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Anderlecht Campeão da Recopa Europeia 1978

O final da década de 1970 ficou marcado como o melhor período da história do Anderlecht, com a conquista de duas edições da Recopa Europeia, além de um vice. Ainda haveria mais em 1983, com o título da Copa da UEFA, que consolidou o clube alviroxo no maior vencedor da Bélgica.

O bicampeonato da Recopa veio em 1978. Vice da Copa da Bélgica em 1977, o time herdou a vaga do Club Brugge e se deu bem em uma campanha tão dominante quanto a do primeiro título. Na primeira fase, o Anderlecht superou o Lokomotiv Sofia após golear a ida por 6 a 1 na Bulgária, e vencer a volta por 2 a 0 no Émile Versé, em Bruxelas. Na estreia, François Van Der Elst anotou quatro gols.

Nas oitavas de final, o Anderlecht reencontrou o Hamburgo, algoz na final da Recopa de 1977. O primeiro jogo foi disputada na Alemanha, e os belgas venceram por 2 a 1. A segunda partida aconteceu em Bruxelas, terminando empatada por 1 a 1. A revanche roxa sobre os alemães veio cedo.

A campanha seguiu nas quartas de final, contra o Porto. A partida de ida foi realizada em Portugal, no Estádio das Antes, e o Anderlecht saiu derrotado por 1 a 0. Precisando reverter a desvantagem no Émile Versé, os belgas foram para cima e venceram por 3 a 0, gols de Rob Rensenbrink, Benny Nielsen e Franky Vercauteren.

Na semifinal, o adversário veio da Holanda. Contra o Twente, a classificação foi obtida com duas vitórias, por 2 a 0 fora de casa e por 1 a 0 em Bruxelas. Pela terceira temporada consecutiva, o Anderlecht chegava na decisão da Recopa Europeia.

Em mais uma final, o Andelecht enfrentou o Austria Viena, que eliminou Cardiff City, Lokomotíva Kosice, Hajduk Split e Dínamo Moscou. A disputa aconteceu em Paris, no Parc des Princes. Sem nenhuma dificuldade, os belgas envolveram os austríacos já no primeiro tempo e encaminharam o bicampeonato, com dois gols de Rensenbrink e um de Gilbert Van Binst, que fez outro no segundo tempo e decretou a conquista com a goleada por 4 a 0.

A campanha do Anderlecht:
9 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 21 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Anderlecht

PSV Eindhoven Campeão da Liga Europa 1978

A Copa da UEFA de 1978 foi marcante para o PSV Eindhoven. O clube holandês, desde o início, mostrou seu talento e qualidade, no que talvez tenha sido um dos últimos suspiros do Futebol Total, implementado no início da década pela seleção laranja. E o título obtido nesta competição foi o primeiro em âmbito continental. Dentre os três maiores clubes da Holanda, era o único que ainda não havia erguido um troféu vindo de fora do país. 

Na primeira fase, o PSV enfrentou o Glenavon, da Irlanda do Norte. Com facilidade, os holandeses golearam na ida fora por 6 a 2, e na volta em casa por 5 a 0. Na segunda fase, dois confrontos equilibrados com o Widzew Lodz. No primeiro, vitória por 5 a 3 na Polônia. No segundo, novo triunfo por 1 a 0 e classificação rumo às oitavas de final.

O adversário dos "boeren" nas oitavas foi o Eintracht Braunschweig. Sem muitas dificuldades, a equipe passou pelos alemães com vitórias por 2 a 0 na ida, jogada no Estádio Philips, e por 2 a 1 na volta na Alemanha. Nas quartas de final, foi a vez de eliminar o Magdeburg, da Alemanha Oriental. A parada nesta fase foi muito mais sofrida. Após perder por 1 a 0 na ida fora, o PSV vencia por 3 a 2 na volta em casa até os 44 minutos do segundo tempo. Foi quando Harry Lubse fez 4 a 2 e garantiu o clube entre os quatro melhores.

Na semifinal, o PSV teve de enfrentar o Barcelona. A partida de ida aconteceu no Estádio Philips. Com uma atuação convincente, o time aplicou 3 a 0 nos catalães logo na largada, encaminhando a classificação. A volta foi no Camp Nou, e o adversário tentou dar o troco. Até conseguiu fazer três gols, mas Nick Deacy foi o autor do tento holandês na derrota por 3 a 1 que serviu para a vaga na decisão.

A final da Copa da UEFA foi disputada em dois jogos contra o Bastia, clube francês que passou por Sporting, Newcastle, Torino, Carl Zeiss Jena e Grasshoppers. No primeiro jogo, no Estádio Armand-Cesari, na cidade de Furiani, o PSV enfrentou um ambiente hostil e um adversário determinado. Mesmo assim, o clube conseguiu um empate por 0 a 0.

A partida de volta foi realizada no Estádio Philips, em Eindhoven. Com o apoio de 28 mil torcedores, o PSV entrou em campo disposto a vencer sua primeira taça internacional. O clube abriu o placar aos 24 minutos do primeiro tempo, por meio do ídolo Willy Van De Kerkhof. Tudo deu certo para o PSV em campo, que garantiu a vitória e o título por 3 a 0, com mais dois gols de Gerrie Deijkers, aos 22, e de Willy Van Der Kuijlen, aos 24 do segundo tempo.

A campanha do PSV Eindhoven
12 jogos | 9 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 32 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/PSV Eindhoven

Argentina Campeã da Copa do Mundo 1978

A Copa do Mundo 1978 nunca saiu do imaginário dos torcedores, principalmente dos argentinos. Após diversas tentativas frustradas, a Argentina enfim ganhava o direito de ser o país-sede do Mundial, que seria o último a ser realizado com 16 seleções. Em meio a uma imensa pressão política e popular, a seleção albiceleste era uma das candidatas ao título, e aquela era a chance de ouro para o país enfim vencer uma Copa.
Cabeça-de-chave, a Argentina fez toda a primeira fase no Estádio Monumental, em Buenos Aires. Venceu a Hungria por 2 a 1 e a França pelo mesmo placar. O ponto fora da curva foi a derrota para a Itália por 1 a 0, o que deixou os argentinos na segunda posição do grupo A com quatro pontos.
Desta maneira, a seleção teve cair na estrada e jogar a segunda fase em Rosario, no Gigante de Arroyito. A estreia foi boa, vitória sobre a Polônia por 2 a 0. O grande jogão foi na segunda rodada, empate com o Brasil por 0 a 0. E como os brasileiros haviam feito 3 a 0 no Peru anteriormente, a Argentina não dependia apenas dela para avançar à final. Em uma época em que a FIFA não se preocupava com casamentos de resultados, ela não fazia a última rodada em horários simultâneos.
O Brasil entrou em campo de tarde e venceu a Polônia por 3 a 1. Assim os argentinos já sabiam que, de noite, deveriam anotar pelo menos quatro no Peru para ficar na liderança do grupo. E conseguiram mais, golearam por 6 a 0. Até hoje, algumas pessoas estimam que jogadores peruanos (sobretudo o goleiro Quiroga) receberam mala preta do Regime Militar argentino. Com ou sem suspeita, a Argentina fez cinco pontos e oito gols de saldo (contra cinco gols do Brasil), indo para a final.
A decisão foi contra a Holanda, que já não era tão encantadora, no Monumental de Nuñez. O tempo normal foi duríssimo. O artilheiro Mario Kempes abriu o placar no primeiro tempo, mas os holandeses empataram a oito minutos do fim. A definição foi na prorrogação. No último lance do primeiro tempo, Kempes marcou o segundo gol do jogo e o seu sexto na Copa do Mundo.
E faltando cinco minutos para o fim definitivo, Daniel Bertoni fez 3 a 1 e deu o golpe de misericórdia. A Argentina, empurrada por mais de 71 mil compatriotas, se tornava campeã mundial pela primeira vez. A geração de Kempes, Ardilles, Luque, Fillol e o capitão Daniel Passarella finalmente estava consagrada.

A campanha da Argentina:
7 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 15 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Paul Popper/Popperfoto/Getty Images

Liverpool Campeão da Liga dos Campeões 1978

Passada a reconquista inglesa da Copa dos Campeões da Europa em 1977, era a hora de consolidar a hegemonia em 1978. Tudo estava nas mãos do Liverpool. Na temporada anterior, o clube conseguiu o feito de unificar os títulos europeu e nacional, mas uma das vagas não foi repassada ao vice (o Manchester City), e a competição continental ficou com 31 participantes.

Dessa forma, os reds ganharam um passe direto às oitavas de final. A estreia aconteceu contra o Dínamo Dresden. Na ida, goleada britânica por 5 a 1 no Anfield. Na volta, derrota por 2 a 1 na Alemanha Oriental, que não afetou a trajetória.

Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar o Benfica. O primeiro jogo foi no Estádio da Luz, em Lisboa, e o Liverpool venceu por 2 a 1, de virada. A segunda partida aconteceu na Inglaterra, e mais um resultado largo - de 4 a 1 - entrou para a conta vermelha (do mandante).

Na semifinal, dois encontros com um velho conhecido, o Borussia Mönchengladbach. O time alemão queria deixar de ser freguês para se tornar algoz, e até chegou a derrotar o Liverpool por 2 a 1 na ida, na Alemanha. Todavia, os ingleses reverteram com sobras a situação na volta, ao fazer 3 a 0 no Anfield. Os reds estavam de novo na decisão.

O último encontro antes do bicampeonato europeu foi contra o Club Brugge, equipe da Bélgica que deixou para trás Floriana (Malta), Panathinaikos, Atlético de Madrid e Juventus. O jogo foi disputado em terras quase locais, no Wembley, em Londres. Mais de 92 mil torcedores acompanharam nas arquibancadas - a maioria saída de Liverpool.

Em campo, os belgas engrossaram o máximo que puderam - até os 19 minutos do segundo tempo. Foi nesse tempo que Kenny Dalglish anotou o gol do simples 1 a 0 que valeu o segundo título. Em sua primeira temporada no time inglês, o atacante escocês já havia aparecido na foto oficial da conquista anterior, que foi tirada somente na abertura da jornada seguinte, com ele já contratado. Teriam mais imagens pela frente.

A campanha do Liverpool:
7 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Boca Juniors Campeão da Libertadores 1978

Era mais simples criar uma hegemonia na Libertadores antigamente. Eram menos participantes, limitados a dois por país, e muitas camisas pesadas ficavam de fora por causa da geografia. Bastava liderar um grupo contra alguma nação de menos tradição e pronto, já se chegava na semifinal. Uma vez com o título, a equipe já começava a edição seguinte além da primeira fase, bastando apenas seis ou sete jogos para o bicampeonato e o começo da supremacia.

Foi o caso do Boca Juniors em 1978. A primeira conquista sul-americana um ano antes tirou um peso das costas do clube. A trajetória de seu segundo título foi muito mais tranquila. Até a estreia xeneize, 20 times brigaram por cinco vagas na fase semifinal. A melhor campanha foi do Alianza Lima, com 11 pontos. A disputa mais intensa foi entre River Plate e Independiente, que marcam oito pontos. A classificação ficou com a equipe de Buenos Aires no saldo de gols.

Dessa forma, o superclássico se fez presente na semifinal. a chave do Boca ainda foi composta pelo Atlético-MG. A estreia foi com empate sem gols com o River em casa, mas o clube se recuperou ao fazer 2 a 1 nos mineiros em Belo Horizonte. No returno, vitórias por 3 a 1 sobre o Atlético na Bombonera e por 2 a 0 sobre o arquirrival no Monumental de Nuñez deu ao Boca nova participação na final.

Seu adversário foi o Deportivo Cali, que na outra chave eliminou Alianza Lima e Cerro Porteño. A primeira partida foi marcada para o Estádio Pascual Guerrero, em Cali. E o Boca Juniors segurou um bom 0 a 0 na Colômbia.

Os gols foram guardados para a volta em Buenos Aires. La Bombonera viu um show azul e ouro. Hugo Perotti fez dois e Ernesto Mastrángelo e Carlos Salinas completaram a goleada por 4 a 0, que confirmou o bicampeonato do Boca. Foi uma pequena hegemonia antes de um longo hiato de títulos na Libertadores, quebrado somente na mágica década de 2000.

A campanha do Boca Juniors:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico

Guarani Campeão Brasileiro 1978

O Brasileirão continuou cada vez mais inchado. A edição de 1978 da Copa Brasil contou com a participação de 74 times, e elas viram de perto despontar uma surpresa do interior paulista. O Guarani de Campinas, que revelou o atacante Careca, foi o primeiro clube do interior de um estado a vencer um título nacional.

Na primeira fase, os clubes formaram seis grupos com jogos em turno único, classificando para a segunda fase os seis primeiros de cada grupo. Os restantes foram para a repescagem. E aquela já famosa regra do ponto extra foi alterada, sendo concedido para vitórias por mais de três gols de diferença.

O Bugre começou o torneio no grupo 4, e até então sua campanha foi mediana. Em quinto lugar, fez cinco vitórias, quatro empates e duas derrotas, marcando 16 pontos (dois extras). Ficou seis distante do líder Vasco.

Na segunda fase, 36 times se juntaram em quatro grupos, com vagas para os seis primeiros lugares e o melhor pontuador entre os eliminados. O rendimento bugrino seguiu o mesmo, e o time avançou na quarta posição do grupo 4, com três vitórias, três empate e duas derrotas, fazendo 11 pontos (dois extras) e terminando três pontos atrás do novamente líder Vasco. Na repescagem, 38 times se dividiram em quatro grupos, com o líder de cada e o melhor pontuador entre os outros se classificando. 

Na terceira fase, 32 times se dividiram em quatro grupos, com vagas para os dois primeiros de cada. Foi aqui que o Guarani começou a mostrar sua verdadeira força, liderando o grupo 1 com seis vitórias e um empate. Com 15 pontos (dois extras), ficou dois a frente do vice Internacional. Oito times restantes fizeram o mata-mata.

Nas quartas de final, o Bugre enfrentou o Sport. Na Ilha do Retiro, o Guarani já encaminhou a classificação vencendo por 2 a 0. No Brinco de Ouro, mais 4 a 0 colocaram o time na semifinal. Na semifinal, o reencontro com o Vasco foi feliz para os campineiros. Vitória por 2 a 0 em Campinas e por 2 a 1 no Rio de Janeiro colocaram o Guarani na final história contra o Palmeiras.

O primeiro encontro entre os verdes foi no Morumbi. E o Bugre voltou da capital com a vitória na mão por 1 a 0, gol de Zenon. Na volta, o Brinco de Ouro lotou para ver Careca marcar o único gol do jogo, e do título brasileiro do Guarani.

A campanha do Guarani:
32 jogos | 20 vitórias | 8 empates | 4 derrotas | 57 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Arquivo/Guarani