Fluminense Campeão Brasileiro 1970

No ano do tricampeonato mundial, o Brasileirão teve sua última temporada como Robertão, antes de se tornar de fato o Campeonato Brasileiro. Com o mesmo regulamento das edições anteriores, 17 equipes lutaram pelo título, para se tornar o melhor time no país da melhor seleção do mundo. O Fluminense, ainda com pouca afinidade com as finais nacionais, montou um time competitivo e chegou lá pela primeira vez.

Na primeira fase, o Flu ficou destinado ao grupo B, de nove times. No enfrentamento de 16 rodada, disputou ponto a ponto a vaga com Cruzeiro, Flamengo e Internacional. Ficou na segunda posição, um ponto a menos que o time mineiro, e com um gol a mais de saldo (10 a 9) que os outros rivais. Foram oito vitórias, quatro empates e quatro derrotas. No grupo A, os classificados foram Palmeiras e Atlético-MG.

O quadrangular final foi jogado em um semana. Na primeira rodada, o Tricolor lotou o Maracanã e venceu o Palmeiras por 1 a 0. Começou liderando, pois Cruzeiro e Atlético-MG só empataram o outro jogo. Na rodada seguinte, o Fluminense foi ao Mineirão e conseguiu fazer 1 a 0 no Cruzeiro, encaminhando a conquista. O Palmeiras se apresentou como candidato ao bater por 3 a 0 o Atlético-MG.

Flu, Palmeiras e Atlético entraram com chances na rodada final. O time paulista fez a sua parte, vencendo o Cruzeiro por 4 a 2. Mas o Fluminense jogava pelo empate, e segurou o 1 a 1 com o Atlético-MG no Maracanã. Assim, o Tricolor Carioca venceu o título brasileiro de 1970.

A campanha do Fluminense:
19 jogos | 10 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 29 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/Fluminense

Palmeiras Campeão Brasileiro 1969

O ano de 1969 marcou em definitivo o Torneio Roberto Gomes Pedrosa como principal competição do país. Com a extinção da Taça Brasil, a Taça de Prata (nome oficial), passou a ser a única competição nacional de clubes de futebol que concedia o título de campeão brasileiro. Esta edição, assim como a anterior, indicaria os representantes da CBD na Taça Libertadores da América. Sete estados colocaram 17 times na competição, divididos em dois grupos, com oito e nove equipes.

Campeão de 1967, o Palmeiras entrou como um dos favoritos do torneio. Mas, dentro do grupo B, encontrou certas dificuldades. Com uma diferença de apenas cinco pontos entre o primeiro e o oitavo colocado, o Alviverde ficou na liderança, com nove vitórias, um empate e seis derrotas. Em segundo lugar, ficou o Botafogo. No grupo A as coisas foram mais tranquilas, com Corinthians e Cruzeiro se classificando com campanha melhor.

Com as coisas zeradas no quadrangular final, o equilíbrio reinou nas três rodadas decisivas. Na primeira, o Palmeiras ficou no 0 a 0 com o Corinthians, em São Paulo, enquanto Botafogo e Cruzeiro fizeram 2 a 2. Na segunda rodada, o Palmeiras voltou a falhar, mas empatou em 1 a 1 com o Cruzeiro no Mineirão. O Verdão ficou em desvantagem, pois o Corinthians venceu o Botafogo por 1 a 0.

O Palmeiras não dependia só de si na rodada final. Venceu o Botafogo por 3 a 1 no Morumbi. No mesmo horário, Cruzeiro e Corinthians se enfrentavam. Esta partida precisava terminar com vitória cruzeirense por um gol de diferença. O empate e a vitória eram favoráveis ao Corinthians, e uma vitória por mais de dois gols favorecia o Cruzeiro. E a partida acabou 2 a 1 para o time mineiro. Assim, o Palmeiras comemorava seu segundo Robertão, e o tetra brasileiro.

A campanha do Palmeiras:
19 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 6 derrotas | 28 gols marcados | 21 gols sofridos


Foto Arquivo/Estadão Conteúdo

Botafogo Campeão Brasileiro 1968 (Taça Brasil)

A Taça Brasil teve a sua edição final em 1968. Inicialmente, a CBD pretendia indicar o campeão e o vice como os dois representantes brasileiros na Libertadores de 1969. No entanto, a competição foi prolongada até o ano seguinte, devido a problemas de calendário e ao impasse do confronto entre o Botafogo e o Metropol de Santa Catarina, que acabou atrasando a competição. Por isso, a entidade decidiu indicar os melhores colocados do Robertão de 1968 como os representantes na competição continental.

Dividida nos tradicionais grupos regionais, o Fortaleza foi o melhor time da Zona Norte, o Cruzeiro ficou na frente na Zona Central e o Metropol de Santa Catarina venceu na Zona Sul. Fortaleza e Cruzeiro entraram nas quartas de final, enquanto o Metropol jogaria uma fase anterior com o Botafogo. 

No Rio de Janeiro, o Botafogo aplicou 6 a 1, e em Criciúma, deu Metropol por 1 a 0. O terceiro jogo estava empatado em 1 a 1 no Maracanã, quando foi cancelado por conta de uma chuva. Enquanto o time catarinense voltava para casa, fora avisado que a partida recomeçaria já no dia seguinte. Eles se recusaram a retornar, tentaram anular o jogo no tribunal, e a competição (que já havia entrado em 1969) acabou travada por quatro meses. Desiludido e cansado de pisar no tapetão, o Metropol acabou desistindo.

Nessa altura, Santos (semifinalista) e Palmeiras (quarto-finalista) também já haviam se retirado do torneio. Com isso, o Botafogo pulou para a semifinal contra o Cruzeiro, e o Fortaleza, para não ir direto à final, foi movido para a chave contra o Náutico. O Fogão conseguiu uma vantagem de 1 a 0 no Maracanã, e depois segurou um 1 a 1 no Mineirão. No outro lado, o Fortaleza despachou o Náutico no jogo-desempate.

Finalmente, em setembro e outubro de 1969, nove meses depois do planejado, Botafogo e Fortaleza fizeram a final da Taça Brasil. No Presidente Vargas, o Botafogo arrancou empate em 2 a 2 com o time cearense. O primeiro título brasileiro do alvinegro foi confirmado no Maracanã, em goleada por 4 a 0.

A campanha do Botafogo:
7 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 15 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Botafogo

Santos Campeão Brasileiro 1968 (Robertão)

O Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967 foi um grande sucesso. Por isso, a edição de 1968 foi organizada pela CBD, ao invés das federações paulista e carioca. O Robertão de 1968 também marcou a mudança de foco dos clubes, que, antes, tinham como prioridade a Taça Brasil. Ainda mais depois que as vagas de Libertadores passaram a ser distribuídas pelo Robertão, que recebeu um aumento para 17 clubes, com a entrada dos estados da Bahia e Pernambuco.

O Santos, em transição de gerações, contava com Pelé cada vez mais no auge. Com a divisão dos times em dois grupo, o Alvinegro ficou no B, com outros sete adversários. Ao final das 16 rodadas, encerrou a primeira fase na liderança do grupo, com nove vitórias, quatro empate e três derrotas. Se classificou seguido pelo Vasco, com Palmeiras e Internacional vindo do outro grupo.

Para evitar um problema com falta de datas e invadir o ano seguinte, o quadrangular final foi cortado pela metade e disputado em turno único. Na primeira rodada, o Santos foi ao Olímpico (!) e venceu o Internacional por 2 a 1. Do outro lado, o Palmeiras aplicou 3 a 0 no Vasco. No tira-teima, no Morumbi, o Santos assume a liderança ao vencer o rival por 3 a 0. No outro jogo, o Vasco se manteve vivo ao vencer o Internacional por 3 a 2.

Três times entraram com chances na rodada final. Mas o Palmeiras voltou a sofrer um 3 a 0, agora para o time colorado. No confronto direto no Maracanã, bastava empatar, mas o Santos voltou a vencer, por 2 a 1, conquistando assim o seu único Robertão, e o hexa brasileiro.

A campanha do Santos:
19 jogos | 12 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 37 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Arquivo/Santos

Palmeiras Campeão Brasileiro 1967 (Taça Brasil)

Depois de vencer a primeira edição do Robertão, o Palmeiras entrou como favorito na disputa da Taça Brasil de 1967. Esta competição ainda contava com uma boa força, e era a qual distribuía as vagas brasileiras da Libertadores na época. Por ser campeão paulista do ano anterior, o Alviverde começou já na semifinal, ao lado do Cruzeiro atual campeão da Taça.

Dessa forma, o time esperou a definição dos adversários. O Treze foi o time vencedor do Grupo Nordeste. O América do Ceará foi campeão do Grupo Norte, e o Atlético-MG foi campeão no Grupo Centro. América-CE e Treze se enfrentaram na fase seguinte, e deu América. O Atlético-MG encarou o Botafogo e se sagrou campeão da Zona Centro-Leste. O América-CE ainda precisou encarar o Náutico, que foi campeão da Zona Norte-Nordeste. Na Zona Sul, o Grêmio levou a melhor e foi para a semifinal. 

Nas quartas de final, o Náutico eliminou o Atlético-MG em uma melhor de três jogos. Na semifinal, as chaves colocaram Cruzeiro x Náutico e Palmeiras x Grêmio. Na primeira, o Náutico acabou com o favoritismo cruzeirense, com uma vitória e um empate em três partidas. A mesma dificuldade teve o Palmeiras, que perdeu a primeira no Olímpico por 2 a 1, mas venceu a segunda e a terceira no Pacaembu por 3 a 1 e 2 a 1, assim eliminado o Grêmio e indo para a final.

Contra o Náutico, três jogos duros. A primeira, na Ilha do Reiro, deu Palmeiras por 3 a 1. Quando seria só confirmar o título em casa, derrota por 2 a 1 no Pacaembu. Desse jeito, foi forçado outro desempate, no Maracanã. E o Palmeiras espantou a zebra ao vencer por 2 a 0, gols de César Maluco e Ademir da Guia. Palmeiras bicampeão da Taça Brasil e tricampeão Brasileiro.

A campanha do Palmeiras:
6 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 12 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press

Palmeiras Campeão Brasileiro 1967 (Robertão)

O Torneio Roberto Gomes Pedrosa, como campeonato nacional, surgiu em 1967, quando o antigo Torneio Rio-São Paulo foi ampliado com clubes de outros estados, passando a ser conhecido como "Robertão". Este torneio foi a primeira competição a englobar os principais clubes do país e também o primeiro a alcançar uma fórmula vencedora e lucrativa aos seus clubes participantes. Na primeira edição, este campeonato foi organizado pelas federações Carioca e Paulista de futebol. A partir de 1968, a CBD assumiu a organização do torneio e passou a denominá-lo oficialmente de Taça de Prata.

Na edição de estreia, em 1967, participaram 15 times dos estados de São Paulo, Guanabara, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná. Eles foram divididos em dois grupos, mas se enfrentaram todos contra todos. Os dois primeiros colocados de cada grupo avançaram para o quadrangular final. O Palmeiras ficou no grupo B. Ao final das 14 rodadas, liderou com sete vitórias, cinco empates e duas derrotas, seguido pelo Grêmio. Do grupo A, se classificaram Corinthians e Internacional.

O quadrangular final virou um duelo entre SP e RS. O alviverde estreou contra o Internacional, e venceu em Porto Alegre por 2 a 1. No clássico com o Corinthians e na partida fora de casa com o Grêmio, dois empates. Na virada de turno, o Verdão empatou pela terceira vez ao receber o Internacional no Pacaembu. Na penúltima rodada, vitória sobre o Corinthians no Morumbi por 1 a 0.

Líder do quadrangular, recebeu o já eliminado Grêmio no Pacaembu. Frustrando qualquer esperança colorada e corintiana, que se enfrentavam no Sul, o Palmeiras derrotou o time gaúcho por 2 a 1, gols de César Maluco, conquistando assim seu segundo título brasileiro, o primeiro no novo formato.

A campanha do Palmeiras:
20 jogos | 10 vitórias | 8 empates | 2 derrotas | 39 gols marcados | 26 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press

Cruzeiro Campeão Brasileiro 1966

O resultado final da Taça Brasil de 1966 pode ser considerado um marco no futebol brasileiro. Antes do título do Cruzeiro (e com a exceção do Bahia em 1959), apenas o futebol de São Paulo e do Rio de Janeiro (Guanabara) eram vistos como fortes o suficiente para representar o país. A vitória do clube mineiro serviu como estopim para a integração nacional dos clubes e fortalecimento dos clubes de fora do eixo Rio-SP.

Assim, surgiu a ideia, concretizada em 1967 pelas federações paulista e carioca de futebol, de ampliar o já famoso Torneio Rio-São Paulo, com a entrada de grandes clubes dos estados de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, ficando conhecido como Torneio Roberto Gomes Pedrosa ou Robertão.

O Cruzeiro entrou no torneio em uma fase intermediária, no Grupo Centro. Aguardou uma disputa entre Anápolis de Goiás, Rabello do Distrito Federal, Desportiva do Espírito Santo e Americano do Rio de Janeiro. Enfrentou o time fluminense, e se classificou com duas goleadas, por 4 a 0 e 6 a 1.

Na final da Zona Sul, encarou o Grêmio. Depois de empatar sem gols no Olímpico, venceu por 2 a 1 no Mineirão. Na semifinal, venceu as duas partidas contra o Fluminense, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. A final foi contra o Santos, que buscava o hexa.

Em dois jogos cercados de expectativa, o Cruzeiro não entrou como favorito. Mas destruiu qualquer prognóstico no Mineirão. Vitória por 6 a 2, fora o baile de Tostão, Dirceu Lopes, Evaldo e Piazza. Com a vantagem, foi ao Pacaembu, e voltou a se impor: venceu lá por 3 a 2, com uma virada histórica no segundo tempo. Raposa campeã.

A campanha do Cruzeiro:
8 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 25 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Estado de Minas

Santos Campeão Brasileiro 1965

Mais um ano de Taça Brasil, e o Santos continuou com a sua hegemonia. O número de participantes em 1965 se manteve em 22. Foram 21 campeões estaduais mais o vice-campeão paulista, que herdou o lugar do Alvinegro. Por ser o campeão paulista do ano anterior, o Peixe entrou mais uma vez direto na semifinal, ao lado do Vasco.

Nas tradicionais disputas por grupos regionais, o Vitória venceu no Nordeste, o Náutico venceu no Norte, o Grêmio venceu no Sul e o Siderúrgica-MG venceu no Leste. Na final da Zona Norte, o Náutico derrotou o Vitória, e na final da Zona Sul, o Grêmio foi o campeão sobre o Siderúrgica.

Nas quartas de final, o time pernambucano caiu para o Fortaleza, e o time gaúcho ficou diante do Palmeiras. Finalmente na semifinal, o Santos eliminou o rival paulista com vitória por 4 a 2 e empate em 1 a 1. Na outra chave, o Vasco passou pelo Náutico.

Na grande final, o Santos foi em busca do penta. Goleou o Vasco por 5 a 1 na partida de ida no Pacaembu. Na partida de volta no Maracanã, vitória santista por 1 a 0 e mais uma taça na prateleira alvinegra.

A campanha do Santos:
4 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 11 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Agência O Globo

Santos Campeão Brasileiro 1964

Continuando com a supremacia de títulos na década de 60, o Santos partiu para o tetracampeonato na Taça Brasil de 1964. Com a competição ganhando cada vez mais prestígio, ela é aumentada para 22 times, sendo 21 campeões estaduais, e o Peixe campeão anterior. Como o time santista não era o campeão paulista, a vaga direta na semifinal foi para o Palmeiras, ao lado do campeão carioca Flamengo. O Santos entrou nas quartas de final.

Nos grupos regionalizados, o Ceará venceu no Nordeste, o Náutico venceu no Norte, o Metropol de Santa Catarina venceu no Sul e o Atlético-MG venceu no Leste. Nas finais da zonas, o Ceará passou pelo Náutico na Zona Norte, e o Atlético-MG eliminou o Metropol na Zona Sul.

Então, o Santos entra no campeonato, contra o time mineiro, e goleia nas duas partidas: 4 a 1 no Independência e 5 a 1 na Vila Belmiro. Na semifinal, vem o clássico contra o Palmeiras. O primeiro jogo foi extremamente difícil, mas deu Peixe por 3 a 2. Já o segundo jogo foi mais fácil, e uma vitória por 4 a 0 classificou o Santos para a final, contra o Flamengo (que eliminou o Ceará).

Mandando a partida no Pacaembu, o Santos tratou de abrir vantagem na partida de ida, vencendo por 4 a 1, três gols de Pelé. Com o regulamento no bolso, o Alvinegro Praiano segurou o 0 a 0 no Maracanã e conquistou mais um título do Brasileiro.

A campanha do Santos:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 20 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press

Santos Campeão Brasileiro 1963

A Taça Brasil de 1963 manteve quase o mesmo regulamento que a do ano anterior. Houve um aumento de dois participantes, totalizando 20. Campeão Mundial, da Libertadores, Paulista e do próprio Brasileiro, o Santos colocou em sua coleção de taças mais um troféu nacional.

Entrando diretamente na semifinal, ao lado do Botafogo, assistiu os adversários caindo aos poucos no torneio. O Sport venceu o Grupo Norte, o Bahia levou o Grupo Nordeste, o Grêmio faturou o Grupo Sul e o Atlético-MG conquistou o Grupo Leste. No confronto da Zona Norte, o Bahia eliminou o Sport, e no enfrentamento da Zona Sul, o Grêmio passou pelo Atlético-MG.

Na semifinal, o Santos fez a estreia contra o time gaúcho, e venceu as duas partidas, no Pacaembu e no Olímpico. No outro confronto, o Bahia se segurou contra o Botafogo, marcou um gol e não sofreu nenhum. Dessa maneira, Santos e Bahia fariam pela terceira vez na história a decisão.

Diferentemente das outras oportunidades (1959 e 1961), em que foi necessário três partidas em cada final, o Peixe precisou só dos dois primeiros jogos. Já entrando no ano de 1964, o Alvinegro cortou qualquer esperança baiana logo na ida, com um 6 a 0 em São Paulo. Na Fonte Nova, foi só completar o serviço, com 2 a 0, e comemorar o tri.

A campanha do Santos:
4 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press

Santos Campeão Brasileiro 1962

Em 1962, a Taça Brasil seguiu forte, e com o mesmo formato do ano anterior. 18 times campeões estaduais foram divididos em eliminatórias regionais, com os campeões paulista e carioca (antiga Guanabara), entrando diretamente na semifinal. O Santos, campeão vigente, entrou diretamente entre os quatro melhores, junto com o Botafogo.

No Grupo Norte, o Sport foi o vencedor. No Grupo Nordeste, deu Campinense. No Grupo Leste, o Cruzeiro se saiu melhor. E no Grupo Sul, o Internacional se classificou. Na decisão da Zona Norte, o Sport elimina o Campinense com um empate e uma vitória, os mesmos resultados obtidos pelo Internacional na final da Zona Sul.

O Brasil, ainda de ressaca com o bicampeonato na Copa do Mundo, viu as semifinais serem jogadas já em 1963. O Santos conseguiu um empate em 1 a 1 na Ilha do Retiro, e se classificou para a final com vitória por 4 a 0 em São Paulo. Na outra chave, o Botafogo bateu o Internacional em melhor de três jogos.

As duas maiores equipes do país se encontraram na final. De um lado, Pelé, Coutinho e Pepe. Do outro, Garrincha, Quarentinha e Amarildo. Foram dois jogos apertados. Na ida, o Santos venceu por 4 a 3 no Pacaembu. Na volta, o Botafogo devolveu 3 a 1 no Maracanã. Mas na partida extra só um time jogou. No Rio de Janeiro, o Santos aplicou 5 a 0 e ficou com o bicampeonato brasileiro.

A campanha do Santos:
5 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 15 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Agência JB

Santos Campeão Brasileiro 1961

O Santos iniciou sua dinastia dentro do futebol brasileiro com o título da Taça Brasil de 1961. Esta edição contou com a participação de 18 equipes (17 campeões estaduais e o campeão da edição anterior), sendo que os campeões dos estados de São Paulo e de Pernambuco, assim como ocorreu em 1960, já entravam na fase final.

Dessa maneira, o Peixe entrou diretamente na semifinal, e ficou esperando por seu adversário. Na divisão clássica dos quatro grupos, o Bahia ficou à frente do Grupo Nordeste, o Fortaleza venceu o Grupo Norte, o America-RJ faturou o Grupo Leste e o Palmeiras ganhou no Grupo Sul. Nas quartas de final, o America-RJ venceu o Palmeiras na Zona Sul e o Bahia ganhou do Fortaleza na Zona Norte. 

Dessa forma, o Santos enfrentou o time da antiga Guanabara na semifinal. O Alvinegro venceu o America do Rio por 6 a 2 na ida em São Paulo, e usou o regulamento ao perder por 1 a 0 no Maracanã. No outro lado, o Bahia eliminou o Náutico.

A final de 1961 foi uma reedição de 1959. E uma grande revanche. Pelé e Coutinho marcaram três gols cada nas duas partidas. Na ida, 1 a 1 na Fonte Nova, e na volta, 5 a 1 no Pacaembu. É o primeiro dos cinco títulos santistas nessa modalidade do Campeonato Brasileiro.

A campanha do Santos:
5 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 18 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Santos

Palmeiras Campeão Brasileiro 1960

A Taça Brasil de 1960 foi a segunda edição do Campeonato Brasileiro da história. Em relação ao ano anterior, houve a entrada de mais uma equipe, totalizando 17. Os times de São Paulo e Pernambuco foram beneficiados com a entrada diretamente na semifinal. Dessa maneira, o Palmeiras precisou de pouca coisa para faturar o primeiro de seus nove títulos brasileiros.

O Verdão viu de camarote o Bahia conquistar o Grupo Nordeste, o Fortaleza vencer o Grupo Norte, o Grêmio ganhar o Grupo Sul e o Fluminense faturar o Grupo Leste. Depois, o Fortaleza derrotou o Bahia na final da Zona Norte, e o Fluminense venceu o Grêmio na Zona Sul. Na semifinal, o Fortaleza eliminou o Santa Cruz com uma vitória e um empate.

Na outra chave, o Palmeiras encontrou finalmente o Fluminense. No primeiro jogo, no Pacaembu, empate sem gols. Na segundo jogo, o Alviverde venceu no Maracanã por 1 a 0 e se classificou para a final contra o time cearense.

Muito favorito, o time de Valdir de Moraes, Djalma Santos, Chinesinho e Julinho Botelho não tomou conhecimento do Fortaleza. Na ida, no Presidente Vargas, o Palmeiras aplicou 3 a 1 e antecipou o que seria em São Paulo. A partida de volta no Pacaembu registrou a maior goleada em finais nacionais: 8 a 2 fora o baile de uma dos maiores times da época. Verdão campeão pela primeira vez.

A campanha do Palmeiras:
4 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 12 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press

Bahia Campeão Brasileiro 1959

A Taça Brasil foi a primeira competição nacional de clubes de futebol do Brasil a dar ao seu vencedor o título de campeão brasileiro. Apesar do certame ter sido instituído em 1954 pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF) e ter seu regulamento definido em 1955, a primeira edição da competição não pôde ser disputada como o planejado, pois o calendário do futebol brasileiro até 1958 já estava aprovado e não podia sofrer alterações por causa da Copa do Mundo de 1958.

Sendo assim, ficou definido que a Taça Brasil começaria somente em 1959. Porém, como ainda haviam restrições econômicas e dificuldades para viagens longas, a competição foi montada apenas com os campeões estaduais que se enfrentavam em um grande sistema mata-mata.

O Brasileirão de 1959 contou com a participação de 16 campeões estaduais do ano anterior. Com os clubes divididos regionalmente, paulistas e cariocas entraram apenas nas semifinais. O Bahia pertenceu ao Grupo Nordeste, e começou a competição contra o CSA. Um triunfo em Maceió por 5 a 0, e outro em Salvador por 2 a 0 classificou o Tricolor de Aço.

Na fase seguinte, enfrentou o Ceará, com empates em Fortaleza e na Bahia. Um jogo-desempate foi necessário, e finalmente o Bahia ganhou, por 2 a 1 na Fonte Nova. Campeão do grupo, encarou nas quartas de final o campeão do Grupo Norte, o Sport, triunfando por 3 a 2 em Salvador. Mas em Recife, perdeu por 6 a 0. Como não havia a regra do saldo de gols, mais um desempate foi forçado. E o Bahia não deu outra chance ao azar, ganhando por 3 a 2.

Campeão da Zona Norte, foi à semifinal contra o Vasco. No Maracanã, o Tricolor triunfou por 1 a 0, mas na Fonte Nova sofreu 2 a 1. Em mais um jogo extra, fez 1 a 0 em Salvador, e avançou para a final, contra o Santos.

Àquela altura, o Santos já era tido como o melhor time do Brasil, com Pelé sendo o principal jogador. Mas o Bahia tinha Alencar e Biriba, autores dos gols do triunfo por 3 a 2 no Pacaembu. Na partida na Fonte Nova, o Santos devolveu 2 a 0. Outro desempate foi preciso e, já invadindo 1960, o Bahia ganhou no Rio de Janeiro por 3 a 1, se tornando assim, o primeiro campeão brasileiro e o primeiro time do Brasil a disputar uma Libertadores.

A campanha do Bahia:
14 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 25 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Agência O Globo

Atlético-MG Campeão Brasileiro 1937

No dia 25 de agosto de 2023, a CBF reconheceu de maneira oficial o Torneio dos Campeões de 1937 como o primeiro Campeonato Brasileiro da história. Desta forma, o Atlético-MG atinge sua terceira conquista nacional e volta a ser o primeiro campeão da história, depois de ter perdido o posto para o Bahia na unificação da Taça Brasil e do Robertão em 2010.

O Torneio dos Campeões foi disputado num contexto histórico complexo. Fazia apenas quatro anos que o profissionalismo imperava no futebol brasileiro, que rachou em duas entidades concorrentes: a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que mantinha-se com clubes amadores e controlava a Seleção Brasileira, e a Federação Brasileira de Futebol (FBF), feita por times profissionais. A CBD também organizava o Brasileiro de Seleções Estaduais, desde 1922.

Em 1933, a FBF começou seu torneio, inicialmente também com seleções estaduais. Mas a ideia era fazer um campeonato com clubes para se opor à CBD. E em 1937, foi criado o Torneio dos Campeões, com cinco vencedores dos estaduais de 1936 e um convidado: Atlético-MG, Fluminense, Portuguesa, Rio Branco-ES, Aliança-RJ e a Liga da Marinha.

O regulamento foi de tiro curto: uma primeira fase preliminar entre Liga da Marinha e Aliança (campeã fluminense) definiria o adversário do Rio Branco (campeão capixaba) em uma segunda preliminar. Quem vencesse daqui iria para o quadrangular final de dois turnos com os demais. Que passou deste começo foi o Rio Branco.

Em seis jogos, o Atlético-MG definiu o título. Mas a estreia foi terrível, ao levar uma goleada por 6 a 0 Fluminense nas Laranjeiras. Na sequência, o Galo ainda empatou por 1 a 1 com o Rio Branco, em Vitória. A arrancada triunfante veio a partir da terceira rodada, nas partidas disputadas no antigo Estádio de Lourdes, em Belo Horizonte. Contra a Portuguesa, goleada por 5 a 0. Contra o Fluminense, a revanche veio no placar de 4 a 1.

Nesta altura, o clube carioca já tinha feito as seis partidas, com seis pontos (três vitórias e três derrotas). Todos os outros tinham quatro jogos, com os mineiros somando sete pontos, os capixabas cinco e os paulistas dois, já sem chances de título. No primeiro jogo faltante, a Portuguesa derrotou o Rio Branco e foi a quatro pontos, no que ajudou o Galo. A partida contra o Rio Branco em Belo Horizonte tornou-se na decisão do título. E assim foi. Com dois gols de Paulista e um de Guará, Nicola e Bazzoni, o Atlético goleou por 5 a 1 foi campeão dos campeões de 1937, hoje um título equivalente ao Brasileirão.

No fim, o Galo ainda venceu a Portuguesa por 3 a 2 em São Paulo e chegou a nove pontos. O Fluminense ficou com o vice, superando o Rio Branco por um ponto.

O Torneio dos Campeões não voltaria mais a ser organizado, pois na mesma época FBF e CBD começaram uma aproximação. Em 1941, a FBF foi absorvida pela CBD, passando a gerir o futebol brasileiro até 1979, quando foi criada a CBF.

A campanha do Atlético-MG:
6 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 18 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Atlético-MG

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 2017

A Copa do Brasil mudou mais uma vez em 2017. A CBF aumentou o número de participantes para 91, além de ter feito alterações importantes no regulamento. Como o fim dos jogos de ida e volta nas duas primeiras fases. Elas passaram a acontecer em partidas únicas. Na primeira etapa, com vantagem do empate para os visitantes. Na segunda, com disputa de pênaltis em caso de igualdade. Para completar, foi adicionada a quarta fase antes do afunilamento nas oitavas.

Das 91 vagas, 70 ficaram com as federações estaduais, dez com o Ranking da CBF e 11 para os oito melhores do Brasileirão do ano anterior e os campeões da Série B, Copa do Nordeste e Copa Verde. E no meio dessa salada se sobressaiu um mestre na arte de vencer copas, o Cruzeiro, comandado por Mano Menezes, que enfim chegou ao seu quinto título na Copa do Brasil depois de 14 anos.

Presente desde a primeira fase, a Raposa estreou contra o Volta Redonda, vencendo no Raulino de Oliveira por 2 a 1. Na segunda fase, o time não tomou conhecimento do São Francisco, do Pará, e goleou por 6 a 0 no Mineirão. Na terceira fase, foi a vez de encarar o Murici, de Alagoas, e o Cruzeiro conseguiu a classificação com mais duas vitórias, por 2 a 0 no interior alagoano, e por 3 a 0 em Belo Horizonte.

Na quarta fase, veio um confronto cascudo com o São Paulo. Mas a Raposa não se intimidou com a pressão do Morumbi no jogo de ida e venceu por 2 a 0. Porém, no Mineirão, o Cruzeiro não resistiu e acabou derrotado por 2 a 1, resultado que não afetou a classificação às oitavas de final. 

Nas oitavas de final, o adversário foi a Chapecoense, e uma vitória por 1 a 0 em Minas garantiu ao Cruzeiro avançar de fase com empate por 0 a 0 em Chapecó. Nas quartas, dois jogos emocionantes com o Palmeiras. No primeiro, o empate em 3 a 3 em São Paulo deu à Raposa a vantagem dos gols fora de casa, permitindo outro empate em 1 a 1 no Mineirão.

Na semifinal, o enfrentamento foi com o Grêmio, que um ano antes eliminou a Raposa nessa mesma fase. A ida foi na Arena gremista em Porto Alegre, os cruzeirenses acabaram derrotados por 1 a 0. Na volta em Belo Horizonte, o resultado foi devolvido, e nos pênaltis os mineiros venceram por 3 a 2.

A final foi contra o Flamengo, que superou Atlético-GO, Santos e Botafogo. Mas, diferentemente de 2003, a reedição da decisão foi mais tensa. No Maracanã, o Cruzeiro saiu perdendo, mas buscou o empate por 1 a 1 com gol do uruguaio De Arrascaeta. No Mineirão, os times não saíram do 0 a 0. Nos pênaltis, a Raposa não decepcionou, vencendo por 5 a 3 e comemorando o pentacampeonato.

A campanha do Cruzeiro:
14 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Pedro Vilela/Getty Images

Grêmio Campeão da Copa do Brasil 2016

Maior vencedor da história da Copa do Brasil desde a primeira edição, o Grêmio chegava em 2016 a uma fila de 15 anos sem erguer a taça. Nem mesmo participou de decisões nesse meio tempo. E isso era muito impactante, visto que o clube esteve em sete finais nas primeiras 13 edições da competição. Já estava mais do que na hora de buscar o penta, e ele veio de maneira categórica.

A conquista tricolor veio pelo atalho privilegiado que os times da Libertadores tinham, com a entrada apenas a partir das oitavas de final, sem precisar disputar as três fases anteriores. O primeiro adversário foi o Athletico-PR. A partida de ida foi realizada na Arena da Baixada, e o Grêmio conseguiu vencer por 1 a 0. Este resultado foi obtido sob o comando do técnico Roger Machado, que vinha mal no Brasileirão e acabou demitido antes da volta. Em seu lugar entrou Renato Portaluppi. Sua estreia foi com emoção, pois o tricolor perdeu na sua Arena por 1 a 0, e só se classificou nos pênaltis, ao vencer por 4 a 3.

Nas quartas de final, veio pela frente o Palmeiras. A primeira partida aconteceu em Porto Alegre. Com gols de Ramiro e Pedro Rocha, o Grêmio venceu por 2 a 1 e abriu vantagem. O segundo jogo foi no Allianz Parque, e o Imortal buscou se segurar. Os paulistas abriram o placar no segundo tempo, o que eliminaria os gaúchos. Do banco de reservas, saiu o autor do gol de empate. Everton Cebolinha marcou 1 a 1 aos 30 minutos, e colocou o tricolor na semifinal.

Na semi, duelo de tetracampeões entre Grêmio e Cruzeiro. O primeiro jogo aconteceu em Belo Horizonte, no Mineirão, mas o tricolor não se intimidou com a pressão mineira. Luan abriu o placar no primeiro tempo, e Douglas fez 2 a 0 no segundo tempo. Com a ótima vantagem, o tricolor apenas precisou segurar o empate sem gols na Arena para se classificar à final.

Na decisão, o Grêmio enfrentou o Atlético-MG, que passou por Ponte Preta, Juventude e Internacional. De novo a ida foi disputada no Mineirão, e com dois gols de Pedro Rocha e outro de Everton o Imortal venceu por 3 a 1. A volta foi disputada na Arena gremista, em meio ao luto e homenagens à Chapecoense, que sofreu um acidente de avião uma semana antes, onde faleceu quase todo o elenco e comissão técnica. Em campo, o tricolor abriu o caminho do penta aos 43 do segundo, com o gol de Miller Bolaños. Os mineiros até empataram por 1 a 1 nos acréscimos, mas o resultado não fazia mais diferença.

A campanha do Grêmio:
8 jogos | 4 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 10 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Jeferson Guareze/AGIF

Palmeiras Campeão da Copa do Brasil 2015

Em 2015, depois de ter passado por momentos difíceis, como o rebaixamento à Série B em 2012, a volta à Série A em 2013 e a quase nova queda em 2014, o Palmeiras precisava se reencontrar. Nem parecia que o clube tinha sido bicampeão da Copa do Brasil apenas três anos antes. Na temporada de recomeço, o clube chegaria ao tricampeonato da competição nacional. Foi a primeira conquista de uma nova era, no recém-inaugurado Allianz Parque, estádio construído no mesmo terreno do velho Palestra Itália, e que abriria o caminho para títulos maiores nos anos seguintes.

A campanha do Verdão teve início contra o Vitória da Conquista, da Bahia. No primeiro jogo, goleou por 4 a 1 fora de casa e garantiu a classificação sem necessitar da partida de volta em São Paulo. Na segunda fase, foi a vez de passar pelo Sampaio Corrêa com empate por 1 a 1 no Castelão de São Luís, e goleada por 5 a 1 no Allianz Parque.

Na terceira fase, o Palmeiras enfrentou o ASA, o carrasco que tirou o clube da disputa em 2002 ainda na fase inicial. Treze anos depois, a dificuldade foi igual, mas a revanche aconteceu. Na ida em São Paulo, empate sem gols. Na volta, que os alagoanos venderam o mando de campo para Londrina, o Verdão venceu por 1 a 0, gol de Gabriel Jesus.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Cruzeiro. Na primeira partida, vitória alviverde por 2 a 1 no Allianz Parque. No segundo jogo, novo triunfo palmeirense por 3 a 2 no Mineirão. Nas quartas, o rival foi o Internacional, e o Palmeiras passou após empatar por 1 a 1 em Porto Alegre, e vencer por 3 a 2 em São Paulo.

Na semifinal, foi a vez de encarar o Fluminense. No primeiro jogo, o alviverde acabou derrotado por 2 a 1 no Maracanã, com Zé Roberto salvando uma desvantagem menor na etapa final. Na segunda partida, Lucas Barrios marcou duas vezes e o Palmeiras conseguiu devolver os 2 a 1 no Allianz Parque. Nos pênaltis, veio a classificação com vitória por 4 a 1.

A final da Copa do Brasil 2015 teve o clássico entre Palmeiras e Santos, que bateu Londrina, Maringá, Sport, Corinthians, Figueirense e São Paulo. Como novidade, a regra do gol fora de casa deixou de valer em decisões a partir desta. A ida foi disputada na Vila Belmiro, mas o Verdão acabou derrotado por 1 a 0 nos últimos minutos. A volta aconteceu no Allianz Parque. Já no segundo tempo, Dudu anotou dois gols, aos 11 e aos 39 minutos. Mas os santistas descontaram por 2 a 1 aos 41. Pela primeira vez a Copa do Brasil seria definida nos pênaltis. Por 4 a 3, deu Palmeiras, e a última cobrança coube a ser convertida pelo goleiro Fernando Prass.

A campanha do Palmeiras:
13 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Miguel Schincariol/AFP/Getty Images

Atlético-MG Campeão da Copa do Brasil 2014

Em 2014, ano da Copa do Mundo dentro do Brasil, o Mineirão foi o destaque. Primeiro, por ter sido o palco do 7 a 1, maior vexame da história da Seleção. Depois, por ter sido o palco de viradas épicas que fizeram parte da campanha do Atlético-MG no primeiro título da Copa do Brasil. E que foi conquistado em cima do maior rival.

O Galo inaugurou a era dos clubes campeões que entraram diretamente nas oitavas de final. Vencedor da Libertadores de 2013, o time não repetiu a boa campanha em 2014, caindo logo na mesma fase de oitavas. A estreia na Copa do Brasil foi somente em agosto, contra o Palmeiras. Na ida, venceu por 1 a 0 no Pacaembu. Na volta, vitória por 2 a 0 no Independência.

Nas quartas de final, o adversário foi o Corinthians. O primeiro jogo aconteceu em São Paulo, e o Atlético foi derrotado por 2 a 0. A história das viradas começaria na segunda partida. No Mineirão, o time treinado por Levir Culpi começou perdendo logo aos quatro minutos do primeiro tempo. Aos 23, Luan empatou. Aos 31, Guilherme virou. No segundo tempo, aos 29, Guilherme fez mais um, mas ainda era insuficiente. Eis que, aos 41, Edcarlos cabeceou e fez 4 a 1. Galo classificado.

Na semifinal, a parada foi contra o Flamengo, e a ida mais uma vez aconteceu fora de casa, no Maracanã. E novamente o Atlético perdeu por 2 a 0, necessitando de outra virada. Mas o Galo também começou perdendo, aos 34 do primeiro tempo. O empate veio aos 41, com o gol de Carlos. A virada aconteceu aos 11 do segundo tempo, com Maicosuel. Aos 35, Dátolo anotou o terceiro. Faltava um, e ele veio aos 39, com o desvio de Luan em cobrança de escanteio. Atlético na decisão com outro 4 a 1.

A cereja no bolo de uma Copa do Brasil frenética foi a final entre Atlético-MG e Cruzeiro, outro egresso da Libertadores que bateu Santa Rita-AL, ABC e Santos. O Galo tinha o mando da partida de ida e levou ela para o Independência. Com gols de Luan aos oito do primeiro tempo, e Dátolo aos 11 do segundo, o time venceu por 2 a 0. A volta foi no Mineirão, mas o Cruzeiro não demonstrou a mesma força que teve no Brasileirão. Com gol de Diego Tardelli nos acréscimos do primeiro tempo, o Atlético venceu por 1 a 0 e faturou o título inédito.

A campanha do Atlético-MG:
8 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 14 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Buda Mendes/Getty Images

Flamengo Campeão da Copa do Brasil 2013

Mudanças à vista! A Copa do Brasil mudou muita coisa a partir de 2013. Para começar, o número de participantes saltou de 64 para 87. Mas o mais importante foi que, dentre essas 23 vagas a mais, estavam incluídas a dos clubes que estavam na Libertadores da mesma temporada, acabando com a restrição que durava desde 2001. Porém, esses times só começaram a disputa nas oitavas de final.

A competição também ganhou uma fase a mais. De tal forma que o calendário precisou ser esticado para durar quase todo o ano, de fevereiro a novembro. E apesar do caminho facilitado para as equipes da Libertadores, o título em 2013 ficou com quem jogou desde o começo. O Flamengo chegou ao tricampeonato com um futebol não muito brilhante, mas que compensou na eficiência.

Na primeira fase, o Fla passou pelo Remo com duas vitórias, por 1 a 0 em Belém, e por 3 a 0 em Volta Redonda, pois o Maracanã ainda estava em reformas para a Copa do Mundo de 2014. Na segunda fase, a vítima foi o Campinense, também com duas vitórias, ambas por 2 a 1, na Paraíba e em Juiz de Fora. Na terceira fase, dois triunfos sobre o ASA, por 2 a 0 em Arapiraca, e por 2 a 1 em Volta Redonda.

Nas oitavas, as definições dos confrontos foram por sorteio, e o Flamengo ficou para enfrentar o Cruzeiro. Na ida, derrota por 2 a 1 no Mineirão, com Carlos Eduardo descontando um gol importante para o rubro-negro. A volta foi no Maracanã, reaberto, e a classificação veio com vitória por 1 a 0, gol de Elias a dois minutos do fim.

Nas quartas de final, dois clássicos com o Botafogo no Maracanã. No primeiro empate por 1 a 1. No segundo, goleada por 4 a 0 e um show da torcida. Na semifinal, o Fla passou pelo Goiás. Na ida, vitória por 2 a 1 no Serra Dourada. Na volta, outra vez 2 a 1 no Rio de Janeiro e classificação para a decisão.

Na final, o Flamengo enfrentou o Athletico-PR, que eliminou Brasil-RS, América-RN, Paysandu, Palmeiras, Internacional e Grêmio. A primeira partida foi em Curitiba, mas na Vila Capanema, porque a Arena da Baixada também estava em reforma para a Copa de 2014. O Fla saiu atrás no placar, mas conseguiu o empate por 1 a 1 com Amaral ainda no primeiro tempo. O segundo jogo foi no Maracanã. Sob tensão, o Flamengo só abriu o placar aos 43 do segundo tempo, com Elias. Quando todos já comemoravam, no último lance, aos 49, Hernane fez 2 a 0.

A campanha do Flamengo:
14 jogos | 11 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 26 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Alexandre Loureiro/Placar

Palmeiras Campeão da Copa do Brasil 2012

O regulamento mais duradouro da história da Copa do Brasil teve a sua última aparição em 2012. Foram 12 edições da fórmula que excluía os clubes participantes da Libertadores. Naquele ano, quem aproveitou para ficar com a taça foi o Palmeiras, em temporada que terminaria agridoce: bicampeão da Copa do Brasil e rebaixado para a Série B do Brasileirão.

Novamente sob o comando de Luiz Felipe Scolari (que iria para a Seleção Brasileira antes da queda no Brasileiro), o Verdão começou a campanha diante do Coruripe, de Alagoas. Na ida, vitória por 1 a 0 em Maceió, no Rei Pelé. A volta foi em Jundiaí, no Jaime Cintra, pois o Palestra Itália já não existia mais e o novo estádio palmeirense ainda estava em construção. Na casa improvisada, deu Palmeiras por 3 a 0.

Na segunda fase, o alviverde fora de casa derrotou o Horizonte, do Ceará, por 3 a 1 e dispensou a segunda partida. Nas oitavas de final, o adversário foi o Paraná. Na ida, o Palmeiras venceu por 2 a 1 na Vila Capanema. Na volta, na Arena Barueri, goleada por 4 a 0 e classificação às quartas.

Na fase seguinte, foi a vez de encarar o Athletico-PR. A primeira partida voltou a ser fora, em Curitiba, e terminou empatada por 2 a 2. No segundo jogo, vitória por 2 a 0 e classificação outra vez na Arena Barueri, que se tornou de vez na casa do Palmeiras.

O rival na semifinal foi o Grêmio, que aparentava ser o favorito no confronto. A ida foi disputada no Olímpico, mas o Verdão soube esperar o momento certo para atacar. Com gols de Mazinho e Barcos, aos 41 e 46 minutos do segundo tempo, o alviverde venceu por 2 a 0. Na volta, em Barueri, bastou apenas o empate por 1 a 1.

O Palmeiras chegou na final para enfrentar o Coritiba, que tinha superado Nacional-AM, ASA, Paysandu, Vitória e São Paulo. A ida foi na Arena Barueri, e o Verdão fez boa vantagem ao vencer por 2 a 0, gols de Valdívia e Thiago Heleno. A volta foi no Couto Pereira, e os palmeirenses souberam esperar mais uma vez após saírem atrás no placar. Aos 20 do segundo tempo. Marcos Assunção cobrou falta e Betinho desviou a bola com a cabeça para empatar por 1 a 1 e dar o segundo título da Copa do Brasil para o Palmeiras.

A campanha do Palmeiras:
11 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 23 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Miguel Schincariol/Placar

Vasco Campeão da Copa do Brasil 2011

Mais um clube chegou ao título inédito da Copa do Brasil, em 2011. O Vasco, que passava por um momento de retorno à Série A do Brasileiro após o primeiro rebaixamento, encontrou uma conexão entre time e torcida poucas vezes vista antes e passou pelos adversários de uma maneira verdadeiramente copeira. Uma época de esperança.

A campanha do cruzmaltino teve início contra o Comercial-MS. No Estádio Morenão, em Campo Grande, goleou por 6 a 1 e passou à segunda fase sem precisar disputar a partida de volta no Rio de Janeiro. O próximo oponente foi o ABC, e o Vasco avançou depois de empatar por 0 a 0 em Natal, e vencer por 2 a 1 em São Januário, de virada.

Nas oitavas de final, foi a vez de jogar contra o Náutico. O primeiro jogo foi realizado nos Aflitos, e o cruzmaltino carimbou a classificação logo na ida, ao vencer por 3 a 0. Depois, no Rio de Janeiro, bastou apenas segurar o empate sem gols na segunda partida.

O adversário nas quartas foi o Athletico-PR, e até então o mais complicado. Na primeira partida, na Arena da Baixada, empate por 2 a 2 que o cruzmaltino concedeu perto do fim da etapa complementar. No segundo jogo, em São Januário, os paranaenses largaram na frente, mas Elton buscou o empate por 1 a 1 e a classificação pelo gol fora de casa.

Na semifinal, o Vasco enfrentou o Avaí. A ida foi disputada em São Januário, mas os cariocas por pouco não tiveram uma jornada infeliz, pois os catarinenses venciam até os 49 minutos do segundo tempo, quando um pênalti foi assinalado. Diego Souza bateu e salvou o empate por 1 a 1. Foi preciso vencer na Ressacada, em Florianópolis, por 2 a 0 para o Vasco chegar à sua segunda decisão.

Na final, o Vasco encarou o Coritiba, aquele do recorde de 24 vitórias e que bateu Ypiranga, Atlético-GO, Caxias, Palmeiras e Ceará. A ida aconteceu em São Januário, e o cruzmaltino largou com a vantagem de 1 a 0, gol de Alecsandro. A volta foi no Couto Pereira. Alecsandro abriu o placar cedo, mas o Coritiba virou ainda no primeiro tempo. No segundo, Eder Luís empatou e os paranaenses anotaram 3 a 2. A tensão ficou no ar até o apito final, mas no fim o “trem-bala da colina” comemorou o título.

A campanha do Vasco:
11 jogos | 5 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Heuler Andrey/LatinContent/Getty Images

Santos Campeão da Copa do Brasil 2010

A Copa do Brasil de 2010 viu o surgimento de um novo craque brasileiro. O primeiro título do Santos na competição foi conquistado sob os gols e dribles de Neymar, com apenas 18 anos de idade. Junto com Paulo Henrique Ganso, a dupla foi responsável pelo início de um ciclo vitorioso, que culminaria no tri da Libertadores do ano seguinte.

O Peixe iniciou sua campanha contra o Naviraiense, do Mato Grosso do Sul. O primeiro jogo foi disputado na capital Campo Grande, com vitória santista por 1 a 0. A segunda partida foi na Vila Belmiro, e o Santos lavou a alma de tanto fazer gols: 10 a 0, com seis no primeiro tempo e quatro no segundo. Na segunda fase, o time goleou o Remo em Belém por 4 a 0.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Guarani. Sem pena, o Peixe voltou a golear de maneira assombrosa em casa, na partida de ida, por 8 a 1. Só Neymar aqui anotou cinco gols. A volta foi no Brinco de Ouro, em Campinas, e o Santos levou a primeira derrota, de virada, por 3 a 2.

Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Atlético-MG. O primeiro jogo foi no Mineirão, e o alvinegro praiano voltou a sofrer derrota por 3 a 2, com o segundo gol marcado aos 37 minutos do segundo tempo. A segunda partida foi na Vila Belmiro, e o Santos reverteu a desvantagem com vitória por 3 a 1.

A semifinal foi contra o Grêmio, em dois jogos emocionantes. No primeiro, no Olímpico, o Peixe abriu dois gols de diferença na etapa inicial, mas os gaúchos reagiram com quatro tentos na etapa complementar. No fim, deu para o Santos descontar para 4 a 3. No segundo jogo, o alvinegro só furou a defesa gremista depois de 51 minutos, mas fez isso três vezes e venceu por 3 a 1, chegando à decisão.

A final da Copa do Brasil de 2010 foi entre Santos e Vitória, que bateu Corinthians-AL, Náutico, Goiás, Vasco e Atlético-GO. A ida foi jogada na Vila Belmiro, e o Peixe confirmou o favoritismo ao vencer por 2 a 0, gols de Neymar e Marquinhos. A volta foi em Salvador, no Barradão, e Edu Dracena deixou o Santos mais perto da taça ao abrir o placar no primeiro tempo. Os baianos viraram para 2 a 1 no segundo tempo, porém foi insuficiente.

A campanha do Santos:
11 jogos | 7 vitórias | 0 empates | 4 derrotas | 39 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Marco Sacco/Placar

Corinthians Campeão da Copa do Brasil 2009

Em 2009, o Corinthians viveu o início de um dos maiores arcos de redenção já vistos no futebol brasileiro. Depois de ser rebaixado no Brasileirão de 2007, o clube teve que passar pela Série B em 2008, sob o comando de Mano Menezes. Ao mesmo tempo, chegou à final da Copa do Brasil, mas perdeu para o Sport. Para o ano seguinte, de volta à elite, o time seguiu com o mesmo técnico e teve o adendo de um dos melhores jogadores da história do futebol: Ronaldo Fenômeno.

O resultado desta parceria foi o tricampeonato da Copa do Brasil em 2009, de maneira incontestável. Na primeira fase, o Timão passou pelo Itumbiara, com vitória por 2 a 0 no interior de Goiás. Assim, não foi necessário a partida de volta em São Paulo. Do mesmo modo ocorreu a classificação na segunda fase, contra o Misto, do Mato Grosso do Sul: vitória por 2 a 0 fora e mais uma folga na competição.

O nível subiu nas oitavas de final, contra o Athletico-PR. O primeiro jogo foi disputado na Arena da Baixada, e os donos da casa tentaram aprontar para cima do Corinthians com a marcação de três gols. A reação veio a partir dos 41 minutos do segundo tempo, com dois gols de Cristian e Dentinho. A derrota por 3 a 2 ficou menos complicada para reverter. Na volta, no Pacaembu, Ronaldo anotou duas vezes e o Timão venceu por 2 a 0.

Passado às quartas, o Corinthians enfrentou o Fluminense. A ida foi jogada em São Paulo, e o alvinegro venceu por 1 a 0, gol de Dentinho. A volta aconteceu no Maracanã. Chicão e Jorge Henrique abriram mais vantagem para o Timão, que encaminhou a vaga na semifinal. Os cariocas até reagiram e empataram por 2 a 2 no fim, mas isso não afetou a jornada.

Na semi, os paulistas encararam o Vasco, que à época estava na disputa da Série B nacional. A primeira partida foi disputada no Maracanã, e os times preto e branco ficaram no empate por 1 a 1. O segundo jogo foi realizado no Pacaembu, e um tenso empate por 0 a 0 deu a classificação à final para o Corinthians.

O adversário alvinegro na decisão foi o Internacional, que eliminou União Rondonópolis, Guarani, Náutico, Flamengo e Coritiba. O jogo de ida foi no Pacaembu. Aos 26 minutos do primeiro tempo, Jorge Henrique abriu o placar para o Timão. Aos sete do segundo tempo, Ronaldo ampliou para 2 a 0 e deixou uma boa vantagem para volta em Porto Alegre. No Beira-Rio, Jorge Henrique fez mais um e André Santos praticamente confirmou o título para o Corinthians ainda na etapa inicial. Os gaúchos até empataram por 2 a 2 no segundo tempo, mas a festa foi dos visitantes paulistas.

A campanha do Corinthians:
10 jogos | 5 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Jefferson Bernardes/AFP

Sport Campeão da Copa do Brasil 2008

Na vigésima edição da Copa do Brasil, em 2008, o grito de campeão veio do Nordeste. O Sport, com uma das campanhas mais épicas vistas na história na competição, levou o título batendo com autoridade os adversários vindos do Sul e do Sudeste e fazendo da Ilha do Retiro um verdadeiro caldeirão de emoções.

O rubro-negro pernambucano iniciou sua caminhada diante do Imperatriz, do Maranhão. Na ida, empate por 2 a 2 no interior maranhense. Na volta, goleada por 4 a 1 em Recife. Na segunda fase, o adversário foi o Brasiliense. O Leão da Ilha fez o primeiro jogo no Distrito Federal, com vitória por 2 a 1. Na segunda partida, novo triunfo por 4 a 1 em casa.

Nas oitavas de final, o Sport encarou o Palmeiras. E é a partir daqui que a campanha começa a ganhar contornos históricos. Na ida, o rubro-negro segurou empate sem gols no Palestra Itália. Na volta, pela terceira vez, goleada por 4 a 1 na Ilha do Retiro, com três gols do meia Romerito.

O adversário nas quartas foi o Internacional, com o primeiro jogo acontecendo em Porto Alegre. No Beira-Rio, o Leão sofreu a primeira derrota, por 1 a 0. A segunda partida foi em Recife, e o Sport conseguiu a classificação de maneira emocionante, com vitória por 3 a 1. O gol salvador foi marcado pelo zagueiro e capitão Durval, em cobrança de falta aos 33 minutos do segundo tempo. 

Na semifinal, foi a vez de enfrentar o Vasco. Diferentemente do que havia acontecido até então na competição, o Sport fez a primeira partida na Ilha do Retiro. E venceu por 2 a 0, gols de Durval e Daniel Paulista. O segundo jogo aconteceu em São Januário, e os cariocas devolveram os 2 a 0. Nos pênaltis, deu Leão, por 5 a 4. Mas mesmo classificado, o Leão sofreu um baque com a saída de Romerito. O artilheiro do time não conseguiu ter seu empréstimo renovado junto ao Goiás.

Na final, o Sport enfrentou o Corinthians, que no momento disputava também a Série B do Brasileirão e havia passado por Barras-PI, Fortaleza, Goiás, São Caetano e Botafogo. A ida foi jogada em São Paulo, no Morumbi, e começou ruim para o rubro-negro, que sofreu três gols. Aos 46 do segundo tempo, Enilton descontou para 3 a 1, no que foi o penúltimo passo até a conquista. Na Ilha do Retiro, Carlinhos Bala e Luciano Henrique, aos 34 e aos 37 do primeiro tempo, fizeram os gols da vitória por 2 a 0 que virou o confronto e sacramentou o título histórico.

A campanha do Sport:
12 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 24 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Léo Caldas/Placar