a maioria dos estádios escolhidos localizavam-se nas grandes altitudes bolivianas, como La Paz (3.637 metros), Oruro (3.702), Sucre (2.810) e Cochabamba (2.582). O ar rarefeito fez certa diferença nas eliminações do Uruguai, na primeira fase, e da Argentina, contra o Peru nas quartas de final. Acerca disto, a competição teve um novo estreante, a convidada Costa Rica.
Só um fator ficou inalterado no torneio: o favoritismo do Brasil. Atuando na única cidade ao nível do mar - Santa Cruz de la Sierra -, a seleção Canarinho estava disposta a dar um fim no incômodo de nunca ter vencido a competição fora de seu país. E sob a liderança ofensiva da dupla Ronaldo e Romário, todos "engoliram" o título do time do técnico Zagallo. No grupo C, a estreia foi com uma tranquila goleada por 5 a 0 sobre a Costa Rica. A dificuldade subiu contra o México, uma sofrida vitória de virada por 3 a 2. Com a classificação garantida, a equipe bateu a Colômbia por 2 a 0 na rodada final e encerrou na liderança, com nove pontos. Nas quartas de final, nova vitória por 2 a 0, agora sobre o Paraguai. E na semifinal, o Brasil aplicou impiedosos 7 a 0 sobre o Peru.
O adversário brasileiro na decisão foi a Bolívia, que até ali despachou Uruguai, Colômbia e México. Se a seleção tinha feito todos os jogos no "bem-ventilado" Ramón Aguilera, em Santa Cruz, agora teria de subir o morro até o Hernando Siles, em La Paz, onde os bolivianos atuaram em todas as partidas. O problema já era previsto, mas a qualidade técnica muito maior por parte do Brasil atenuou a questão da falta de fôlego. O primeiro gol demorou para sair, e foi com Denílson aos 40 minutos do primeiro tempo. Aos 45, a Bolívia empatou e conseguiu deixar o jogo amarrado. Mas os brasileiros souberam se poupar e os gols da vitória aconteceram no segundo tempo. Antes com Ronaldo, aos 34 minutos, e depois com o substituto Zé Roberto, aos 45 minutos. A vitória por 3 a 1 trouxe o penta com 100% de aproveitamento e, finalmente, a primeira taça estrangeira da Copa América para o Brasil.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 22 gols marcados | 3 gols sofridos 


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Rio Branco-AC Campeão da Copa Norte 1997

A região Norte do Brasil é historicamente a menos bem-sucedida com o futebol. Mas isso não impediu os clubes de lá a tentarem buscar suas próprias competições. A primeira de destaque foi o Torneio do Norte, que fazia parte do Torneio Norte-Nordeste, entre 1968 e 1970. Antes, de 1959 a 1967, os times nortistas e nordestinos jogavam a Zona Norte da Taça Brasil, com o campeão avançando às quartas de final. Entre 1975 e 1990, também houve o Torneio Integração da Amazônia, disputado com equipes dos antigos Territórios Federais do Acre, Amapá, Rio Branco (Roraima) e Guaporé (Rondônia). Mas foi só em 1997 que a região passaria a ter uma competição de fato, sem ficar pendurada em outra e que reunisse a maioria dos Estados: a Copa Norte.

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A Copa Norte de 1997 foi criada pela CBF no início da onda dos campeonatos regionais do fim do século 20. Ela valia vaga na Copa Conmebol para seu campeão e foi disputada por times de seis Estados da região, mais Maranhão e Piauí. O Tocantins foi a ausência notada no início, e o local acabaria incluído com as equipes do Centro-Oeste anos depois. Foram dez times qualificados pelos estaduais, divididos em dois grupos de cinco e atuado em turno único.
Vice acriano em 1996, o Rio Branco-AC entrou no torneio ao lado o Independência, o terceiro colocado (o campeão Juventus abriu mão de seu lugar). O time alvirrubro ficou no grupo B, sediado na sua própria cidade, a homônima Rio Branco. O começo foi na segunda rodada, já que a folga veio logo na estreia: no José de Melo, apenas 0 a 0 com o Ji-Paraná. A primeira vitória foi no jogo seguinte, por 1 a 0 sobre o Baré. Só o líder da chave avançava, e o Rio Branco arrancou rumo à final com vitórias por 1 a 0 sobre o Independência e por 4 a 1 sobre o Nacional-AM. Com dez pontos, ficou dois à frente do Ji-Paraná.
A decisão da primeira Copa Norte foi entre Rio Branco e Remo, que no grupo A (com sede em Belém) venceu todas as partidas e ficou com cinco pontos a mais que o Imperatriz. O jogo de ida foi no José de Melo, e terminou com empate sem gols. A volta não seria fácil, pois o clube paraense era o favorito e a peleja seria disputada no Mangueirão. Mas o Estrelão vivia um dos melhores momentos da sua história e não ligou para os fatores externos. A equipe venceu a derradeira por 2 a 1 e conquistou a Copa Norte, seu principal título e o único do Acre em competições sem contar os óbvios estaduais.
E na Copa Conmebol o Rio Branco quase surpreendeu: contra o Deportes Tolima, perdeu a ida fora por 2 a 1 e venceu a volta em casa por 1 a 0. Porém, como não havia a regra do gol fora de casa, derrota nos pênaltis por 3 a 1 eliminou o time nas oitavas.

A campanha do Rio Branco-AC:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 8 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Francisco Chagas/Placar

Borussia Dortmund Campeão Mundial 1997

O futebol pós-Lei Bosman viveu um período de adaptações no fim da década de 90. Os clubes com maior poder de investimento começavam a esboçar um distanciamento em relação às equipes com menos cacife financeiro. A Liga dos Campeões da Europa veria cada vez menos títulos de equipes "nacionais", como Steaua Bucareste, Estrela Vermelha e Ajax.

A edição de 1997 da sempre querida Champions foi uma das últimas a ter como campeão um clube da segunda prateleira do futebol no Velho Continente. Era uma época em que ainda os países levavam apenas uma vaga na competição, e a alemã ficou com o Borussia Dortmund. Para chegar à conquista inédita, o time precisou eliminar Auxerre e Manchester United no mata-mata, e vencer a Juventus na decisão, por 3 a 1.

No lado sudaca, a Libertadores viu uma campanha de recuperação chegar ao título. O Cruzeiro conseguiu o bicampeonato depois de estar quase eliminado na fase de grupos. A equipe perdeu os três primeiros jogos, mas recuperou-se no returno, compensado com três vitórias. Depois, a Raposa eliminou El Nacional, Grêmio e Colo-Colo, sempre vencendo em casa e perdendo fora. A única fase sem derrota foi a própria final, contra o Sporting Cristal: 0 a 0 na ida e 1 a 0 na volta.

Os clubes chegariam à Copa Intercontinental com mudanças no banco de reservas. No BVB, Ottmar Hitzfeld deu lugar ao italiano Nevio Scala. Já no Cruzeiro, Paulo Autuori foi substituído por Nelsinho Baptista. Dentro do campo, os times agiram de maneira oposta. Enquanto o Borussia manteve quase todos os titulares, o clube mineiro afundou no caos: brigou para não cair no Brasileiro e contratou jogadores para atuar apenas no Mundial. Bebeto, Gonçalves e Donizete foram integrados ao elenco com poucos dias para treinos e entrosamento.

A atitude cruzeirense descaracterizou a base titular, pois Nonato, Wilson Gottardo (capitão da equipe) e Marcelo Ramos foram sacados em prol dos "contratados". Houve ainda um quarto atleta de aluguel, Alberto Valentim, mas este ficou na reserva.

O Nacional de Tóquio recebeu BVB e Cruzeiro no dia 2 de dezembro. O time alemão, muito mais organizado, dominou durante a maior parte do tempo. Aos 34 minutos do primeiro tempo, Michael Zorc aproveitou cruzamento de Stéphane Chapuisat e abriu o placar, de cabeça. Os mineiros cansaram de errar chances, e o Borussia Dortmund fez 2 a 0 aos 40 do segundo tempo, quando Paulo Sousa ganhou uma dividida com Elivélton e cruzou para Heiko Herrlich desviar ao gol. O resultado confirmou o favoritismo dos alemães, campeões pela primeira vez de um jeito tranquilo.


Foto Matthew Ashton/Empics/Getty Images

Vitória Campeão da Copa do Nordeste 1997

Passados três anos da organização da primeira Copa do Nordeste em Alagoas, a CBF assumiu a organização da competição em 1997. A partir de então, as vagas seriam determinadas através de critérios técnicos: os melhores times do estaduais de 1996 estavam qualificados para a disputa. Porém, nem toda a região foi contemplada. Maranhão e Piauí ficaram de fora da disputa, sob a alegação de que os Estados tinham uma proximidade maior com o futebol da região Norte.

Mas somente em 1998 que a outra região ganhou seu próprio campeonato. Enquanto isso, 16 times de sete Estados participaram da segunda Copa do Nordeste, que foi executada toda em mata-mata. Em campo, o campeão foi o Vitória, que tinha no ataque ninguém menos que Bebeto, tetra mundial três anos antes com o Brasil (e que jogaria outra Copa do Mundo no ano seguinte).

Nas oitavas de final, o Leão da Barra enfrentou o Confiança. Eliminou o time sergipano com duas vitórias por 2 a 1, na ida em Aracaju e na volta em Salvador. Nas quartas, foi a vez de encarar o Santa Cruz. Na ida no Barradão, vitória por 2 a 0. Na volta no Arruda, nova vitória por 4 a 3 e a vaga na semifinal.

Já entre os quatro melhores, o Vitória enfrentou o Ceará. O primeiro jogo foi realizado no Castelão, um movimentado empate por 3 a 3. O segundo jogo foi no Barradão, mas nem por isso deixou de ser menos tenso. O Leão conseguiu uma apertada vitória por 3 a 2, conquistando a vaga na final com certo sofrimento.

A decisão foi de parar tudo. O adversário do Vitória foi o arqui-rival Bahia, com as duas partidas realizadas na antiga Fonte Nova. Na ida, como "visitante", o Leão acabou com qualquer perspectiva rival (e as projeções da imprensa) ao vencer por 3 a 0, fora o baile. Os gols foram marcados por Uéslei, Gil Baiano e Chiquinho.

Na volta, agora sendo o "mandante", bastou ao Vitória controlar a vantagem, tanto que o time rubro-negro perdeu por 2 a 1, com o atacante Agnaldo marcando o gol "de honra" que selou a primeira das quatro conquistas do clube.

A campanha do Vitória:
8 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 20 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Vitória

Sampaio Corrêa Campeão Brasileiro Série C 1997

A Série C não teve grandes mudança no regulamento para 1997. No entanto, o número de participantes cresceu, arredondado para 64. Isto facilitou na divisão dos grupos, agora todas as 16 chaves teriam quatro times. E a grande força da competição nesta temporada veio do Nordeste. Embalado pelo título maranhense, uma das formações mais importantes da história do Sampaio Corrêa viria a vencer na terceira divisão.

Na primeira fase, a Bolívia Querida ficou no grupo 2, com Santa Rosa-PA, River e 4 de Julho. Em sua estreia, o Sampaio enfrentou o Santa Rosa e segurou um empate por 0 a 0 no Pará. Na sequência, duas vitórias por 1 a 0, contra o River em São Luís e contra o 4 de Julho no Piauí. No returno, bateu o River em Teresina por 2 a 1, venceu o 4 de Julho no Maranhão por 4 a 2 (o que confirmou a classificação) e goleou o Santa Rosa por 4 a 0, garantindo o primeiro lugar da chave.

A partir da segunda fase até as quartas de final, a disputa foi via mata-mata. O adversário do Tricolor na segunda fase foi o Quixadá. A primeira partida aconteceu em São Luís, e terminou com um empate por 1 a 1. Na segunda partida no Ceará, o Tubarão venceu por 1 a 0 e avançou.

Nas oitavas de final, o Sampaio reencontrou o Santa Rosa-PA. No ida no Pará, empate em 0 a 0. Na volta no Castelão, vitória por 3 a 2. Nas quartas, a Bolívia Querida encarou o Ferroviário. Na partida de ida em Fortaleza, vitória por 1 0. Na partida de volta em São Luís, mesmo podendo empatar, o Tricolor maranhense goleou por 4 a 0 e se classificou para o quadrangular final.

O Sampaio Corrêa foi um dos quatro remanescentes ao lado de Francana, Tupi e Juventus-SP. O Tricolor iniciou a caminhada pelo acesso no interior paulista, contra a Francana e arrancou um empate em 1 a 1. Nas duas partidas em São Luís, o Tubarão venceu o Tupi por 3 a 1 e empatou com o Juventus em 1 a 1. No returno, o começo foi com empate em 2 a 2 diante do Juventus em São Paulo. Depois, o Sampaio foi a Juiz de Fora encarar o Tupi e venceu por 1 a 0.

Para garantir o acesso e o título, mais de 65 mil pessoas foram ao Castelão apoiar o time contra o Francana. Um empate garantiria a promoção, porém, o título só seria confirmado em caso de vitória. Diante de sua torcida, o Sampaio venceu por 3 a 1, garantiu o acesso e, de quebra, foi campeão invicto da Série C de 1997. A conquista garantiu ao clube ficar na segunda divisão durante cinco temporada, até 2002.

A campanha do Sampaio Corrêa:
18 jogos | 12 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 33 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Biaman Prado/Placar

América-MG Campeão Brasileiro Série B 1997

A virada de mesa na Série A entre 1996 e 1997 refletiu na composição da Série B. Os rebaixados Goiatuba, Sergipe e Central-PE foram "resgatados", e a competição que teria 24 clubes voltou ao número original de 25, já que houve troca apenas entre os dois times que subiram para e elite e os que vieram da Série C.

O regulamento da segunda divisão sofreu alterações. Agora, o lanterna de cada um dos cinco grupos estaria rebaixado, ao invés de somente três piores. E as quartas de final davam lugar a uma terceira fase de dois grupos quadrangulares. Em campo, o América-MG se remontava da suspensão de dois anos, devido ao uso da Justiça Comum para evitar o rebaixamento na elite de 1993.

Na primeira fase, o Coelho ficou no grupo 3, ao lado de CRB, Vila Nova, Náutico e Sergipe. Ao final de dez rodadas e oito partidas, os mineiros ficaram em segundo lugar com 13 pontos, com quatro vitórias, um empate e três derrotas. Três times se classificaram por grupo mais o melhor quarto lugar. 

As oitavas de final foram disputadas em play-off, que é quando uma equipe precisa pontuar o suficiente para não ser superado pelo rival no confronto de três jogos (ou seja, vencer os dois primeiros). Nesta fase, o Coelho enfrentou a Desportiva-ES. A primeira partida foi no Independência, e o América venceu por 2 a 0. Depois, empate em 1 a 1 em Cariacica. Como o time mineiro estava com quatro pontos contra um dos capixabas, foi preciso o terceiro jogo, e novamente no Espírito Santo. Mesmo com torcida contra, o América venceu por 2 a 1 e avançou.

Na terceira fase, o Coelho enfrentou Joinville, Tuna Luso e Vila Nova. E o clube mineiro passou com tranquilidade, líder com 13 pontos, quatro vitórias, um empate e uma derrota. Fez um ponto a mais que os goianos. Assim, o América-MG chegava ao quadrangular final, contra Vila Nova, Ponte Preta e Náutico.

Esta fase foi igual a anterior, sem grandes dificuldades. Fez 2 a 0 no Vila Nova no Serra Dourada, 2 a 0 no Náutico e empatou em 1 a 1 com a Ponte Preta, ambas em casa. No Moisés Lucarelli, a derrota por 1 a 0 deixou a briga aberta com o próprio time paulista, além dos pernambucanos. Na quinta rodada, o Coelho deixou tudo encaminhado com a vitória por 2 a 0 sobre o Náutico nos Aflitos.

Valendo acesso e título, na última partida o América recebeu, no Independência, o eliminado Vila Nova. Com gol do atacante Celso, o time venceu por 1 a 0 e conquistou o primeiro título na Série B, já que no outro confronto Ponte Preta e Náutico só empataram, no que valeu o acesso aos paulistas.

A campanha do América-MG:
23 jogos | 14 vitórias | 4 empates | 5 derrotas | 34 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Marcelo Sant'Anna/EM/D.A Press

Vasco Campeão Brasileiro 1997

O Brasileirão de 1997 teve um aumento de dois times após a polêmica do ano anterior. Foram 26 clubes lutando pelas oito vagas de classificação e contra as quatro do rebaixamento. Salvo pela caneta em 1996, o Fluminense não escapou da degola no ano seguinte. O único time punido de fato no "Caso Ivens Mendes" foi o Athletico-PR, que começou o torneio com menos cinco pontos. Na parte de cima da tabela, o Vasco foi totalmente o oposto do seu rival carioca. Liderado por Edmundo e seus 29 gols, o Cruz-maltino arrancou para o tricampeonato.

A primeira fase do Campeonato Brasileiro de 1997 foi igual a da edição anterior. Os clubes se enfrentaram todos contra todos em turno único. O time da Colina ficou toda a competição entre os melhores, e encerrou a fase na primeira posição, com 17 vitórias, três empates e cinco derrotas em 25 jogos.

O Vasco fez 54 pontos, três a mais que o vice-líder Internacional, o principal adversário na fase inicial. Na sequência, os times classificados foram: Atlético-MG, Portuguesa, Flamengo, Santos, Palmeiras e Juventude. Líder em seis rodadas no começo, o Paraná ficou sem fôlego e acabou eliminado em 13º lugar.

Os oito times classificados foram divididos em dois grupos na segunda fase, com vaga somente para o líder de cada na final. Melhor campanha, o Cruz-maltino ficou no grupo 1, ao lado de Portuguesa, Flamengo e Juventude. Foram seis rodadas de atuações de luxo do Vasco, que encerrou a fase classificado com quatro vitórias e dois empates.

A partida que carimbou a vaga vascaína na final foi um 4 a 1 sobre o Flamengo no Maracanã, com três gols marcados por Edmundo, que quebrou o recorde da artilharia. No outro grupo, o Palmeiras cresceu sobre os adversários e também conseguiu a classificação invicta.

Vasco e Palmeiras fizeram a final do Brasileiro de 1997. Entre os dois jogos, uma polêmica. Edmundo havia recebido o terceiro cartão amarelo (e a suspensão automática) no jogo de ida no Morumbi. Mas foi orientado a forçar outro cartão, e foi expulso (o que também o deixaria fora do próximo jogo). Essa expulsão possibilitou um julgamento no STJD, e o jogador obteve um efeito suspensivo, podendo jogar o jogo de volta no Maracanã. Em 180 minutos de confronto, nenhum gol foi visto, e com a vantagem de dois empates, o Vasco faturou seu terceiro título brasileiro.

A campanha do Vasco:
33 jogos | 21 vitórias | 7 empates | 5 derrotas | 69 gols marcados | 37 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Grêmio Campeão da Copa do Brasil 1997

A segunda metade dos anos 1990 foi de expansão na Copa do Brasil. De 32 participantes em 1994, a competição saltou para 44 em 1997  - e aumentaria ainda mais nos anos seguintes. Mas ainda estamos em 1997, e é preciso falar de mais um título do Grêmio, o terceiro, que o deixou novamente isolado como o maior campeão até o momento.

Aquela parte da década de 1990 foi especial para o tricolor gaúcho, que conquistou oito taças entre 1993 e 1997. A Copa do Brasil veio na sequência da Libertadores de 1995 e do Brasileiro de 1996, mas sem o comando de Luiz Felipe Scolari, que saiu para dar lugar a Evaristo de Macedo.

Na primeira fase, o Imortal enfrentou o Fortaleza, e venceu os dois jogos, por 3 a 2 no Castelão, e por 3 a 1 no Olímpico. Nas oitavas de final, o adversário foi a Portuguesa, na reedição da final do Brasileirão meses antes. A ida foi em Porto Alegre, e o Grêmio salvou a vitória por 2 a 1 nos acréscimos do segundo tempo. A volta foi no Canindé, em São Paulo, e o empate por 1 a 1 classificou o tricolor gaúcho.

Nas oitavas de final, o Grêmio encarou o Vitória. A primeira partida foi disputada no Olímpico e acabou com triunfo gremista por 2 a 0. O segundo jogo foi realizado na Fonte Nova, em Salvador. Num toma lá, dá cá enorme, a classificação gaúcha foi confirmada depois do resultado de empate por 3 a 3.

Na semifinal, foi a vez de jogar contra o Corinthians. Em meio a isso, o Grêmio ainda tinha o mata-mata da Libertadores para se preocupar, numa maratona de partidas que aconteciam a cada dois dias. A ida foi em São Paulo, no Morumbi, e terminou com vitória gaúcha por 2 a 1, com o primeiro gol marcado pelo artilheiro Paulo Nunes e o segundo sendo contra. A volta foi em Porto Alegre, e ficou no empate por 1 a 1.

O Grêmio estava na sexta final em nove edições da Copa do Brasil. O adversário foi o Flamengo, que passou por Nacional-AM, Rio Branco-AC, Internacional e Palmeiras. O primeiro jogo foi realizado no Olímpico, e em boa parte o Imortal atuou com dez jogadores, devido a expulsão do volante Dinho. Mas tudo ficou no 0 a 0. A segunda partida foi no Maracanã, apenas dois dias depois. João Antônio abriu o placar para o tricolor logo aos seis minutos, mas os cariocas viraram ainda no primeiro tempo. O alívio e o tricampeonato, no empate por 2 a 2, só vieram no tento anotado por Carlos Miguel, aos 34 da segunda etapa.

A campanha do Grêmio:
10 jogos | 5 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 19 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Grêmio